Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 566
Capítulo 566: Choque de Príncipes —2
“Que resolvamos isso de uma vez por todas. Um duelo até a morte. Assim, nenhum de nós será responsabilizado pelo resultado.”
Por um momento, Islinda esqueceu como respirar. Um duelo até a morte? Seu sangue gelou só de pensar. Não havia como esses dois idiotas estarem prestes a se matar, principalmente por causa dela. Não enquanto ela estivesse por perto. Ela ofegou, seu coração batendo com medo e incredulidade.
A resposta de Aldric à proposta foi uma risada sombria, um som sem alegria que enviou arrepios pela espinha de Islinda. Seus olhos brilhavam de diversão enquanto ele zombava de seu irmão, “Oh, que selvageria deliciosa da sua parte, querido irmão. Muito bem, Príncipe do Verão. Que os jogos comecem. Estou dentro.”
”
“Você nem mesmo ouviu os termos e condições?” Valerie interrompeu, sua voz impregnada de desprezo enquanto ele desprezava a arrogância no tom de Aldric.
“Não me importo com os termos estabelecidos para este duelo, contanto que isso não resulte em eu entregando Islinda injustamente a você,” Aldric retrucou, suas palavras destilando ressentimento. Ele fez uma pausa, seu olhar se estreitando ao considerar as motivações de seu irmão. “Além disso, é óbvio que você tem a vantagem aqui como o instigador deste duelo e como o amado príncipe de Astária. Certamente você elevaria o nível ao máximo para garantir a minha derrota, não é, irmão?”
Uma cor rubra subiu à face de Valerie, pois ele se viu incapaz de refutar as alegações de Aldric. As provocações, especialmente o título de “irmão”, doíam, e Valerie apertou as mãos em punhos, lutando para manter sua compostura. Ele sabia que Aldric estava deliberadamente tentando provocá-lo, mas ainda assim irritava seus nervos.
Valerie falou firmemente, “O que é injusto é você empunhar poderes diabólicos que não deveriam pertencer a este reino de jeito nenhum. Estou me esforçando para garantir a equidade neste duelo, é por isso que ele ocorrerá no palácio daqui a uma semana. Além disso, você só terá permissão para usar seus poderes de inverno.”
“Isso é completamente ridículo!” Islinda protestou veementemente, sua mente girando em confusão. Ela não conseguiu discernir o que era mais preocupante: o fato de que eles estavam planejando se matar ou que Aldric estaria severamente prejudicado na luta.
Valerie havia alegado que seria um duelo justo, mas a realidade estava longe de ser equitativa. O príncipe Fae do verão havia passado toda a sua vida – o que em anos humanos era muito – aprimorando suas habilidades, acumulando muita experiência, ao contrário de Aldric, quem havia se baseado predominantemente em seus poderes Fae das trevas. Por outro lado, se Aldric usasse seus poderes plenos, ele teria uma vantagem significativa, uma que poderia inclinar a balança a seu favor. Infelizmente, todos conheciam o potencial devastador das trevas torcidas de Aldric, o que não é à toa que Valerie os proibiu.
No mesmo instante, Islinda se viu dividida. Ela não queria que Valerie morresse, ao mesmo tempo, ela não queria que Aldric também morresse. Ela não conseguia decidir se apoiava ou culpava algum dos príncipes, cada um dos quais parecia estar jogando um jogo perigoso com apostas altas.
“Não faça isso,” Islinda implorou a Valerie, sua voz carregada de emoção enquanto ela suplicava que ele reconsiderasse. Ela não suportava a ideia dele arriscar sua vida em um duelo por ela.
A determinação de Valerie permaneceu inabalada, seu olhar firme quando encontrou os olhos suplicantes de Islinda. “Se eu vencer o duelo, você será libertada de sua servidão a Aldric,” ele declarou, sua voz firme. “E se eu perder, manterei minha distância de você, garantindo que você nunca mais tenha que sofrer com a minha presença. De qualquer forma, farei o que for preciso para protegê-la.”
O coração de Islinda se contraiu com suas palavras, uma enxurrada de emoções conflitantes a inundando. Ela nunca duvidou da sinceridade de Valerie, mas a ideia dele se sacrificar por ela a enchia de um profundo senso de culpa. Ela não suportava a ideia de ele pagar o preço máximo por causa dela. Ainda assim, ela sabia que havia pouco que ela poderia fazer para dissuadi-lo agora. A não ser, é claro, que Aldric discordasse. Ele era o único que poderia terminar com isso agora.
“Não!” A voz de Islinda estava cheia de urgência e desespero, seus olhos faiscando de fúria enquanto ela implorava que ele reconsiderasse essa decisão imprudente. “Isso não pode acontecer, não enquanto eu estiver viva!”
O sorriso de Aldric só se alargou ao ouvir seu protesto, sua arrogância palpável. “Oh, mas está acontecendo, minha cara. E eu lhe asseguro, você estará por perto para testemunhar tudo. Eu vou protegê-la e fazer com que você viva o suficiente.”
Mudando sua atenção para Valerie, a expressão de Aldric ficou fria e calculista. “Feito,” ele concordou, selando o destino deles com uma finalidade arrepiante.
O sentimento de traição atravessou Islinda como uma faca quando ela olhou para Aldric, percebendo que ele havia concordado com o duelo sem hesitar. Raiva e frustração borbulhavam dentro dela, sabendo que a morte de um dos príncipes pesaria muito em sua consciência.
“Mal posso esperar para que isso acabe,” Aldric declarou, sua satisfação evidente. Era claro que ele via a proposição de Valerie como um meio de se livrar de um incômodo, deixando Islinda exclusivamente em seu domínio. Mas para Islinda, parecia o início de um pesadelo do qual não haveria como acordar.
“Eu também,” Valerie ecoou, sua voz cheia de determinação e um senso de propósito. Ao contrário de Aldric, suas motivações eram movidas pelo desejo de proteger Islinda e livrar o reino Fae da presença ameaçadora de Aldric. Ele via o duelo como uma oportunidade não apenas de derrotar seu rival, mas de garantir a segurança de Islinda de uma vez por todas.
Com Aldric fora do cenário, Valerie esperava que Islinda viesse a entender a profundidade de seus sentimentos por ela. Talvez então, ela estivesse disposta a dar-lhe uma chance, para vê-lo pelo protetor que ele verdadeiramente era, em vez do agressor que Aldric o pintava ser.
“Agora que isso está resolvido, venha, Islinda,” Aldric declarou, movendo-se para levar Islinda embora. No entanto, Valerie interceptou seu caminho, bloqueando-o com uma postura determinada. Ele ergueu uma sobrancelha, “O que agora?” Ele perguntou.
“Você esqueceu as regras de engajamento?” Valerie retrucou, sua voz firme enquanto ele enfrentava o olhar de Aldric. “Durante o duelo, o destino de Islinda pertence a um de nós, até que um de nós saia vitorioso. E eu digo que Islinda fica. Você a manteve refém por tempo suficiente.” Suas palavras carregavam o peso da autoridade, desafiando Aldric a desafiar os termos estabelecidos da batalha deles por anos.
A risada de Aldric ecoou pelo ar, um tom sinistro em sua voz enquanto ele se dirigia a Valerie. “Eu sabia que você era astuto, escondendo-se atrás da sua fachada do nobre Príncipe do Verão, enganando o povo com sua imagem falsa. Mas eu nunca esqueci as regras do nosso mundo. Quanto a minha querida Islinda…” Ele se virou para ela com um sorriso maroto, travessura brilhando em seus olhos. “Ela fez um acordo para me acompanhar até a Corte de Inverno, e eu pretendo fazê-la cumprir. Partiremos imediatamente.”