Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 716
Capítulo 716: Pequena Raposa
O ar na mansão de Aldric estava denso e pesado quando os servos, que haviam sido deixados para trás e desfrutavam de sua ausência por dias, perceberam que suas pequenas férias haviam acabado. O príncipe fada sombrio estava de volta, e era hora de se comportar.
A chegada repentina de Aldric no gramado, carregando Islinda em seus braços, interrompeu o breve descanso que os servos haviam aproveitado. Eles sussurravam ansiosos entre si, sua postura relaxada anterior sendo substituída por uma energia nervosa. Um servo, que se deparou com Aldric ao sair do nada, ficou paralisado de choque.
Ignorando o servo, Aldric caminhou com passos decididos em direção aos seus aposentos, embalando Islinda cuidadosamente. Seu foco permaneceu totalmente nela, não lançando um olhar para mais ninguém. Os servos, acostumados com suas vindas e idas imprevisíveis, mantiveram a mansão em impecável condição, sempre prontos para o seu retorno.
Uma vez dentro de seu quarto, Aldric colocou Islinda gentilmente em sua cama, afastando uma mecha de cabelo que havia caído sobre seu rosto. Ele permaneceu ali por um momento, seu olhar suavizando enquanto a observava dormir. Então, com um gesto determinado, ele se endireitou e saiu do quarto.
Aldric dirigiu-se diretamente ao seu laboratório secreto, ciente de que o perigo ainda espreitava mesmo dentro das muralhas de Astária. A sede de vingança da família Raysin significava que eles inevitavelmente viriam atrás de Islinda. Ele não tinha tempo a perder em fortificar suas defesas.
Em seu laboratório, Aldric vasculhou prateleiras e gavetas, finalmente recuperando uma caixa de objetos esféricos peculiares. Cada bola estava cheia de um líquido escuro, partículas ominosas suspensas dentro. Ele examinou uma de perto, um sorriso frio e cruel curvando seus lábios. Satisfeito, pegou cuidadosamente a caixa e saiu.
Aldric, um guerreiro experiente e estrategista astuto, conhecia intimamente as defesas e vulnerabilidades de seu castelo. Ele colocou metodicamente as esferas em locais críticos, assegurando-se de que estivessem bem escondidas, mas estrategicamente posicionadas para frustrar qualquer intruso. No jardim, ele escondeu uma bola entre as sebes, sua superfície escura se misturando perfeitamente com o ambiente.
Enquanto colocava a última esfera, um Corvo, um de seus espiões leais, pousou em seu ombro e grasnou alto, batendo as asas.
“Sim, eu sei, senti sua falta também,” disse Aldric, um raro calor em sua voz enquanto reconhecia a saudação do pássaro.
Além dos pássaros espionando para ele, o vínculo de comunicação que compartilhava com os animais era um dos presentes que Azrael, o Rei Corvo, lhe havia concedido.
Ele grasnou novamente.
Aldric franziu a testa como se achasse difícil responder ao que o Corvo acabara de dizer. Ele inclinou a cabeça, incerto, dizendo,
“Você não pode exatamente chamar isso de traição, não é como se vocês gostassem do inverno de qualquer maneira,” Aldric protestou.
Outro Corvo logo se juntou, pousando em seu outro ombro. Ele grasnou, e Aldric riu, respondendo à sua comunicação silenciosa. “Veja, ouça ele, companheiro, ele realmente faz mais sentido do que você agora.”
O primeiro Corvo inclinou a cabeça, grasnando mais insistentemente.
“Você não pode fazer tal afirmação. Não estou escolhendo lados aqui. Gosto de todos vocês igualmente.”
O Corvo grasnou novamente, claramente não convencido.
“Não,” Aldric balançou a cabeça em exasperação, “Eu não vou fazer isso!”
De repente, o Corvo avançou e agarrou uma das bolas da mão de Aldric. Seus olhos se arregalaram em alarme enquanto congelava, entendendo a potencial catástrofe se o pássaro deixasse cair ou balançasse.
“Dê isso para mim, número cinco,” Aldric comandou, sua voz firme apesar da tensão.
O Corvo grasnou desafiadoramente.
Aldric revirou os olhos, “Eu não posso te fazer número um. Ele está bem aqui,” ele apontou para o outro Corvo ainda empoleirado em seu ombro.
A ave obviamente não gostou da resposta de Aldric, e ele viu o momento em que o teimoso Corvo tomou sua decisão.
“Ah, droga,” Aldric xingou enquanto o pássaro voava para longe com uma das esferas delicadas.
Algo estranho aconteceu. Por um momento, o Corvo parecia estar voando normalmente, mas então seu movimento desacelerou, a cena se tornando estranhamente surreal. Num piscar de olhos, o pássaro implodiu silenciosamente de dentro para fora, seu sangue salpicando nas flores carnívoras de Aldric. As flores absorveram avidamente o sangue, suas pétalas ficando vermelhas brevemente antes de voltarem à sua cor habitual.
“E lá se vai o número cinco…” Aldric gesticulou impotente para a bagunça. Ele se abaixou cuidadosamente para pegar outra bola. “Bem, vendo pelo lado bom,” ele disse, examinando o orbe, “ele provou que minha criação funciona.”
O outro Corvo grasnou alto de seu ombro, o ruído surpreendendo no agora silencioso jardim.
Aldric fez beicinho, “Oh, não fique triste. Algo me diz que em breve você terá muita carne para fartar-se.” Ele acariciou a cabeça do Corvo. “Além disso,” ele acrescentou com um sorriso maligno, “você ainda é o número um.”
Número um bateu as asas orgulhosamente, grasnando no alto de seus pequenos pulmões.
“Esse é meu garoto,” Aldric disse enquanto o Corvo voava para se juntar ao resto de seu grupo, seus grasnados ecoando na noite.
Aldric cuidadosamente armou a armadilha no local escolhido e deixou o jardim, sua mente já correndo com pensamentos de Islinda. Azrael, o rei Corvo, sentiria a perda de um de seus pássaros, mas não era culpa de Aldric que o Corvo fosse teimoso a esse ponto. Azrael estaria furioso, mas ele teria que lidar com isso.
Terminando suas rondas, Aldric voltou para seus aposentos, um senso de urgência o impulsionando. Ele não podia suportar ficar longe de Islinda por muito tempo, o medo de perdê-la corroendo-o. Ao se aproximar de seu quarto, ele sentiu uma leve mudança no ar, um distúrbio que fez seu coração disparar. Se o inimigo de alguma forma tivesse invadido seu quarto e ferido Islinda, ele arrasaria toda Astária em sua fúria.
Mas nada poderia tê-lo preparado para a visão que o aguardava quando ele abriu a porta. Sua cama estava vazia, os lençóis amarfanhados, mas Islinda estava de pé.
Aldric esqueceu como respirar, seus pés enraizados no chão. Não, ele não conseguia acreditar que Islinda estava de pé bem na sua frente. Ele devia estar vendo coisas.
“Islinda?” ele cochichou, a palavra mal escapando de seus lábios.
Ela ficou ali, meio atordoada no primeiro momento, antes que o reconhecimento brilhasse em seus olhos. Um sorriso floresceu em seu rosto, uma flecha que perfurou diretamente seu coração. Um bom tiro.
O choque e o alívio inundando Aldric quase o dominaram, sua respiração trêmula. Quando Islinda deu um passo hesitante em sua direção, Aldric se moveu instintivamente, suas mãos se estendendo para estabilizá-la. A realidade dela estar ali diante dele, viva e se movendo, era quase demais para compreender.
“Você está acordada,” ele disse, sua voz tremendo com uma mistura de alívio e admiração. “Graças aos deuses, você está acordada.”
Islinda o agarrou pela frente de sua jaqueta e pressionou a boca contra a dele. Aldric ficou tenso, incapaz de acreditar que Islinda estava o beijando. Considerando tudo o que ele havia feito sob o controle de Elena e da bruxa, ele esperava que ela estivesse zangada e ressentida, não que o cumprimentasse com um abraço tão fervoroso.
Mas o beijo de Islinda tornou-se exigente quando ela percebeu sua hesitação. Aldric não teve opção senão beijá-la de volta. Embora estivesse cauteloso sobre a saúde dela e quisesse que ela se recuperasse, ele não podia negar o desejo que surgiu dentro dele. Ele sentia falta dela desesperadamente, a necessidade de senti-la, de afundar-se profundamente dentro dela sobrepujou sua resistência.
Enquanto eles se beijavam, a tensão e o medo derreteram, substituídos por uma conexão feroz e inegável. As mãos de Aldric se emaranharam nos cabelos dela, puxando-a para mais perto, enquanto Islinda se agarrava a ele como se estivesse se ancorando à realidade.
O beijo era quente, feroz e intenso, suas línguas se enroscando juntas. Aldric a segurava mais apertado, com medo de que ela desaparecesse se ele ousasse soltá-la. Assim, Aldric ficou momentaneamente aturdido quando Islinda o empurrou fortemente contra a parede, tirando-lhe o fôlego. Ele notou sua força anormal, mas não pôde se deter porque seus lábios estavam de volta nos dele, e ele estava muito necessitado para pensar em qualquer outra coisa.
Com os lábios ainda unidos, Islinda rapidamente o despiu, e ele a ajudou a remover sua jaqueta e a camisa por baixo. Com Aldric nu, ela passou as mãos por seu corpo musculoso e tenso, seu peito flexionando sob o toque dela. Aldric estava duro como pedra por sua companheira. O toque dela era celestial, e ele jurou que poderia gozar ali mesmo sob suas minuciosas carícias.
Aldric segurou o traseiro dela, pressionando-a contra sua evidente excitação, e Islinda deu uma risadinha, saboreando o momento entre eles. Ela começou a se mover contra ele, e Aldric gemeu, jogando a cabeça para trás. Ele estava genuinamente gostando desse lado de Islinda; era muito sensual.
Quando ele a levantou, Islinda imediatamente envolveu as pernas ao redor dele, esfregando-se contra ele lascivamente. Ele quase a deixou cair.
“Que raposinha doce você é,” Aldric riu, levantando a saia dela e não encontrando nada por baixo. Ele não tinha ideia do que tinha deixado Islinda desse jeito, mas ele não se importava nem um pouco.
Ele pressionou o nariz no pescoço dela e inalou seu aroma maravilhoso. Então ele posicionou os quadris e a penetrou.
Azula gemeu.