Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 739
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Capítulo 739: Não Me Peça Para Compartilhar
No café da manhã daquele dia, Aldric sentou-se rigidamente, com o maxilar cerrado e os olhos tempestuosos com uma raiva mal contida. Cada movimento que ele fazia era tenso, suas mãos segurando os talheres com tanta força que seus nós dos dedos ficavam brancos.
Aldric ainda não superara a piada cruel que Azula pregara nele mais cedo naquela manhã. O príncipe fada sombrio nunca tinha sentido tal desespero — Como ele desejava que Islinda estivesse de volta! Ele não conseguia descrever a alegria que encheu seu coração.
Mas acabou sendo uma piada no final. Essa pequena piada o machucou, e ele não estava perdoando Azula tão cedo. Aquele plano que Maxi havia comunicado a ele definitivamente não estava acontecendo tão cedo.
Do outro lado de Aldric, Azula parecia alheia ao seu humor fervente, um sorriso brincalhão dançando em seus lábios. Ela mexia delicadamente em sua comida, seu olhar ocasionalmente se voltando para Aldric com um brilho de divertimento. A tensão entre eles era tão palpável que lançava um pesado silêncio sobre a refeição.
Na extremidade oposta da mesa, Maxi e Isaac trocavam olhares cautelosos. Seus olhos seguiam o drama silencioso se desenrolando diante deles, mas sabiamente escolheram manter seus pensamentos para si mesmos. Não importava como eles viam, isso era entre Aldric e Azula. Além disso, o demônio era como um parasita e eles estavam cansados de sua atenção.
Azula inclinou a cabeça e olhou para Aldric com uma expressão docemente zombeteira. “Você sabe, esta comida é absolutamente deliciosa,” comentou, seu tom gotejando prazer exagerado. “Você não acha, Aldric?”
O olhar de Aldric poderia ter incinerado o ar entre eles. “Coma sua comida e fique em silêncio,” ele rosnou, mal mascarando sua frustração.
Maxi e Isaac se entreolharam, seus olhos fazendo conversas secretas. Maxi balançou a cabeça para algo que Isaac comunicava com o olhar, antes de dar um gole cauteloso em seu vinho. Isaac suspirou, focando intensamente em seu prato. No final, eles permaneceriam observadores neutros do confronto se desenrolando diante deles.
Azula, longe de se intimidar, simplesmente se recostou em sua cadeira e soltou uma risada suave e conhecedora. Ela brincou com seu copo, girando o vinho tinto dentro com um olhar de fascinação ociosa.
O sorriso de Azula se alargou enquanto ela se inclinava para mais perto de Aldric, seus olhos brilhando com um brilho perverso. “Você sabe como isso pode terminar, não sabe?” ela murmurou.
O olhar de Aldric permaneceu fixo em seu prato, recusando-se a reconhecer sua provocação. Ele apertou o garfo com força, seu maxilar fixado em uma linha sombria.
Azula soltou uma risada suave e zombeteira. “Simplesmente me deixe ir, e você não precisaria estar miseravelmente preso a mim. Embora…” Seus olhos faiscaram com travessura enquanto ela lentamente pegava uma única uva e a colocava na boca, seus lábios se fechando em torno dela sedutoramente. “Não posso dizer que todo o tempo que passamos juntos foi miserável. Tivemos alguns momentos bem quentes e incríveis…”
Maxi, tendo tido o suficiente, levantou as mãos em exasperação. “Pelos deuses! Quanto tempo temos que lidar com isso?”
“Acredito que ela disse até que o Príncipe Aldric a deixe ir,” Isaac arriscou, apenas para receber um olhar afiado de Maxi que o fez instantaneamente se arrepender de ter falado.
“O cabeça quente está certo,” Azula disse, piscando para Isaac. Ele quase engasgou com sua comida, atordoado pela provocação descarada dela e pela crescente raiva de Maxi.
“Eu te disse que ele está fora dos limites,” Maxi rosnou para Azula, sua raiva vindo à tona.
Azula sorriu, seu tom desafiador. “Eu sei, mas isso não significa que eu não tentaria.”
Maxi rosnou, seus olhos se estreitando. “Você tem sorte de eu gostar de Islinda, ou eu já teria rearranjado seu rosto agora.”
Azula deu de ombros, despreocupada. “Não tenho medo de você. Além disso, Islinda era uma fraca. A única razão pela qual ela sobreviveu todos esses anos é porque eu estava com ela.”
Os olhos de Aldric arderam com fúria diante das palavras de Azula. Ele bateu com o punho na mesa, fazendo os pratos chacoalharem. “Basta!” ele trovejou, sua voz ecoando pela sala.
O repentino rompante silenciou a sala.
O peito de Aldric arfava com a raiva mal controlada, mas ele se obrigou a dar uma respiração profunda.
Ele se inclinou para frente, seus olhos intensos, e sua voz tingida de desespero. “Posso ser paciente se você concordar em deixar o corpo de Islinda e saltar para outro. Não me importa quem… Apenas deixe Islinda em paz.”
Azula virou-se para encará-lo, sua expressão endurecendo. “Você não entende, entende?” ela disse friamente. “Levei anos para aperfeiçoar este corpo, e não estou prestes a passar mais tempo no vazio tentando aperfeiçoar outro. Islinda é boa o suficiente para mim.”
Isaac inesperadamente falou. “Você disse que é a razão pela qual Islinda está viva e que não quer voltar para o vazio. Então compartilhe. Podemos chegar a um acordo. Basta nos dar uma chance de ver Islinda, mesmo que por um momento.”
A sala caiu em silêncio, e tanto Aldric quanto Maxi se voltaram para Azula, um brilho de esperança em seus olhos. O olhar de Azula mudou para Isaac, e por um breve momento, parecia que suas palavras poderiam ter alcançado ela.
“Eu poderia compartilhar…” Azula disse, pausando apenas o suficiente para que a esperança surgisse nos olhos de Aldric e Maxi. “Mas não vou.” A cruel finalidade em seu tom extinguiu a esperança passageira deles.
“Vocês acham que eu não sei seus planos?” A voz de Azula aumentou com fúria, seus olhos ardendo. “Sei que todos vocês planejam minha morte, mesmo enquanto estou sentada aqui. Sua raça pode não mentir, mas vocês são mestres do engano. Nada jamais seria suficiente. No momento em que eu liberar Islinda, vocês tramariam para me eliminar de vez. Eu não vou deixar isso acontecer!”
A verdade em suas palavras atingiu Aldric com força. Ele sabia que nunca poderia estar satisfeito com o pouco tempo que Azula poderia lhes conceder. Ele sempre iria querer Islinda inteiramente para si.
“Então,” a voz de Azula caiu para um sussurro ameaçador, seus olhos perfurando através deles, “não ousem me pedir para compartilhar!”
Um silêncio tenso se instalou sobre a sala, seus apetites desaparecidos. O peso da explosão de Azula os deixou atônitos, cada um deles sem saber o que dizer agora.
De repente, Aldric se levantou, um olhar distante nublou seus olhos.
“O que foi?” Maxi perguntou, sua voz afiada de preocupação enquanto ela e Isaac se levantavam.
“O exército do rei está aqui,” Aldric disse, sua voz baixa e urgente.