Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 738
Capítulo 738: Islinda Voltou?
A mão de Aldric se lançou instintivamente, agarrando Azula e puxando-a em sua direção. Em um único movimento rápido, ele a girou sob ele, seu corpo prendendo o dela na cama. Os olhos de Azula se arregalaram de surpresa, sua respiração ficou presa quando se viu presa sob o olhar intenso dele.
Pairando sobre ela, os olhos de Aldric estavam sombrios de fúria, seu peito arfando enquanto lutava para conter sua raiva. Sua proximidade e o aperto firme que ele tinha em seus pulsos comunicavam uma mensagem clara: ele estava à beira de perder o controle. Como ela ousava invadir seu espaço, usando o corpo de Islinda ainda por cima, como se fosse dela!
Azula, no entanto, não estava reagindo da maneira que Aldric antecipou. Em vez de medo ou desafio, sua expressão suavizou, seus olhos assumindo um brilho sonhador e apaixonado. A proximidade, a dominância que ele exalava — tudo parecia fasciná-la. Seus lábios se curvaram em um sorriso que era inquietantemente genuíno.
“O que você está olhando?” Aldric perguntou, sua voz um sussurro áspero, a confusão se infiltrando em sua raiva.
O sorriso de Azula se alargou, quase coquete. “Você,” ela disse suavemente, sua voz tingida com um tipo peculiar de admiração. Sem aviso, ela espalhou mais as pernas, puxando Aldric mais para o acolhimento de seus quadris, quase envolvendo as pernas em torno dele.
Os olhos de Aldric se arregalaram de choque. A súbita mudança de controle o deixou momentaneamente desequilibrado, e antes que pudesse reagir, Azula já tinha invertido suas posições. Agora ela o montava, suas pernas envoltas firmemente em torno de sua cintura, suas mãos em seu peito. A maneira possessiva como ela se agarrava a ele era ao mesmo tempo íntima e perturbadora.
“Que diabos — Saia de cima de mim,” Aldric rosnou, suas mãos se movendo para empurrá-la para longe.
Azula apenas apertou seu abraço, seus olhos brilhando com uma mistura de desafio e diversão. “Por que eu deveria?” ela murmurou, sua voz um sussurro provocador. Ela se inclinou mais perto, seu hálito quente contra a orelha dele. “Eu quero encontrar um corpo para dormir com, mas você não me deixou. Então vou me contentar com o que tenho, felizmente….” Seu olhar ardente percorreu o corpo dele em um movimento apreciativo, “Não é tão ruim.”
Aldric rosnou para ela, estranhamente irritado pelo comentário dela, embora soubesse que era uma piada com o ego dele. Ele sabia do que era capaz e as mulheres ousadas em sua cama sempre saiam satisfeitas. Sem mencionar, ela não tinha reclamado horas atrás quando ele….
O que no Fae ele estava pensando?! Aldric se repreendeu. Ele não deveria estar pensando dessa maneira. Portanto, quando Azula se ajustou, tentando encontrar uma posição mais confortável em seu corpo,
Aldric se tensionou.
Seus músculos estavam tensos, cada instinto gritando para ele jogá-la fora, mas a força do demônio e o estranho encanto que ela exercia o mantinham momentaneamente paralisado. Sua proximidade, a suavidade do corpo dela contra o dele, despertava algo nele que ele lutava para suprimir.
Droga. Ele não pode dar chance ao demônio.
“Saia. Agora.” A voz de Aldric era um murmúrio baixo e perigoso, seus olhos se estreitando enquanto tentava recuperar o controle.
“Eu não vou a lugar nenhum,” ela disse, suas palavras soando abafadas com seu rosto enterrado em seu peito.
Como se Azula já não tivesse cruzado fronteiras suficientes, ela se inclinou ainda mais, seu nariz roçando o pescoço de Aldric. Ela inalou profundamente, seu hálito quente contra a pele dele. “Eu não sei se te disse,” ela murmurou sonolenta, “mas o seu cheiro me deixa louca. É como uma droga que de repente eu não consigo ter o suficiente.”
Aldric enrijeceu. Suas palavras, murmuradas tão perto de sua pele, aceleraram seu pulso. Ele engoliu em seco, sentindo um calor inesperado se espalhar por ele, derretendo a raiva que o tinha dominado momentos antes. Sua mente correu, conflituosa entre a atração inegável e as implicações perigosas das palavras dela.
Então isso o atingiu.
Islinda muitas vezes dizia a mesma coisa sobre seu cheiro, que era celestial. Agora, ouvindo aquelas palavras de Azula, sua mente correu com várias possibilidades.
Poderia alguma parte de Islinda ainda permanecer, escondida sob a fachada demoníaca de Azula? Poderia ser que o laço de parceiros tivesse se estendido a Azula com sua alma estando ligada à de Islinda?
Droga!
A ideia era absurda, ainda assim plantou uma semente de dúvida na mente de Aldric, uma que ele não conseguia dispensar facilmente.
Não, não poderia ser.
Nunca tinha sido ouvido na história. No entanto, um Fae sombrio ter um parceiro também não tinha sido ouvido — ou talvez tenha sido escondido ou omitido propositalmente.
O hálito de Azula estava quente contra seu pescoço, e ele podia sentir o peso relaxado dela pressionando contra ele. Sua raiva evaporou enquanto ele olhava para Azula com uma nova incerteza.
A possibilidade, por menor que fosse, de que um fragmento de Islinda pudesse estar influenciando o comportamento de Azula era o suficiente para fazê-lo hesitar. A ideia de expulsá-la agora parecia estranhamente errada, como se ele pudesse perder uma pista vital sobre o destino de Islinda.
Relutantemente, os músculos tensos de Aldric começaram a relaxar. Pela primeira vez em uma eternidade aparente, ele baixou a guarda, ainda que apenas por um momento fugaz. Ele não jogou Azula para fora da cama novamente. Em vez disso, ele passou a mão pelo cabelo dela, deleitando-se com a textura sedosa e a nova cor vibrante que o lembrava daquela de sua mãe — a visão trazendo-lhe um conforto inesperado.
Azula gemeu suavemente em contentamento, seu corpo se acomodando ainda mais contra o dele. O som enviou um arrepio por Aldric, e ele gemeu, sentindo um despertar dentro dele que não podia ignorar. Ele soltou um longo e cansado suspiro. A presença de Azula era tanto um tormento quanto um peculiar conforto, despertando emoções e desejos que pareciam tão errados e ainda assim tão certos.
Enquanto continuava a acariciar o cabelo dela, sua mente girava com a confusão de sentimentos que tinha por ela — essa criatura usando a forma de Islinda — deixando-o em conflito. Ele sabia que deveria estar furioso, deveria estar afastando-a, mas a sensação do calor dela contra ele, a familiaridade de seu cheiro, e a forma como seu corpo se ajustava ao dele — cada elemento o puxava mais fundo para um redemoinho de desejo e dúvida. Era tudo tão avassalador.
Azula, percebendo sua aceitação, aconchegou-se ainda mais, sua respiração aprofundando-se enquanto ela mergulhava mais no sono. Aldric ficava lá, sua mão ainda emaranhada no cabelo dela, olhando para o teto.
Com cada respiração que dava, a linha entre Islinda e Azula se tornava mais indistinta, as linhas entre Azula e Islinda se tornavam mais indistintas, deixando-o preso em um momento que era tão torturante quanto reconfortante.
Apesar dos pensamentos em sua cabeça, o cansaço finalmente cobrou seu preço. Aldric fechou os olhos, sua mão ainda acariciando suavemente o cabelo de Azula, e deixou-se cair em um sono inquieto, assombrado pelos sonhos de estar preso entre o fantasma de um amor passado, Islinda, e a realidade imprevisível do presente, Azula.
Aldric foi o primeiro a acordar, a luz da manhã filtrando-se através das cortinas e lançando um brilho suave pelo quarto. Ele sentiu o calor de um corpo pressionado contra o dele, e por um momento fugaz, uma sensação familiar de paz o envolveu.
Ele olhou para baixo e viu o rosto sereno de Islinda repousando contra seu peito, suas feições suaves e inocentes no sono.
Seu coração pulou uma batida.
Por alguns segundos preciosos, deixou-se acreditar que tudo estava de volta ao normal, que Islinda estava ali, viva, e em seus braços, onde ela pertencia.
Mas então a realidade voltou com tudo. Islinda se foi, e a mulher em seus braços era Azula, o demônio que havia tomado seu corpo.
Apesar dessa dura verdade, Aldric não pôde deixar de se agarrar a uma centelha de esperança. Ele gentilmente afastou uma mecha de cabelo do rosto dela, seus dedos tremendo.
A expressão dela era tão pacífica, tão parecida com a Islinda que ele lembrava. Talvez, apenas talvez, houvesse uma chance de ela voltar para ele.
Respirando fundo, Aldric inclinou-se e sussurrou, “Islinda?” Sua voz era quase inaudível, carregada de desespero. Ele a sacudiu suavemente, rezando contra todas as probabilidades para que seu amor fosse o que acordasse.
Azula se mexeu, seus olhos piscando ao abrir. Por um momento fugaz, seu olhar parecia mais suave, quase como a luz nos olhos de Islinda. O coração de Aldric palpitou, a esperança inundando seu peito.
“Islinda?” ele perguntou novamente, sua voz quebrando de desespero.
“Aldric?” ela respondeu, sua voz carregando uma gentileza inconfundivelmente de Islinda.
“Islinda?” A voz de Aldric falhou, felicidade e descrença lutando dentro dele. Poderia ser verdade? Islinda voltou?
“Islinda!” ele exclamou, puxando-a para um abraço apertado, seu coração disparando. Ele a segurou como se temesse que ela pudesse desaparecer novamente, apertando-a tão forte que ela mal conseguia respirar.
Mas então ele se afastou, olhando em seus olhos. A breve ternura desapareceu, substituída pelo brilho familiar e travesso de Azula.
“Sério, Aldric?” ela sorriu, seu tom zombeteiro. “Você achou que era tão fácil assim?”
A esperança que havia florescido no coração de Aldric se despedaçou como vidro frágil. Sua expressão endureceu, a realidade se abatendo sobre ele. Traição e fúria surgiram dentro dele ao perceber que Azula o havia manipulado, aproveitando-se de seu momento de vulnerabilidade.
“Droga!” ele cuspiu, sua voz tremendo de raiva enquanto a expulsava da cama. “Saia de perto de mim!”
Azula caiu no chão, rindo, sua diversão apenas alimentando sua raiva. O som da risada dela irritava seus ouvidos, uma cruel lembrança de seu tormento.
“Saia,” Aldric rosnou, suas mãos tremendo enquanto apontava para a porta.
Azula se levantou, ainda rindo, e com uma reverência zombeteira, ela disse, “Como desejar, sua alteza.” Ela saiu do quarto, deixando Aldric fervendo nas consequências de seu jogo cruel.
“Demônio maldita!” Aldric desejava poder estrangulá-la.