Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 713
Capítulo 713: Aldric Matou Islinda
Islinda era Fae?
A notícia continuava girando sem parar na cabeça de Aldric. De todas as coisas que ele imaginava que Islinda poderia ser, uma Fae, não, uma mestiça era a menos provável. Não que ele pensasse que ela seria outra coisa além de humana. Para Aldric, mestiça ou não, Islinda ainda era a doce e ingênua humana que ele havia enganado e levado do reino humano. Islinda ainda era Islinda para ele. Nada tinha mudado sobre ela. Esperançosamente.
“O que você planeja fazer agora?” A voz de Andre rompeu seus pensamentos tumultuosos.
Os olhos de Aldric se fixaram em seu irmão, sua expressão se endurecendo. “Fazer o quê?”
“Para começar, investigar a linhagem dela? Encontrar a mãe dela? Não sei o quanto seria benéfico, mas algo me diz que Islinda ficaria encantada em se reunir com um parente vivo. Isso se ela estiver viva,” o rosto de Andre mudou ao acrescentar, “Sugiro não contar a ela sobre o plano até ter certeza de que a mãe está viva. Você não gostaria de destruir sua esperança.”
“Não haverá nada disso,” disse Aldric, sua voz firme. “Ela a abandonou por anos. Não tem razão para voltar à vida dela.”
“Você não conhece a história toda. Talvez ela realmente não tenha tido escolha,” Andre argumentou, sua expressão sincera.
Aldric se aproximou, seu olhar gelado. “Se há algo que ter expectativas para membros da família me ensinou, é nunca ter esperança. Islinda está indo bem sem ela, e como você disse, o rastro está frio. Ou ela não quer ser encontrada ou está envolvida em uma confusão na qual eu não gostaria que Islinda se enredasse. Se há algo de que Islinda precisa, eu vou providenciar e protegê-la.”
Andre ergueu uma sobrancelha, sua expressão desafiadora. “Você quer dizer ‘nós’ vamos protegê-la?”
Um rosnado baixo ressoou do peito de Aldric. A tensão entre eles crepitava como um fio elétrico ao vivo.
“Ah, vamos lá, se não fosse pela minha presença e grandes contribuições aqui, você ainda estaria sob a influência da bruxa. Sem mencionar, Islinda matou Elena—”
“Você não pode ter certeza disso,” Aldric interrompeu, com a mandíbula tensa, embora ele soubesse muito bem a verdade.
Andre manteve o olhar firme. “Ela a matou. Eu voltei à cena, compilei evidências e testemunho de Maxi. Islinda definitivamente não era humana quando arrancou a cabeça de Elena de seu corpo. É preciso uma certa quantia de força e brutalidade para fazer isso. Islinda deve ter ficado enfurecida e se vingou. No entanto, prefiro que ela mate do que seja morta. Contudo, esse é o problema. Possuída por uma bruxa ou não, Elena ainda é dos Raysin, e eles vão querer vingança.” Ele colocou a mão no ombro de Aldric, sua voz baixando para um tom sombrio. “Você não pode fazer isso sozinho, irmão.”
Por um momento, seus olhos se encontraram, e parecia que as palavras de Andre poderiam tê-lo alcançado. O olhar de Aldric vacilou, um lampejo de dúvida cruzando seus traços, mas então ele empurrou a mão de Andre, sua expressão endurecendo mais uma vez. “Estou levando Islinda à Corte de Inverno imediatamente, e você não vai segui-la!” ele declarou, apontando um dedo para Andre para enfatizar sua ordem.
O rosto de Andre se contorceu em frustração. “Esconder Islinda não resolverá o que está por vir, Aldric!”
“Quem disse algo sobre escondê-la?!” Aldric retrucou. “Estou apenas levando-a para um lugar onde eu possa protegê-la adequadamente!”
Sua voz era um rosnado áspero, ecoando nas paredes de pedra. Por mais que ele fosse o alto senhor da Corte de Inverno, isso não significava que ele tivesse a confiança completa deles, e qualquer um deles poderia traí-lo quando menos esperasse. Seu castelo em Astária ofereceria a melhor proteção.
“Então você a leva de volta à Corte de Inverno e o que acontece depois?” Andre questionava incessantemente Aldric mesmo enquanto ele saía furioso do quarto e seguia até Islinda, pegando-a da cama e saindo, ignorando-o.
“Você sabe que ela vai ser julgada pela morte de Elena!” Andre gritou de repente, fazendo Aldric parar em seus passos.
Ele se aproximou do lado dele, dizendo, “As notícias devem ter chegado à família Raysin, só posso imaginar a confusão que eles devem estar causando agora. Não é hora de ser teimoso, Aldric, vamos nos sentar e pensar como lidar com isso.” Ele suplicou.
“Se quiserem Islinda, terão que passar por mim primeiro.” Aldric disse, os olhos brilhando com a promessa de perigo para qualquer um que ousasse colocar a mão em sua companheira.
Com isso, Aldric saiu com Islinda enquanto Andre ficou parado. No final, o idiota ainda levou Islinda para Astária, onde acreditava que ela estava segura. Espere um minuto, o pensamento de repente surgiu em sua cabeça. Se Aldric foi para Astária? O que então aconteceu com a Corte de Inverno? Havia muitas questões não resolvidas e com Karle morto, não haveria nenhum alto senhor para liderar.
De repente, Andre correu pelos corredores, esperando alcançar Aldric. Ele conseguiu localizá-lo fora do palácio, mas já era tarde porque Aldric já havia convocado um portal com o medalhão.
“Não, Aldric, espere —!”
Aldric passou pelo portal e desapareceu.
“Ótimo!” Andre levantou as mãos, xingando sob sua respiração.
Seu corre-corre pelo palácio deve ter chamado a atenção, porque alguns guardas Fae chegaram segundos depois.
“Notícia de última hora, seu líder acabou de sair.” Andre apontou para suas costas.
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“O quê?!” Rainha Maeve gritou ao ouvir a notícia, batendo a palma da mão na mesa e a pobre madeira se partiu em dois.
Seus olhos brilharam com raiva para o Fae que acabara de chegar com as notícias. “O que você quer dizer com Elena está morta?”
O servo tremia com seu desabafo, especialmente ao ver as chamas que irrompiam das mãos da Rainha. Rainha Maeve parecia estar prestes a explodir.
“E-eu ouvi isso” Ele gaguejou.
“Como ela morreu?” Seu olhar estreitou, “Quem a matou?”
“Para ser honesto, minha Rainha, as notícias estão meio confusas e eu não sei a verdade —”
“O que exatamente você sabe?!” Rainha Maeve ergueu sua voz, o fogo em suas mãos aumentando com seu temperamento.
“Disseram que alguma bruxa a possuíu e que Aldric a matou depois de ser encantado por ela.”
Rainha Maeve soltou um suspiro trêmulo. Embora ela ainda não tivesse confirmado os detalhes das notícias, a Rainha do verão já tinha decidido sobre Aldric. Ela sempre soube que o maldito príncipe nunca ficou feliz que Valerie tivesse conseguido um parceiro forte, um que ajudaria em sua ascensão ao trono.
Agora, ele conseguiu tirá-la do caminho. Ele matou Elena. De todas as maneiras que poderia ter interrompido o progresso de Valerie, ele teve que matar sua rainha. Ela teria sido rainha de Astária. A raiva encheu as veias da Rainha Maeve e com um grito alto, ela pegou o vaso de flores mais próximo e o esmagou contra a parede.
Aldric! Aldric! Aldric! Por que ele era um espinho em seu lado? Maeve pensou que depois de causar a queda de Nora, que o legado dela teria terminado ali. Tal mãe, tal filho, ambos eram uma irritação que não ia embora. Um parasita que sugava seu progresso.
“Ahhh !” Rainha Maeve voltou sua frustração para seu quarto, queimando e destruindo tudo que ela conseguia em seu banho.
Embora Rainha Maeve não tivesse exatamente sido próxima de Elena, ela ainda era família e lamentou a perda. Elena não merecia tal destino, especialmente não nas mãos daquele bastardo, Aldric.
Imediatamente, os olhos da Rainha Maeve se tornaram ferozes e brilharam com a necessidade de vingança. Oberon não seria capaz de defender seu filho dessa vez. Talvez, mesmo estando morta, Elena ainda servisse à sua família. Não haveria mais duelo mortal, seria a execução de Aldric em vez disso. Ela não deixaria isso passar. Nem a família Raysin.
*********’
Valerie retornou à capital sob o manto da noite. Ele não estava com humor para receber visitas de ninguém, especialmente sua mãe, e a vergonha ameaçava dominá-lo. Pensar que tinha sido expulso por seu próprio avô.
Se sua mãe soubesse disso, ele só poderia imaginar o constrangimento e o olhar de desapontamento no rosto dela. Portanto, ele retornou ao palácio sem chamar atenção.
Ele mal havia se acomodado quando sua porta se abriu abruptamente e seu coração disparou, pensando que sua mãe poderia ter, de alguma forma, recebido notícias de sua chegada — ela era a única que poderia invadir de forma rude assim.
No entanto, para sua surpresa, era Derek.
“Não posso deixar de me perguntar se você perdeu a cortesia básica —”
“Elena está morta.”
O quê?” Valerie ficou pasmo, com dificuldade para acreditar. “De qual das Elena você está falando?”
“Sua noiva, sua alteza. Estou falando sobre Elena da família Raysin.”
A notícia atingiu Valerie como um soco no estômago. “Do que você está falando? O que você quer dizer com Elena está morta?!”
“Disseram que Aldric a matou,” Derek revelou.
O rosto de Valerie empalideceu bem antes de suas mãos se fecharem em um punho. Aquele bastardo.