Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 727
Capítulo 727: Mate-a Com Gentileza
“Para onde você está me levando?!” Azula lutou contra os tentáculos escuros das sombras de Aldric que prendiam seus pulsos. Apesar de seus protestos, Aldric a arrastava com uma determinação sombria.
Azula havia antecipado admiração ou até mesmo reverência depois de revelar sua história, esperando que ficassem impressionados ou, no mínimo, intrigados com sua proeza demoníaca. Em vez disso, ela se encontrou sendo maltratada por Aldric como se fosse algum cativo indisciplinado. Droga!
“Para onde você está a levando?” Maxi correu ao lado deles, sua voz tingida de alarme. A partida abrupta de Aldric deixou todos pasmos.
“Para um lugar onde ninguém a encontrará!” Aldric rosnou, apertando ainda mais o aperto enquanto continuava a puxar Azula para frente. A resistência do demônio apenas alimentava sua determinação.
“Me deixe ir!” Azula puxou ferozmente contra as sombras que a mantinham. Era como uma brutal competição de cabo de guerra, seus esforços enfrentando a força inabalável de Aldric.
Com um puxão poderoso, Aldric a puxou para frente, fazendo Azula tropeçar e colidir com seu peito. Sua pele estava quente e nua, pois ele sacrificou sua túnica por ela. Por um breve momento, o rosto de Azula pressionou-se contra o peito dele, sentindo o pulsar rítmico de seu coração.
Uma ideia repentina surgiu em sua mente, mas Aldric, percebendo sua intenção de encantá-lo, empurrou-a bruscamente antes que seus olhos pudessem brilhar vermelhos. Ela caiu no chão, olhando para ele com uma mistura de fúria e frustração. “Idiota!”
“Levante-se agora!” Aldric trovejou, sua voz ecoando com a autoridade de um príncipe fada sombrio.
“Faça-me!” Azula reagiu, seus olhos ardendo de desafio. Ela sentou-se no chão, sua postura irradiando uma recusa teimosa de obedecer.
Maxi, parado por perto, observava a cena desenrolar-se com crescente preocupação. A pegada sombria de Aldric em Azula e sua expressão feroz não deixavam dúvidas sobre suas intenções. A tensão entre eles era palpável, uma batalha de vontades que parecia prestes a explodir.
Aldric deu um passo mais perto, seu olhar escuro e intenso. “Não vou pedir novamente,” ele disse, sua voz baixa e ameaçadora.
Os lábios de Azula se curvaram em um sorriso zombeteiro, mesmo enquanto permanecia no chão. “Você acha que pode me controlar, príncipe? Eu não sou um de seus pequenos súditos obedientes. Sou um demônio. As pessoas me adoram! Eu não me ajoelho para ninguém.”
Os olhos de Aldric reluziram de raiva, as sombras ao seu redor se retorcendo em resposta à sua agitação. “Você vai me obedecer, Azula, ou vai descobrir até onde estou disposto a ir para fazê-la.”
O riso de Azula ecoou, agudo e zombeteiro. “Oh, Aldric. Você não tem ideia de com quem está lidando. Mas vá em frente, experimente. Eu adoraria ver você falhar.”
Por um momento, o ar crepitou com ameaças não ditas, a tensão entre eles quase tangível. Isaac, agora na cena, sentiu a intensidade do impasse, olhou para sua companheira, se perguntando o que fazer conforme sua preocupação aumentava.
Aldric respirou fundo, controlando sua fúria. Com um movimento rápido, ele estendeu a mão, e as sombras envolveram Azula mais firmemente, levantando-a do chão, apesar de suas lutas. “Isso não é assunto para debate”, ele disse friamente. “Você vai comigo, e vou encontrar uma maneira de escondê-la de vista. Você sobreviveu no reino humano por anos e Islinda pode se passar por humano, você estaria segura lá.”
“Não, não vou a lugar nenhum!”
“Azula?!” Ele rosnou um aviso.
Azula rosnou para ele também, revelando dentes afiados. Era isso! Ela estava farta dele. Se ela soubesse antes, teria apenas transformado ele em um maldito almíscar! Então ela não seria controlada assim! Maldito seja ele!
“Estou de saco cheio de ser gentil com você!” A voz de Aldric trovejou enquanto ele avançava em direção a Azula, sombras se contorcendo ao redor dele em uma fúria quase irrestrita.
Mas antes que ele pudesse alcançá-la, Maxi se colocou entre eles, firmando-se no caminho dele. “Aldric! Pare com isso! Pare por um minuto!”
Aldric soltou um rosnado feroz, seus olhos flamando perigosamente. As sombras ao redor dele tremularam com sua agitação.
Maxi, sem se abalar, empurrou-o no peito. “Droga, acalme-se por um segundo antes de fazer mais mal do que bem!” ela retrucou, seus olhos faiscando com determinação.
“Como eu me acalmo?” Aldric retrucou, sua voz crua com emoção. “Me diga como me acalmar quando é apenas uma questão de tempo até Andre descobrir o que ela é. Você sabe o que Andre é? O espião-mestre do meu pai! Eles já estão no limite lidando com o príncipe fada sombrio. Se eles descobrirem que há um demônio de verdade…”
A respiração de Aldric veio em arfadas pesadas, seu peito subindo e descendo com o peso de seu medo. Seus olhos, geralmente tão ferozes, agora mostravam uma vulnerabilidade crua que pegou Maxi de surpresa. “Islinda está lá, meu…”
A voz de Aldric vacilou, e ele olhou para Azula, relutante em revelar muito na frente dela. Mas Maxi já havia entendido. Ela viu o tormento em seus olhos, o medo por Islinda presa sob o controle do demônio.
“Mas escondê-la não é a resposta, é?” O tom de Maxi suavizou, tentando alcançá-lo através de sua raiva. “Você não pode esconder um maldito demônio, Aldric. Olhe para ela.” Ela gesticulou para Azula, que permanecia desafiadoramente no chão, as pernas cruzadas. “Você ouviu a história dela sobre Benjamin, seu antepassado fada sombrio, e como terminou. Você realmente quer que a história se repita?”
Aldric passou a mão pelos cabelos, bagunçando-os em frustração. Os últimos dias haviam sido um turbilhão de caos, de ser encantado por Elena a resgatar Islinda e descobrir sua possessão. Sem mencionar a guerra contínua com os Raysin. O peso de tudo isso parecia pressioná-lo, ameaçando esmagar seu espírito.
“Me diga!” Ele se virou para Maxi, desespero nos olhos. “O que você espera que eu faça quando não posso nem exorcizá-la sem mandar Islinda para o inferno? Eu não posso matá-la sem ferir Islinda. Ela não me deixará nem ver Islinda para saber se ela está bem!”
“Oh, ela está bem,” Azula interveio com um sorriso, chamando a atenção deles. “Talvez só um pouco solitária.”
Aldric rosnou em resposta, seus punhos se cerrando com o impulso de atacar. Mas Maxi se interpôs novamente, suas mãos pressionadas contra o peito dele. “Aldric! Não! Se controle! Ela está te provocando de propósito.”
Aldric lutou para controlar sua raiva, seu corpo tenso e as mãos tremendo. O riso zombeteiro de Azula apenas alimentou sua irritação, mas a presença de Maxi foi uma força de ancoragem.
“Ei, ei, escute-me!” Maxi segurou o rosto dele, forçando-o a focar nela. “Estamos em guerra com a família Raysin. Eles não vão descansar até ver qualquer um de vocês mortos. Então, aqui está o que você fará: você cuidará de Azula—”
“De jeito nenhum—” Aldric começou, seu protesto feroz.
“Ei—” Maxi deu-lhe um olhar severo, silenciando-o. “Você a tratará como trata Islinda. Até o ponto…” Ela inclinou-se para sussurrar, sua voz quase inaudível. “Onde você a mata com gentileza.”
Os olhos de Aldric se arregalaram enquanto ele se recostava, olhando para Maxi surpreso.
Maxi assentiu sutilmente, seu olhar firme. Este era o código secreto deles, um plano para lidar com Azula sem deixar o demônio suspeitar de suas verdadeiras intenções.