Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 516
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516: Grávida do Senhor das Trevas 516: Grávida do Senhor das Trevas Islinda recuperou lentamente a consciência, apenas para se encontrar cercada por uma escuridão total, desorientada e incerta de seus arredores. Confusão turvou sua mente enquanto tentava juntar as peças de onde estava e como tinha chegado lá. Como se algumas forças estivessem em ação, a espessa escuridão retrocedeu e, gradualmente, seus sentidos se aguçaram, os detalhes do seu ambiente emergindo das sombras.
Conforme sua visão se ajustava à luz tênue, os olhos de Islinda se arregalaram com a realização. Ela não estava em um lugar familiar. Em vez disso, encontrou-se parada do lado de fora de uma cela, as barras de metal gélidas projetando sombras sinistras na escuridão. Dentro da cela, uma figura se encolhia, mal visível na luz fraca.
O reconhecimento atingiu Islinda como um raio de relâmpago enquanto ela encarava a figura dentro da cela. Era o mesmo demônio que ela havia encontrado em sua visão anterior, aquele que a enchera de terror. Uma onda de medo e frustração a invadiu enquanto ela gemia em voz alta, o peso do déjà vu pressionando-a.
“Não de novo,” Islinda murmurou para si mesma, sua voz ecoando fracamente na escuridão silenciosa. Apesar de seus esforços para escapar das garras desta entidade misteriosa, Islinda se viu mais uma vez confrontada por sua presença ameaçadora. Com um sentimento afundante no estômago, Islinda se preparou para qualquer revelação distorcida que a esperava desta vez.
Na quietude arrepiante do espaço, a apreensão de Islinda se misturou com um fraco senso de segurança de que este encontro era apenas um sonho ou visão. Ainda assim, a persistente questão permanecia: por que ela estava experienciando estas cenas vívidas?
Enquanto Islinda ponderava a natureza inexplicável de suas visões, começou a lhe ocorrer. Isto não poderia ser apenas sobre ela. Tinha que haver uma conexão mais profunda, uma razão pela qual ela estava sendo privilegiada com estas visões que diziam respeito a um Demônio Succubus e ao senhor da Corte Noturna que deveria ter morrido há séculos.
Andre disse que suas memórias estavam bloqueadas, poderia ser que sua mãe as plantou? Mas por quê? Além disso, como a sua mãe sabia de tudo isso? Era como se as memórias estivessem ofuscadas por camadas de mistério e incerteza. Islinda estava começando a ficar tonta.
Com um senso de determinação para desvendar a verdade, Islinda se levantou e se aproximou da cela, sua curiosidade despertada pela presença do demônio lá dentro. Se isso era de fato um vislumbre do passado, então não era de se espantar que as fadas da luz quisessem nada com as fadas das trevas, abominando seus caminhos. A ideia de que uma figura poderosa da Corte Noturna, um senhor, não menos, procurasse se acasalar com um demônio parecia inconcebível para Islinda. O pensamento sozinho enviava um arrepio por sua espinha, as implicações de tal união muito perturbadoras para serem completamente compreendidas.
Apesar do medo inato do demônio, Islinda ainda reuniu a coragem para se aproximar da cela. Espiando para dentro, o que ela viu partiu seu coração. A Succubus, outrora um visão de beleza, agora parecia apenas uma sombra de si mesma. Seu cabelo loiro outrora lustroso estava agora opaco e sem vida, sua estrutura esquálida e duas vezes seu tamanho normal, sobrecarregada por pesados grilhões que pareciam pesá-la apesar de sua força demoníaca.
Sua tez estava pálida, drenada de cor, e seus lábios rachados e secos. Islinda não conseguia conter as lágrimas descendo por suas bochechas. Por que a submetiam a tal crueldade? Islinda sentia grande ressentimento pelo senhor da Corte Noturna e seus seguidores.
Eles nunca deveriam tê-la convocado para cá em primeiro lugar. Ela pertencia ao seu próprio reino, prosperando e poderosa, não enfraquecida e confinada nesse lugar estranho. Cada momento passado aqui sem um elo drenava sua força e diminuía seus poderes. Eles estavam enfraquecendo-a, submetendo-a a este tormento sem motivo. Islinda estava consumida pela raiva, tanto que saiu de seus pensamentos com um sobressalto. O que ela estava dizendo? Tudo o que ela pensava até agora, ela estava se referindo ao demônio, não a si mesma. o que estava acontecendo com ela? Confusão e inquietação preencheram Islinda.
Como se isso não bastasse, seus olhos se encontraram com as orbes vermelhas penetrantes do demônio diante dela. Um calafrio percorreu sua espinha, paralisando-a no lugar. Parecia que o demônio poderia espiar as profundezas de seu ser, em sua alma, congelando-a com seu olhar. Isso já não parecia mais um sonho comum – parecia real demais, vívido demais para ser um mero fruto de sua imaginação. Ainda assim, a intensidade daquele momento a fez questionar os limites entre a realidade e o sonho.
Um sentimento de pavor a envolveu e Islinda já estava pensando em uma maneira de se livrar desse pesadelo quando a porta da cela se abriu e Islinda percebeu que era nisso que o demônio estava olhando o tempo todo. Ela deve ter sentido a chegada do Fae. Graças aos deuses, um grande alívio inundou Islinda.
O senhor da Corte Noturna chegou e qualquer alívio que Islinda sentiu se foi naquele instante. O ar ameaçador que saturou a sala naquele momento disse a Islinda que isso não poderia ser bom. Mesmo sem as histórias de suas atrocidades, Islinda não gostava do Fae.
O senhor da Corte Noturna não veio sozinho, com ele veio seu segundo em comando, aquele que havia assassinado brutalmente a bruxa e ele trouxe consigo uma mulher. Uma Fae sombria pela aparência das runas estampadas em seus braços. Islinda franziu a testa ao ver a Fae sombria, prevendo que ela estava prestes a ser sacrificada pelo demônio. O estômago de Islinda revirou, ela odiava essa matança sem sentido.
O segundo em comando abriu a porta da cela para o senhor da Corte Noturna entrar e mesmo assim o demônio não reagiu à sua presença. Agradou a Islinda saber que o demônio ainda mantinha sua arrogância.
“Você está ótima, Azula.” O senhor da Corte Noturna disse ao demônio.
“Huh, Azula?” Islinda murmurou. Seria esse o nome do demônio? Ela se perguntou.
De fato era seu nome porque naquele momento o demônio levantou a cabeça e encarou o senhor da Corte Noturna com tanto desprezo nos olhos, que Islinda soube lá no fundo que o senhor das fadas estava tão morto quanto poderia estar assim que o demônio saísse dali.
“Você sente minha falta?” Ela zombou dele, um brilho em seus olhos.
Islinda não entendia por que estava torcendo pelo demônio. No entanto, ela estava orgulhosa por Azula não deixar o senhor da Corte Noturna quebrar seu espírito.
“Você ainda tem bastante energia, pensei que já estaria morrendo de fome agora.” O senhor da Corte Noturna retrucou, sutilmente gestualizando para seu segundo em comando que empurrou a mulher para frente e ela tropeçou na cela.
A Fae estremeceu de medo, olhando ao redor da cela com olhos arregalados sabendo no fundo que sua vida ia acabar aqui.
“Nós trouxemos uma refeição para você, deve se sentir grata, certo?” Seu segundo em comando zombou, rindo do demônio escarnecedor.
Islinda nem percebeu, mas cerrava as mãos em punhos ao mesmo tempo que o demônio. Assim que ela saísse daqui, aquele idiota seria o primeiro a morrer. Ela arrancaria a língua dele da garganta.
Azula se ergueu do chão, sua expressão ilegível. Ela disse lentamente, “De fato. Estou grata. Talvez assim, vocês possam me libertar.”
O segundo em comando riu, “Meu senhor, a vadia….” Ele calou-se abruptamente, interrompido pelo senhor da Corte Noturna com um gesto de sua mão.
“Chega.” O senhor das fadas o comandou. Sua atenção estava inteiramente no demônio. “Isso significa que você está pronta para se acasalar comigo, Azula?” Ele perguntou.
Azula riu, “Eu já lhe disse, se você quer seu exército de jovens superiores, terá que me forçar.”
O senhor da Corte Noturna riu desta vez antes que sua expressão se tornasse fria. Ele disse, “Mas não é esse o caso, não é? Eu não posso engravidar você se te possuir contra sua vontade.”
Azula deixou escapar um sorriso ameaçador em reconhecimento. Islinda não tinha ideia de como obteve a informação, mas de repente veio a ela. Azula, com uma mente poderosa e astuta, estava em completo controle durante o processo de acasalamento. Ela possuía a habilidade de manipular a fertilização e os óvulos dentro de seu corpo, dando-lhe a autoridade para decidir se iria ou não ficar grávida.
Essa decisão não era deixada ao acaso ou ao capricho de seu companheiro, mas estava inteiramente dentro de seu próprio poder e discrição. Com intenção calculada, Azula escolheria conceber e carregar uma criança, sabendo do poder potencial e vantagem que isso poderia trazer. Esse ato de controle exemplificava a dominação e a natureza astuta de todo demônio, assegurando que seus descendentes nasceriam em um mundo onde detinham todo o poder e autoridade.
Islinda queria muito rir da situação. Ela tinha pensado que o senhor das fadas poderia possuir Azula contra sua vontade, afinal, ele era capaz de muitas maldades. No entanto, o destino parece estar do lado de Azula. Não é de se surpreender que o senhor da Corte Noturna ainda a mantivesse viva, mesmo que ela se mostrasse teimosa.
Ele precisava convencê-la a ter seus filhos.