Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 549
Capítulo 549: Matar Isaac —2
“Ele é meu par!” O grito angustiado de Maxi perfurou o ar exatamente quando o projétil mortal pairava a meros segundos de perfurar o peito de Isaac.
“Ele é meu par…” Maxi ecoou com cuidado, sua voz firme e resoluta, repetindo as palavras caso Aldric não a tivesse ouvido da primeira vez.
Agora, a lança estava suspensa no ar, congelada na sua trajetória, graças à pura força de vontade de Aldric. Seu corpo estava rígido, seus pés firmemente plantados no chão enquanto ele segurava a arma mortal bem a tempo, sua expressão repleta de conflito e turbulência.
Os nervos de Isaac se enrolaram firmemente dentro dele, seu ser inteiro paralisado pelo medo. Ele se atreveu a olhar para baixo, apenas para encontrar a ponta da lança perigosamente próxima de seu peito, pressionando contra sua pele com uma presença ameaçadora. Uma pequena gota de sangue brotou onde a ponta havia perfurado sua carne, servindo como um lembrete austero das consequências mortais potenciais se Aldric não hesitasse no último momento.
Droga.
O aviso de Maxi não havia sido um exagero. Aldric realmente pretendia matá-lo. Apesar do tempo comparativamente breve passado com Aldric comparado aos anos ao lado de Maxi, Isaac acreditava que eles tinham formado algum tipo de vínculo. No entanto, a realidade agora parecia terrivelmente clara: o príncipe não nutria tal sentimento. A realização o atingiu como um golpe no peito, deixando-o tonto com uma mistura de traição e sofrimento. Por que doía tanto saber que Aldric realmente desejava que ele morresse?
A comando de Aldric, a lança de gelo caiu no chão e se despedaçou em um milhão de pedaços, os fragmentos brilhando como diamantes à luz da manhã que filtrava pela janela. O quarto caiu em silêncio, a não ser pelo som de suas respirações ofegantes e o peso da revelação pendendo pesado no ar.
“Não, não, você está mentindo…” A voz de Aldric vacilou, sua cabeça balançando como se para dissipar qualquer sugestão mágica que Maxi tivesse usado para implantar tal noção em sua mente. Raiva e confusão lutavam em sua expressão. “Isso é impossível!”
“E ainda assim você espera que eu acredite que você e Islinda são companheiros, uma mera humana,” Maxi sibilou, sua fúria palpável enquanto ela se eriçava com a desconsideração de Aldric sobre o vínculo entre ela e Isaac.
O rosnado de Aldric reverberou pelo quarto, um aviso temperado com suspeita. “Isso é se você não está tentando me manipular para acreditar nisso para que eu possa deixá-lo ir,” ele retrucou, seu tom tingido de desconfiança. Ele não era tolo o suficiente para cair nas artimanhas de Maxi.
“Então penetre na minha mente e eu te mostrarei tudo o que você precisa saber,” Maxi rebateu, sua voz firme e resoluta.
“O quê?” A confusão de Aldric era palpável, sua testa franzida em descrença com a oferta inesperada de Maxi.
“Você precisa de evidências de que eu não estou te manipulando, não é? Já que você nunca confia em ninguém, por que não vê por si mesmo na minha mente,” Maxi desafiou, seu tom desafiador. Ela levantou a sobrancelha, um brilho audacioso nos olhos. “Ou você tem medo do que pode descobrir?” Sua provocação pairou no ar, um desafio direto ao orgulho e poder de Aldric.
Aldric franzia a testa para ela, sua raiva borbulhando sob a superfície, porém sua resolução permanecia inflexível. Apesar de sua irritação com a audácia de Maxi, seu olhar estava repleto de determinação sombria.
“Prepare-se porque isso vai doer,” ele avisou, sua voz pingando com ameaça enquanto se preparava para mergulhar na mente de Maxi, pronto para descobrir a verdade por trás de suas palavras.
Maxi mal teve tempo de reagir antes de Aldric agarrar seu rosto com as mãos, seu toque áspero e invasivo enquanto ele mergulhava em sua mente à força
“Maxi!” A voz de Isaac ecoou pelo quarto, sua preocupação evidente apesar dos efeitos amortecedores da geada selando sua boca
Um grito lancinante saiu da garganta de Maxi, a agonia esmagadora percorrendo-a. Lágrimas escorriam por suas bochechas enquanto a intrusão invasiva parecia uma faca quente fatiando sua consciência, deixando para trás um rastro de dor ardente.
Seus olhos vidraram, a faísca habitual extinta, enquanto Aldric pairava sobre ela, seus próprios olhos firmemente fechados em concentração enquanto ele mergulhava mais fundo em sua mente, determinado a descobrir a verdade escondida dentro de seus pensamentos.
Aldric poderia ter escolhido ser gentil, mas as palavras cortantes de Maxi haviam agitado algo primordial dentro dele, acendendo um desejo de retribuição. Apesar de uma pontada de culpa roendo sua consciência, ele não conseguia abafar o impulso de fazê-la sofrer. Esta foi a primeira vez que ele mergulhou em sua mente, e ele não pôde deixar de sentir um pingo de arrependimento pela invasão de seus pensamentos. No entanto, sua resolução permanecia firme; não havia espaço para hesitação agora.
Ele nunca teria duvidado de Maxi em primeiro lugar. Aldric não podia negar a sinergia inegável que eles haviam compartilhado, como as engrenagens bem lubrificadas de uma carruagem, até que Isaac interrompeu sua harmonia e semeou sementes de dúvida em sua mente.
À medida que Aldric navegava pelo labirinto das memórias de Maxi, ele não pôde deixar de se maravilhar com a resiliência dela. Apesar do caos de emoções girando dentro dela, ela conseguiu trazer as memórias que ele buscava para o primeiro plano de sua mente, um testemunho de sua astúcia e força. Isso deixou Aldric estranhamente impressionado, mesmo em meio à sua raiva fervente, e poupou-lhe tempo e esforço de vasculhar seus pensamentos sem rumo.
À medida que Aldric mergulhava mais fundo nas memórias de Maxi, ele estava despreparado para o choque de surpresa que o percorreu quando testemunhou a cena de Maxi e Isaac percebendo o vínculo deles como companheiros no Lugar da Oma. Ela se desdobrava diante de seus olhos como um espetáculo vívido e imersivo, cada detalhe gravado em sua mente com clareza surpreendente.
Mas não era apenas uma mera observação; as emoções de Maxi, cruas e não filtradas, inundaram os sentidos de Aldric, envolvendo-o em um turbilhão de sentimentos conflitantes.
Seja intencionalmente ou não, Aldric obteve uma visão frontal do momento íntimo entre ela e Isaac, não é de se admirar que ele voltou à realidade, seu rosto cheio de nojo e olhando de forma severa para seu outrora próximo amigo.
Seja intencional ou não, as memórias de Maxi ofereceram a Aldric um lugar na primeira fila para o momento íntimo compartilhado entre ela e Isaac. Conforme a cena se desenrolava diante dele, Aldric sentiu uma onda de repulsa o envolver, suas feições se contorcendo com nojo ao assistir seu antes próximo amigo nos braços da intimidade com outra.
A pura intimidade do momento o deixou atordoado, sua compostura antes firme despedaçada num instante. Não é de admirar que ele tenha largado o rosto dela num lampejo, voltando à realidade, seu rosto contorcido com nojo enquanto ele encarava seu outrora próximo amigo.
“Você fez isso de propósito, não é?” Aldric acusou, sua voz uma mistura de raiva e nojo, ainda abalado pela intimidade que testemunhou. Ele sempre considerou Maxi como um membro de sua família, uma irmã, por assim dizer, e agora, ele sabia que nunca poderia desver o que havia ocorrido.
A resposta de Maxi foi descompromissada, quase displicente. “Você foi vasculhar na minha mente; deveria estar preparado para o pior,” ela respondeu, seu tom desculposo. “Seja grato por eu não ter mostrado eônadas disso considerando o quão longa é a minha vida.”
Aldric a encarou com incredulidade. Ele sempre soube que Maxi era feroz e descarada, mas nunca havia se imaginado na ponta receptora de sua audácia até agora.
A tensão no quarto era palpável enquanto Aldric e Maxi trocavam olhares acalorados, sua animosidade crepitando no ar como eletricidade estática.
“Isso não muda nada,” Aldric disse
“Toque um cabelo em Isaac e você vai se arrepender,” ela ameaçou, seu tom gélido e resoluto. “Confie em mim, Aldric, você não vai querer me ter como inimiga, considerando que eu sei todos os seus segredos.” Era um risco, mas Maxi estava disposta a jogar sujo se isso significasse proteger a si mesma e a Isaac.
Os olhos de Aldric brilhavam com intenção sombria. “Isto não é o fim disso,” ele prometeu, suas palavras carregando um peso premonitório. “Infelizmente, tenho uma companheira para resgatar, e espero que vocês dois se acomodem enquanto isso.”
Minutos depois, Maxi e Isaac se encontraram acorrentados na mesma cela onde Aldric estava momentos antes. Conforme a realidade de sua situação se assentava, Maxi soltou um suspiro frustrado, sua exasperação evidente na inclinação cansada de seus ombros.
“Eu sabia que ele era mesquinho, mas não percebi que era a esse ponto,” Maxi murmurou, sua frustração fervilhando logo abaixo da superfície.
Isaac ofereceu um pequeno encolher de ombros, um brilho fraco de otimismo em seus olhos. “Olha pelo lado bom, estamos vivos e juntos, certo?”