Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 522
- Home
- Unidos ao Príncipe Cruel
- Capítulo 522 - 522 Cortar o Mal pela Raiz 522 Cortar o Mal pela Raiz O quê
522: Cortar o Mal pela Raiz 522: Cortar o Mal pela Raiz “O quê?!” Rei Oberon estava sentado em seu trono, suas feições contorcidas com incredulidade enquanto Lennox, seu assistente de confiança, relatava o chocante conto do confinamento ilegal de Aldric, nas mãos de Isaac e Maxi, seu Fae de mão direita e sua noiva, que ousaram manter um membro da realeza refém dentro das próprias paredes de seu castelo.
A audácia das ações de Isaac e Maxi deixou o rei momentaneamente sem palavras, sua mente lutando para conciliar a ousada desobediência contra as leis não ditas da hierarquia dos Fae.
“Inacreditável”, murmurou Rei Oberon, sua voz tingida de incredulidade. “Por a mão sobre a realeza dessa maneira… não é nada menos que uma sentença de morte.”
“O senhor está certo, vossa majestade,” confirmou Lennox, acenando solenemente.
Rei Oberon parecia profundamente pensativo, um sentimento de inquietação o roendo por dentro. Embora ele não pudesse condenar a brutalidade de Aldric, não podia negar a estrutura hierárquica que governava sua sociedade.
“Tanto quanto estou desapontado com as ações de Aldric, ele tem todo o direito de afirmar seu domínio sobre Islinda. Ela é apenas uma simples humana, ligada a ele como uma escrava. Aos olhos da corte, Aldric detém autoridade absoluta sobre o destino dela, e quaisquer transgressões contra sua propriedade estavam dentro de seus direitos de lidar como ele achasse adequado.” murmurou Oberon, seu tom carregado de resignação.
Lennox se remexeu desconfortavelmente, claramente esperando a direção do rei sobre como proceder. “O que faremos então, vossa majestade? Se me der sua ordem, marcharei para o castelo com o exército e prenderei os ofensores, Maxi e Isaac —”
“Não, você não fará tal coisa.” Rei Oberon o interrompeu firmemente. Embora confuso, Lennox aceitou a decisão imediatamente.
Acariciando seu queixo pensativamente, Rei Oberon declarou firmemente, seu olhar de aço. “Por ora, observamos. Você não irá interferir nos planos de Isaac e Maxi, a menos que a vida de meu filho seja ameaçada. Embora pelo que ouvi até agora, não acho que eles lhe desejem o mal e Aldric… Bom, ele não receberia bem a minha interferência em seus assuntos. Mantenha um olhar atento na situação, Lennox. Devemos agir com cautela nestas questões delicadas.”
“Como desejar, vossa majestade”, disse Lennox.
Conforme o assunto parecia resolvido e Rei Oberon se inclinou em seu trono, sua mente ainda fervilhando com pensamentos da crise que se desenrolava, uma súbita realização o atingiu como um raio. Com a testa franzida, ele se virou para seu assistente, sua curiosidade aguçada.
“Onde está a humana?” ele perguntou abruptamente, cortando o ar com sua questão.
Lennox hesitou, seus lábios apertados em incerteza, sabendo que as notícias que tinha para entregar não seriam fáceis de engolir. O peso da situação pairava pesadamente no ar enquanto ele lutava para encontrar as palavras certas.
“A questão é, vossa majestade…” Lennox começou, sua voz morrendo enquanto se preparava para entregar as notícias perturbadoras.
A paciência do rei estava se esgotando, sua frustração evidente na aspereza de seu tom. “Ela está morta?” ele exigiu, suas sobrancelhas juntas em preocupação.
Lennox balançou a cabeça, uma expressão solene em seu rosto. “Não, vossa majestade, não é isso…” ele interrompeu, se fortalecendo para transmitir a informação preocupante.
“Fale, Lennox!” Rei Oberon comandou, sua paciência diminuindo enquanto esperava pela resposta do assistente, sua mente acelerada com medo das possíveis implicações do que estava prestes a ouvir.
“Príncipe Valeria a levou,” Lennox soltou, suas palavras pesando no ar como uma nuvem sinistra.
“O que?!” A incredulidade de Rei Oberon era palpável, suas feições retorcidas com confusão enquanto lutava para compreender a inesperada reviravolta dos eventos. “Por que Príncipe Valeria faria isso?” ele exclamou, sua mente correndo para entender a situação.
Sentindo o espanto do rei, Lennox se apressou em fornecer uma explicação. “Eu não sei se o senhor se lembra, vossa majestade, mas Valeria e Islinda se conheciam no reino humano,” ele explicou, esperando lançar luz sobre a situação perplexa.
“Claro que eu sei disso,” Rei Oberon respondeu, sua expressão clareando à medida que a compreensão se fazia presente. “Mas Valeria afirmou que ele apenas a salvou. E ele não está noivado com Elena?” Sua voz morrendo enquanto a realização o invadia como uma onda súbita.
“Droga,” o rei amaldiçoou, seu comportamento normalmente comedido estilhaçado pelo peso da revelação. Era um raro deslize de emoção de um governante conhecido por seu estoicismo e porte régio. Lennox engoliu em seco, consciente da impropriedade de tal linguagem vindo de seu soberano.
Olhando de lado, Lennox vasculhou o aposento em busca de bisbilhoteiros ou olhos curiosos, aliviado ao encontrar apenas os guardas estoicos posicionados nas entradas, suas expressões impassíveis não traíam nada do turbulento diálogo que acontecia na sala do trono. Não havia cortesãos por perto, nenhuma testemunha potencial para espalhar rumores da explosão não característica do rei.
Com o peso da situação sobre si, os olhos de Rei Oberon pareceram clarear, como se um véu tivesse sido levantado, revelando a enredada teia de relacionamentos que havia capturado seu conhecimento. Com um suspiro pesado, ele se virou para seu assistente de confiança, uma nova determinação gravada em suas feições.
“Qual é a relação entre meus filhos e Islinda?” o rei perguntou, sua voz tingida de urgência e um toque de resignação.
Lennox não perdeu tempo em relatar os detalhes intricados que ele havia descoberto através de sua diligente pesquisa. Ele não poupou detalhes, revelando as complexidades do triângulo amoroso que havia enredado o Príncipe Aldric, Príncipe Valeria, e Islinda em seus complicados fios.
Ao término do relato de Lennox, o rei aparentava visivelmente envelhecido, como se o peso do conhecimento tivesse cobrado seu preço. Linhas de preocupação gravadas profundamente em sua testa, e seu outrora jovial semblante parecia pesado pela gravidade da situação. Era como se Rei Oberon tivesse envelhecido uma década.
“Eu não gosto disso,” murmurou Rei Oberon, sua voz pesada com preocupação e presságio, sua mente já correndo pelas potenciais consequências da turbulência que cercava sua família.
O desacordo entre seus filhos, Valeria e Aldric, já era uma fonte de tensão dentro do reino, e a adição de Islinda à mistura ameaçava escalar as tensões para níveis perigosos. O fato dela ser uma simples humana só adicionava ao seu espanto, deixando-o questionar o julgamento de seus filhos.
“Isso não é tudo, vossa majestade,” interrompeu Lennox, seu tom sombrio enquanto entregava mais um golpe à mente já atribulada do rei. “Houve uma rebelião hoje no Alcance de Haven, e Islinda está no centro disso.”
“O quê?!” A exclamação do rei reverberou pela sala do trono, seu espanto e alarme evidentes.
Conforme Lennox relatava os detalhes do incidente, a mão do rei instintivamente se levantou para massagear o espaço entre suas sobrancelhas, uma tentativa fútil de aliviar a crescente dor de cabeça que acompanhava o caos crescente. Isso era mais do que ele havia previsto, e o peso da responsabilidade o pressionava com força esmagadora, ameaçando oprimi-lo com sua magnitude.
Ao observar o semblante preocupado de seu soberano, Lennox não pôde deixar de expressar suas preocupações. “Por mais que eu admire o espírito de Islinda,” ele começou com cautela, “ela é uma simples humana, e neste ritmo, tem o potencial de não apenas conduzir uma cunha entre seus filhos, mas também despedaçar este reino.”
O peso das palavras de Lennox pairava pesado no ar, sublinhando a gravidade da situação. Rei Oberon ouvia atentamente, sua testa franzida em reflexão profunda enquanto considerava as implicações da presença de Islinda no reino.
Rei Oberon colocou a questão, “Então, o que o senhor me sugere fazer?”
Lennox não falou imediatamente, seu olhar rapidamente piscando para os guardas imóveis posicionados nas entradas, garantindo a privacidade antes de continuar.
“Eu sugiro que a tiremos de cena, vossa majestade,” ele finalmente expressou sua sugestão, seu tom resoluto.
As sobrancelhas do rei se aprofundaram, sua expressão uma mistura de choque e incredulidade diante da ousada sugestão de Lennox. Não que Rei Oberon não tivesse sua própria parcela de sangue nas mãos, mas Islinda havia feito uma impressão nele, e tirar a vida dela assim simplesmente não parecia certo. Assim, o peso da proposta pairava pesadamente no ar, a magnitude da decisão pairando sobre ambos.
Lennox pressionou bravamente, sua voz inabalável enquanto expunha a lógica por trás de sua sugestão. “Eliminar Islinda eliminaria o catalisador do conflito entre os príncipes,” ele explicou, seu tom estável apesar da gravidade de suas palavras. “Além disso, sua presença desafia e mina as leis que governam nossa nação. A rebelião hoje já acendeu sussurros entre humanos e mestiços. Se não for verificado, sua presença poderia inflamar uma rebelião completa. É imperativo que cortemos esse potencial levante pela raiz.”