Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 558
Capítulo 558: Ataque Coordenado
Islinda sabia que o golpe era inevitável e já havia se preparado para a dor. Ela não iria morrer, embora fosse doer como o inferno. No entanto, era lamentável que seu segredo fosse exposto tão cedo. Como ela iria explicar sua habilidade de curar tais ferimentos sem revelar a verdade sobre sua conexão com um certo demônio? E se as Fae descobrissem, certamente a veriam como uma abominação e procurariam eliminá-la por todos os meios necessários.
Entretanto, além de sentir uma lufada de ar contra seu rosto, Islinda não sentiu dor alguma, tendo se preparado e fechado os olhos. Conforme os segundos passavam sem impacto, ela cautelosamente abriu um olho, depois o outro, para encontrar um Fae familiar parado bem à sua frente.
“V—Você!”
Islinda estava atônita com a visão de Derek. De onde ele veio? Valerie não havia prometido que ele não se juntaria a ela? Parecia que o Fae havia mentido! Se ela confrontasse Valerie agora, ele provavelmente exploraria alguma brecha. Islinda nunca conseguia se acostumar com a natureza astuta das Fae.
No entanto, ela não podia negar seu alívio com a presença de Derek. Ele acabara de salvar sua vida — e mantivera seu segredo em segredo. Derek interceptara habilmente não uma, mas duas adagas, impedindo que se cravassem nela, deixando Islinda completamente atordoada.
Essas pessoas eram sérias? Não uma, mas duas adagas? O que ela havia feito para merecer tamanha agressão? Ela era apenas uma humana inofensiva! Quem queria sua morte? Islinda estava perplexa, mas tinha um pressentimento sobre quem poderia tê-los enviado.
Agora, o culpado não estava mais contente em se esconder na multidão e se adiantou assim que Derek se endireitou. O assassino vestia roupas escuras apropriadas para sua profissão, seu rosto totalmente coberto, tornando impossível deduzir sua identidade. No entanto, os olhos brilhantes eram prova suficiente de que ele era uma Fae.
As Fadas que eram simples espectadoras recuaram deles, sentindo que uma luta estava prestes a acontecer. Islinda se inclinou para sussurrar no ouvido de Derek, “Não que eu esteja duvidando da sua capacidade, mas é apenas um assassino, você pode lidar com ele, certo?”
Derek lançou um olhar furioso para Islinda, fazendo-a encolher-se. Tanto fez tentar avaliar quando estender uma mão amiga. Islinda resmungou em tom baixo.
“Acho que esse olhar intenso responde à minha pergunta,” Islinda disse, afastando-se dele antes que ele tivesse outras intenções sinistras, como oferecê-la ao assassino. Problema resolvido. Eles indubitavelmente estavam atrás dela. Islinda podia reconhecer um assassinato direcionado quando via um.
Entretanto, Islinda poderia muito bem ter amaldiçoado sua sorte porque mais assassinos começaram a surgir da multidão até que estivessem completamente cercados.
“Que diabos…” Gabbi xingou em voz baixa, observando a cena absurda com os olhos arregalados. Milo esbarrou nela, seus olhares se encontrando, e ela viu o medo nos olhos do menino. Onde estava toda a sua confiança em proteger Islinda do perigo? Não que ela pudesse culpá-lo. Se esses assassinos vinham atrás deles, então estavam em sérios apuros.
Graças à aparição dos assassinos, houve tumulto, e as Fae começaram a fechar suas lojas, enquanto o resto corria em busca de segurança. Ninguém queria encrenca ou ser uma vítima. Eles espiavam o grupo de seus esconderijos, nenhum deles disposto a estender uma mão amiga. Covardes.
“Há mais de um agora. Você acha que pode enfrentá-los todos?” Islinda disse, expondo sua situação desesperadora para Derek, que rangeu os dentes e lançou-lhe um olhar que exigia que ela se calasse.
No entanto, Islinda não se deixou intimidar e continuou, “Valerie tinha confiança; certamente, há algo que você possa fazer, ou apenas me ofereça a eles. Sou eu que eles querem. Não quero que Gabbi e Milo sejam pegos na linha de fogo.”
Islinda havia pensado bem. Se esses assassinos a levassem e deixassem os outros em paz, sem dúvida a matariam e abandonariam seu suposto cadáver. Ela provavelmente acordaria mais tarde, contanto que eles não queimassem seu corpo, decapitassem sua cabeça ou a enterrassem viva. Islinda não havia vivenciado tais tipos de morte e não poderia dizer como isso acabaria. Sem mencionar que soava tão macabro que ela nem sequer conseguia imaginar que aconteceria.
“Cale-se,” Derek retrucou, sem tirar seu olhar calculista do assassino à sua frente. “Eu vou cuidar disso.”
“Estou lhe dando uma alternativa melhor que não exige a perda de sangue inocente,” Islinda sussurrou irritada com sua teimosia.
“Príncipe Valeria ordenou que eu te mantivesse viva. Os demais são secundários. Tenha um pouco de fé em mim,” Derek falou, justo quando o assassino fez o primeiro movimento, provavelmente irritado com a conversa acalorada e sussurrada deles.
Assim que o assassino se aproximou o suficiente, Derek liberou uma onda de calor que cruzou à frente do assassino como uma onda, fazendo o agressor recuar com o ataque repentino, enquanto gotas de suor se formavam na testa de Islinda com o calor.
Todo mundo ficou surpreso por apenas um segundo porque todos os assassinos avançaram ao mesmo tempo. “Oh Fae,” Islinda engoliu, sentindo seu coração pular até a garganta.
Antes que o assassino se aproximasse o suficiente, Derek levantou a mão e conjurou uma parede de fogo deslumbrante e feroz que os cercava de todos os lados, impedindo que os assassinos passassem. Ou, pelo menos, Islinda pensou. Acontece que Derek não era o único Fae do verão por perto, pois um ou mais assassinos lançaram uma bola de fogo em direção a Islinda, e ela se esquivou no último minuto, a chama chamuscando seu cabelo.
Droga. Ela realmente não queria acabar como carne assada.
A batalha real começou, e Islinda gritou para Gabbi e Milo abaixarem a cabeça e encontrarem um lugar para se esconder, bem quando um soco a atingiu no olho. Islinda não teve tempo de se irritar porque o assassino puxou seu cabelo para trás, e ela gritou de dor. Enquanto isso, os outros assassinos engajavam Derek na batalha, reconhecendo-o como o maior obstáculo para o ataque coordenado deles.
O assassino começou a arrastá-la para longe dos outros, apenas para ele de repente soltar. Islinda se virou imediatamente, esperando o pior, só para ver o assassino lutando com a adaga que ele havia apontado para os próprios olhos.
Que diabos no Fae….
Islinda ficou perplexa com a cena que se desenrolava diante dela. Em primeiro lugar, ela pensou que poderia ser um truque da visão, mas ela podia ver a luta feroz, medo e apreensão nos olhos do assassino, como se isso estivesse acontecendo contra a sua vontade. Isso quase lhe lembrava daquela vez em que Aldric entrou em sua cabeça…
Droga.