Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 74
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74: Peça Minha Ajuda 74: Peça Minha Ajuda Nota: Esta é uma cena violenta e sangrenta. Lembre-se de que este é um livro sombrio.
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Islinda não sabia o que era mais chocante, o fato de que Dona Alice e Lillian entraram no quarto e a pegaram tentando se livrar do corpo de Remy ou que elas pareciam não reconhecer Eli. Ele quase parecia invisível mesmo estando claramente no mesmo cômodo que elas. Que maldita feitiçaria ele usou desta vez?
O som de um grito alto despertou Islinda para a realidade, e ela viu Dona Alice caída a seus pés, lamentando a filha assassinada. Enquanto Islinda tinha envolvido o corpo de Remy com o tapete, ele não cobria todo o corpo, e suas pernas e rosto ainda estavam visíveis.
“O que você fez?” Lillian perguntou, horrorizada, e o sangue drenou do rosto de Islinda.
Embora a memória que Islinda tinha das irmãs fosse de ambas sempre brigando, elas ainda eram parentes de sangue e nunca se odiariam. Agora, ela podia ver a dor nos olhos de Lillian por perder sua irmã. Sua irmã mais velha.
Islinda engoliu, ela estava frita.
“Eu – Eu…” Ela abriu a boca para falar, mas não conseguia falar de forma compreensível.
Islinda queria explicar que ela não tinha a intenção de matar Remy. Queria contar a elas os eventos que levaram à morte dela. Ela não tinha escolha. Mas valia a pena? Dar desculpas não a traria de volta. Sem mencionar que a tinham pego tentando esconder o corpo. Ela encarou os olhos frios de Lillian e percebeu uma coisa, ela iria matá-la.
“Desculpa,” Islinda disse rapidamente e tentou fugir, mas Lillian sempre tinha sido a esperta e deve ter lido sua linguagem corporal. Ela pegou Islinda pelo cabelo e a puxou de volta para o quarto, empurrando-a para o chão.
Antes que Islinda tivesse a chance de fugir novamente, ela levou um chute no estômago e soltou um gemido de dor.
“Você a assassinou! Você matou minha irmã!” Lillian gritou para ela, continuando a chutá-la, e Islinda trouxe os joelhos para o peito, enrolando-se numa bola enquanto suas mãos protegiam o rosto.
Para ser honesta, tudo isso era culpa da própria Lillian. Ela arquitetou tudo isso. Se ela não tivesse manipulado Dona Alice para arranjar um encontro com Ryder, então Remy não a odiaria e isso não aconteceria. Porém, Islinda não apontou nenhuma das falhas dela e suportou as dores internamente, sabendo que Lillian estava despejando suas queixas.
Ela acabou de perder uma irmã e era culpa dela. Talvez ela merecesse, Islinda pensou. Mas a dor se tornou insuportável e Islinda não queria morrer. Se Remy tentou matá-la, Lillian faria pior.
“Por favor….” Islinda choramingou, mas o som foi abafado pelo barulho dos pés pisoteando nela. Doía em todos os lugares e ela se perguntou se Dona Alice também tinha se juntado para bater nela.
“O que você disse, irmã mais velha?”
Ela se atreveu a levantar a mão apenas para ver Eli relaxando ao seu lado no chão. Como eles não puderam vê-lo? Era isso uma ilusão? Mas um chute na parte de trás de sua cabeça respondeu sua pergunta e ela gemeu de dor.
Havia aquele brilho diabólico nos olhos dele que fazia os pelos dos seus braços se arrepiarem e Islinda se perguntou como nunca conseguiu reconhecer que ele era Fae. Ele deve ter suprimido sua aura porque ela podia sentir tudo o que o tornava sobrenatural. A escuridão em seus olhos e a malícia escondida em seu sorriso.
Ele sorriu lentamente, “Você pode pedir minha ajuda. Nem precisará levantar um dedo e eu resolverei todos os seus problemas.”
“Não,” Islinda falou com a respiração trêmula. A surra não parava e agora ela não tinha dúvidas de que planejavam matá-la. Eles tinham toda justificação para fazer isso e os habitantes da vila não poderiam fazer nada.
“Tudo bem. Eu vou esperar caso você mude de ideia.” Ele disse com confiança.
“Não, eu nunca….” Islinda disse, como se para convencer a si mesma de sua decisão.
Nunca faça um acordo com uma Fada, todo mundo no reino humano sabe disso. Sempre há uma pegadinha ao lidar com essas criaturas maliciosas e embora se diga que elas são incapazes de mentir, elas são mestres em manipular suas palavras. Em uma palavra, as Fadas adoram jogar jogos e em um jogo de palavras, elas sempre saem vencedoras enquanto o humano azarado está condenado.
“Vamos facilitar as coisas para nós dois, Islinda,” O tom dele se tornou doentio doce, “Deixe-me ajudar você desta vez, irmã mais velha, do mesmo jeito que você me ajudou.” O Fae traiçoeiro tentou bajulá-la.
“Eu não vou ceder…” Islinda começou a repetir em sua cabeça como um mantra. Quem sabe que tipo de ajuda ele pretende oferecer a ela?
“E quanto a Valerie?” Ele disse e o sangue de Islinda gelou.
Como ele sabia sobre Valerie? Claro, ele a seguiu. Ela se lembrou daquela noite que tinha sido tomada por um medo avassalador a caminho do moinho velho, teria sido ele quem a perseguiu?
Ele também deve ter armado para Valerie ser pego pelos habitantes da vila. Islinda odiava Eli com todas as fibras do seu ser e, se sobrevivesse a isso, ela iria caçá-lo com tudo o que tinha.
Ele continuou, “Você não quer mais estar com ele? Consegue imaginar como ele se sentiria ao saber que você morreu? Vocês dois ainda poderiam ficar juntos se apenas você pedisse minha ajuda, Islinda,” Eli a tentou com a oferta.
“Não…” Islinda recusou, mas sua voz vacilou. Ela não queria morrer. Não depois de tudo pelo que passou. Ela merecia uma vida com Valerie. Ela queria um pouco de felicidade.
Então, quando ela sentiu outra onda de dor e sangue escorreu pelo seu rosto, Islinda se decidiu. Ela não pode morrer aqui.
“Ajude-me….”
Ela finalmente fez um trato com o diabo.