Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 733
Capítulo 733: Peça Perdão – 2
“O que você quer, Valerie?” A voz de Oberon estava baixa, carregada com o cansaço de um governante que havia sido testado muitas vezes.
A boca de Valerie secou, suas palavras cuidadosamente ensaiadas escorregaram. “Eu… Eu queria me explicar,” ele conseguiu, sua voz vacilando. “Eu sei que o que fiz foi errado, mas preciso que você entenda por que fiz isso.”
“Ahh, aí está, as desculpas,” Oberon levantou sua expressão endurecida e olhou diretamente para ele. “Diga-me então, Valerie, você pensou em entender seu irmão Aldric quando as notícias de que ele assassinou sua noiva chegaram?”
Imediatamente, a garganta de Valerie secou. Ele tentou falar, mas havia um enorme nó em sua garganta. Ele não conseguia dizer uma palavra porque era uma mentira e Fae não podia mentir.
O desespero o atingiu, e seus olhos se moveram rapidamente, sua mente trabalhando em uma resposta que salvaria o que restava de sua dignidade.
“É diferente.” Ele disse.
“Como é diferente?” Oberon retrucou.
Valerie lambeu o lábio inferior, os nervos em ação. Ele não podia estragar isso. Ele disse, “Aldric é conhecido por suas obras, não me surpreendeu que ele tenha ido longe demais ao assassinar minha noiva.”
De repente, o rei levantou-se, varrendo tudo em sua mesa com a mão.
Ele disse com uma intensidade ardente, “Você quer dizer a noiva que foi possuída por uma bruxa que queria vingança após sua ação descuidada desencadear um evento em cadeia?!”
Valerie ficou sem palavras diante da explosão de seu pai. Era a primeira vez que via seu pai assim e isso o assustou.
Imediatamente, ele caiu de joelhos.
“Desculpe,” Valerie sussurrou, as palavras parecendo vazias e inadequadas. Ele se sentia inadequado.
“Nunca quis ferir ninguém.”
Rei Oberon suspirou, o som pesado de desapontamento. “Você sabe sequer por que eu o fiz príncipe herdeiro e não Theodore ou Andre ou até mesmo meu filho considerado favorito, Aldric?”
Valerie nem conseguiu responder, mantendo seus olhos no chão por vergonha.
Seu pai respondeu e disse,” Theodore não era forte o suficiente para proteger este reino e eu não ficaria surpreso se ele o entregasse a sua mãe em uma bandeja de ouro. Andre teria sido a escolha mais segura, mas o garoto é tão livre quanto o vento. Infelizmente, sua mãe e a Rainha Nirvana sufocariam a vida dele. Sem mencionar sua fascinação pelos humanos, eu não ficaria surpreso se ele começasse a mudar nossos hábitos. Mas você…” Ele disse com dor na voz,”Você tinha compaixão e era forte o suficiente. Achei que se houvesse alguém que lideraria este reino e lidaria com as artimanhas de Aldric, seria você. Mas claramente, eu estava enganado. O que aconteceu com você, Valerie?”
Valerie se engasgou com emoção, as palavras de seu pai como uma flecha direto em seu coração. De fato, o que aconteceu com ele?
“Você desistiria de Islinda.”
Os olhos de Valerie se levantaram de uma vez, seus olhos arregalados de choque. “Não, não, não, pai….” Ele disse em pânico, tocando sua mão no peito. “Eu amo Islinda. Não acho que posso viver sem ela. Além disso, fiz uma promessa de salvá-la de Aldric.” Ele deu um olhar suplicante a seu pai… Ele não pode fazer isso com ele.
Oberon caminhou até Valerie e então, colocando uma mão em seu ombro, ele lhe disse, “Este amor seu está se tornando tóxico. É hora de abrir mão disso.”
Bam!
Valerie sentiu seu mundo desmoronar naquele momento. A sala parecia se fechar ao seu redor, o ar denso com dor e arrependimento não ditos. Ele esperava uma chance de se explicar, de consertar as coisas, mas agora estava sendo forçado a abrir mão do que importava para ele.
“Não…” Ele disse desafiadoramente, “Eu não quero… Não posso ceder a Aldric… ele não pode tê-la. Islinda é minha.” Valerie estava devastado.
Havia tristeza nos olhos de Oberon quando ele disse, “Claramente, colocá-lo contra Aldric foi um erro. Achei que com o tempo, ambos perceberiam que não havia uso em lutar por tudo e cederiam aos seus laços como irmãos, mas parece que fui gravemente enganado.”
Valerie afastou-se de seu pai com um olhar de desapontamento no rosto. Ele balançou a cabeça, “Claramente, foi um erro vir aqui.”
O coração de Valerie estava acelerado enquanto ele se afastava de seu pai, emoções girando em uma tempestade de raiva e mágoa.
Ele mal registrou a voz de seu pai chamando-o, as palavras abafadas e distantes. “Valerie, volte aqui! Não terminamos!”
Ele não parou. Não se importava. O perdão de seu pai parecia vazio, sem significado diante do peso de sua própria decisão. O momento no salão havia quebrado algo profundamente dentro dele, e ele não tinha intenção de tentar juntar os pedaços agora.
Era claro para ele agora. Ele não era nada além de um instrumento, um recipiente a ser usado para servir este reino na ausência dele. No final, Aldric era o que importava para ele – o filho de sua companheira destinada. Pensar que ele facilmente perdoou os crimes de Aldric sem o bastardo sequer pedir, mas o único erro que ele cometeu, ele segura contra ele.
Não haveria desistência de Islinda. Ela era sua. Ela era a única coisa que importava para ele agora. Sem mencionar, seu orgulho e vida estavam em jogo agora..
Valerie irrompeu pelos corredores, seus passos ecoando nas paredes frias de pedra. A fúria fervia dentro dele, seus pensamentos um caos confuso. Ele virou uma esquina, quase colidindo com uma figura parada em seu caminho. Era uma das criadas de sua mãe.
Ótimo! De panela voadora para o fogo. Ele não conseguia um momento de descanso neste lugar. Tudo o que ele queria era um momento para si mesmo. Todos neste lugar estavam deixando-o louco.
“Vossa Alteza,” ela disse, inclinando a cabeça respeitosamente. “A Rainha Maeve solicita sua presença imediatamente.”
O maxilar de Valerie se contraiu, sua raiva mal contida. “Agora não é o momento,” ele rosnou, sua voz áspera.
A criada não vacilou, sua expressão permanecendo calma. “A rainha insiste, Vossa Alteza. Ela diz que é urgente.”
Valerie exalou bruscamente, a frustração fervendo. “Certo,” ele estalou, passando por ela. “Lidere o caminho.”