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Capítulo 648: Destrói as Fadas das Trevas

Islinda sentiu a mudança no instante em que abriu os olhos.

“Ah não. De novo não….” O pavor se instalou dentro de Islinda quando ela se viu de repente naquela cela escura, enferrujada e ainda assim familiar.

Fazia tanto tempo desde que Islinda havia tido esses estranhos sonhos sobre o demônio, que ela se tornou completamente relaxada, sendo pega de surpresa ao se ver ali novamente. Infelizmente, gostando ou não, Islinda sabia que teria que testemunhar essa visão até o fim; só então seria enviada de volta ao mundo desperto. Era basicamente inútil perder tempo, e ela precisava começar.

Azula permanecia presa ao local onde haviam a detido, sua outrora elegante cauda agora marcada por um toco grotesco e irregular devido ao impiedoso golpe de Benjamin. A memória enviou um calafrio pela espinha de Islinda, deixando-a fervorosamente esperançosa de nunca testemunhar tal brutalidade novamente.

Islinda estava diante do demônio. Sua postura era rígida, com a cabeça abaixada e os olhos bem fechados. Por um breve momento, Islinda questionou se a morte a havia tomado, mas sua familiaridade com o demônio sugeria o contrário. Era como se as palavras e os pensamentos do demônio ecoassem diretamente na mente dela, preenchendo-a com pensamentos e conhecimento que ela nem deveria ser capaz de possuir.

Azula havia sido deixada sozinha por cinco longos anos. Deixada para definhar na solidão, enfrentando o tormento implacável de ser esquecida e abandonada!

A princípio, Benjamin fazia visitas periódicas, tentando coagi-la a aceitar suas exigências. A brutal mutilação de sua outrora majestosa cauda apenas serviu para aprofundar sua determinação e ódio pelo senhor Fae das Trevas. Assim, a crença equivocada de Benjamin de que tal brutalidade instilaria medo e conformidade em Azula provou ser fútil.

Em vez disso, Azula se refugiou ainda mais dentro de si, tornando-se apenas uma sombra do que havia sido. Ela não se importava com a ameaça da morte; se algo, Azula a esperava, sabendo que seria sua única passagem de volta para seu reino onde sua alma poderia encontrar alívio. Mas Benjamin parecia saber disso, escolhendo negar-lhe até mesmo essa misericórdia e retendo o derradeiro alívio da morte.

Embora Benjamin se abstivesse de prejudicá-la fisicamente durante suas visitas, os danos infligidos à psique de Azula eram irreparáveis, manchando de forma irreversível qualquer vestígio de redenção aos olhos dela. À medida que os dias passavam, suas visitas tornavam-se mais raras e espaçadas, até que cessaram completamente, deixando Azula para apodrecer na solidão, esquecida e abandonada por todos, exceto por seu próprio espírito indomável.

A mutilação de sua cauda infligiu uma dor excruciante, mas era o silêncio opressor que atormentava Azula mais do que tudo. Deixada sozinha apenas com seus pensamentos, Azula lutava para manter sua sanidade. O que começou como um breve momento de solidão acabou se transformando em um borrão de pesadelos, onde a linha entre realidade e imaginação se confundia além do reconhecimento.

No vazio sufocante do silêncio, Azula se via escorregando em breves episódios de loucura, engajando-se em conversas unilaterais e rindo de suas próprias piadas. Era uma tentativa desesperada de preencher o vazio deixado pela ausência de companhia. Mas isso era apenas o início de seu sofrimento.

Então veio a fome.

Em certo ponto, Azula não podia deixar de assumir que havia sido deixada sozinha para morrer lentamente. Talvez Benjamin tivesse conseguido capturar outro demônio que lhe daria os herdeiros superpoderosos que ele precisava para começar sua conquista do reino dos fadas. No entanto, isso parecia improvável. Com seu desaparecimento, outros demônios ficariam alarmados e investigariam o caso.

Não, Azula se perguntava por que ninguém havia vindo por ela. Ela era considerada realeza em seu reino, e seu desaparecimento por tanto tempo deveria ter jogado o reino em caos. Azula podia supor que Benjamin devia ter feito um encantamento que a ocultava, impedindo seu povo de localizá-la, da mesma forma que ele a mantinha prisioneira com essas correntes especiais.

Azula era uma princesa mimada que tinha tudo o que queria. Elogios? Adoração? Sacrifícios? Ela tinha tudo. Havia um grupo de humanos que havia iniciado um culto em seu nome. Em uma palavra, ela nunca havia passado fome desde o momento em que veio à existência como um demônio.

No entanto, como os poderosos caíram. Benjamin a humilhou e a fez implorar por migalhas. Agora ela estava sendo deixada faminta por sangue quente e delicioso ou carne para afundar suas presas. Algo que ela nunca havia perdido e tinha em abundância. As dores da fome a atingiam tão profundamente às vezes que ela acabava gritando de agonia. Azula sentia como se insetos estivessem devorando-a por dentro.

A outrora graciosa figura de Azula havia se reduzido a pouco mais do que ossos, suas roupas pendurando-se como trapos em sua forma desnutrida. A desnutrição a deixara tão magra que os ossos de suas costelas estavam destacados, e suas faces encovadas eram testemunho de seu sofrimento. Círculos escuros cercavam seus olhos, apagando o fogo que outrora ardia dentro deles.

Seu vibrante cabelo loiro, outrora um símbolo de sua sedução, agora pendia em emaranhados desleixados, alcançando em desordem até suas nádegas. A aparência de Azula não tinha nenhuma semelhança com a princesa da luxúria reverenciada que ela havia sido, não era mais o objeto de desejo de todos os demônios masculinos em seu reino. Ela era uma sombra de seu antigo eu, despojada de sua beleza e vitalidade por anos de cativeiro e negligência.

No silêncio sufocante, Azula frequentemente se encontrava gritando no vazio, desesperada para quebrar a opressiva quietude e ouvir o eco de sua própria voz. Era uma tentativa desesperada de reafirmar sua existência, de provar para si mesma que ainda era capaz de falar, que não havia sido tornada surda e muda pela solidão.

Frequentemente, Azula lamentava a vida que havia perdido, chorando pela beleza que havia desaparecido com cada dia que passava. Ela não precisava de um espelho para saber como parecia; o reflexo de seu próprio desespero se encarava de volta na escuridão, um lembrete cruel da feiura que a havia consumido.

Era tudo culpa dele.

Era tudo culpa deles.

Se por acaso…. Se ela conseguisse sair dali…. Azula riu ao pensar nisso, o futuro parecia sombrio o suficiente. Mas se de alguma forma ela conseguisse sair dali, ela caçaria cada um deles. Sua guerra poderia ser contra Benjamin, o alto senhor Feérico Negro, mas sua raiva se estenderia aos outros. Ela destruiria cada um deles.

Benjamin queria que prosperassem, mas ela os varreria como uma enchente da superfície deste reino. Não haveria vingança melhor contra Benjamin do que saber que seus esforços foram em vão. Essa era sua promessa para ele. Ela destruiria as fadas sombrias.

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