Uma Noite Selvagem - Capítulo 966
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966: Adoção Oficial 966: Adoção Oficial O quarto de Amy estava fracamente iluminado, com o brilho suave da lâmpada de cabeceira projetando sombras nas paredes enquanto Lucas estava deitado de costas, um braço envolvido em volta de Amy, a cabeça dela aninhada em seu peito.
O ritmo suave da respiração dele era reconfortante, e o calor de seu corpo envolvido ao redor dela fazia com que se sentisse segura e contente. No entanto, apesar da paz do momento, os olhos de Amy permaneciam abertos, olhando para o teto, sua mente zumbindo com a inevitável despedida que viria pela manhã.
“Fecha os olhos,” Lucas sussurrou, sua voz baixa e suave, enquanto ele acariciava suas costas. “Você precisa dormir.”
Amy balançou a cabeça, sua bochecha roçando contra seu peito enquanto ela se movia. “Eu não quero. Se eu dormir agora, a manhã chegará logo, e então você terá que ir.” Ela inclinou a cabeça para olhá-lo, sua expressão tingida de tristeza. “Vou sentir sua falta, Luca.”
Uma risada suave escapou de Lucas enquanto ele olhava para ela. Ele ajeitou uma mecha solta de cabelo dela atrás da orelha e beijou o topo da cabeça dela. “Vou sentir mais saudades, mas eu volto em alguns meses. Não é tanto tempo assim.”
“É muito tempo,” Amy fez beicinho, aconchegando-se mais perto, sua voz abafada contra a pele dele. “Dois meses sem você parecem uma eternidade.”
Lucas riu suavemente, seu peito vibrando sob ela. “Você é fofa quando está assim, sabia?” Ele se inclinou e beijou sua testa, demorando-se ali por um momento como se tentasse despejar toda sua afeição nesse simples gesto.
“Só quando estou assim? Eu pensei que eu fosse sempre fofa?” Ela perguntou com um bocejo, e ele riu novamente.
Lucas observou enquanto as pálpebras de Amy caíam, e ela bocejou, apesar de seus melhores esforços para manter-se acordada. “Você é sempre fofa. Agora vá dormir.”
Ela piscou para ele, sua resolução vacilando enquanto o calor da cama e o conforto do abraço de Lucas começavam a embalá-la. Mas ela resistiu, lutando para manter os olhos abertos. “Eu não quero dormir ainda,” ela sussurrou teimosamente, embora seu corpo traísse seu cansaço.
Lucas a observou com diversão, um sorriso gentil brincando em seus lábios. “Você está lutando uma batalha perdida, Amy.” Ele a puxou para mais perto, envolvendo os braços em volta dela enquanto ela se encolhia nele. “Mas se ajuda, vou te contar uma história.”
“Uma história?” ela perguntou, sua voz espessa de sonolência mas cheia de curiosidade.
“Sim,” Lucas disse, seus dedos traçando suavemente para cima e para baixo em seu braço. “Uma história para ajudá-la a dormir.”
“Não. Não para me ajudar a dormir. Uma história para me manter acordada,” ela disse, e Lucas sorriu.
“Está bem. Uma história para mantê-la acordada.”
“Ok,” ela murmurou, sua voz mal audível enquanto ela se acomodava contra ele, seu corpo ficando mais pesado à medida que o sono se aproximava. “Me conte uma boa.”
Lucas pensou por um momento, então começou a tecer um conto com seus nomes, sua voz reconfortante e constante. Ele falou de uma terra distante, de aventura e amor entre um Sir Lucas e uma Princesa Amy, tecendo uma história que fez Amy sorrir sonolentamente.
À medida que os minutos passavam, sua respiração se aprofundava, e Lucas podia sentir o corpo dela ficar mole em seus braços enquanto ela finalmente sucumbia ao sono.
Lucas ficou imóvel por um tempo, ouvindo o som suave da respiração dela, seu coração se enchendo de ternura enquanto ele beijava sua testa.
Aos poucos, ele saiu de debaixo dela, garantindo não acordá-la, e caminhou silenciosamente pelo quarto até sua bolsa. Ajoelhando-se, ele puxou o envelope que havia recebido da mãe da Miley no dia anterior.
Ele tinha andado com ele mas ainda não havia tido a coragem de abrir, e queria fazer isso antes de partir.
Lucas hesitou, encarando o envelope por um longo momento antes de ir até a sala de estar. Ele o rasgou enquanto se sentava.
Dentro estava uma carta, junto com outro documento. Ele desdobrou a carta primeiro, seu coração batendo forte no peito enquanto começava a ler.
Querido Lucas,
Eu sei que esta carta é uma surpresa. A essa altura, você provavelmente já seguiu em frente, mas eu senti que precisava escrever isso, só para pedir desculpas e dizer que sinto muito. Eu sei que fui egoísta e inconsiderada ao querer fazer tal pedido. Foi injusto da minha parte, e me arrependo de ter colocado esse fardo sobre você. Por favor, não guarde isso contra a Amy. Ela não tem nada a ver com minhas ações, e espero que você possa me perdoar pelo que fiz.
Eu deixei algum dinheiro como agradecimento. Eu sei que você nunca pediu nada, mas essa é minha maneira de mostrar minha gratidão pelo cuidado que você teve comigo. Você é um homem bom, Lucas, e espero que você possa se curar da dor que a Raquel causou. Você merece seguir em frente, encontrar a felicidade novamente.
Uma última coisa. Por favor, leve Amy para sair. Tenho certeza de que, até você ler isso, ela já passou por muita coisa, e acho que a faria feliz. Ajude-me a esclarecer quaisquer mal-entendidos que possam surgir com meus pais também. Acredito que você e Amy encontrarão o caminho um para o outro. Vocês serão bons um para o outro.
Tenha certeza, onde quer que eu esteja, estarei torcendo e aplaudindo por vocês dois.
Cuide dela.
Com amor,
Miley.
Lucas recostou-se em seu assento, e a carta tremia levemente em suas mãos enquanto ele soltava um longo suspiro.
Pensando em Miley, ele sentiu uma dor surda em seu peito. Miley parecia estar certa sobre muitas coisas. Talvez ela tivesse visto algo que tanto ele quanto Amy não haviam visto.
Miley estava certa. Ele estava se recuperando de Raquel muito mais rápido do que teria imaginado possível, e com Amy ao seu lado, ele sentia uma paz que não conhecia há anos.
“Você pode descansar em paz, Miley. Não se preocupe com a Amy. Eu cuidarei dela,” Lucas murmurou enquanto dobrava a carta cuidadosamente e a colocava de volta no envelope antes de voltar para a cama.
Ele escorregou sob os cobertores ao lado de Amy, puxando-a para perto mais uma vez. Amy suspirou contente em seu sono, e Lucas a segurou mais apertado enquanto beijava o topo de sua cabeça e sussurrava, “Eu te amo.”
Longe dali, Kimberly estava sentada ao lado de Ryan na sala de espera do tribunal enquanto os documentos finais de adoção eram processados.
Dawn se remexia em seu assento, seus olhos saltando entre sua mãe e Ryan, curiosa mas sem estar ciente da significância do momento.
Kimberly olhou para Ryan, que tinha um braço descansando casualmente sobre o encosto de sua cadeira, sua postura tão confiante como sempre. Ela estudou seu perfil por um momento, ainda se acostumando com a ideia de que esse homem— seu marido de conveniência— estava prestes a se tornar oficialmente o pai de Dawn.
“Você está pronto para isso?” ela perguntou baixinho, sua voz suave, mas cheia de emoção.
O sorriso de Ryan se alargou um pouco, seu olhar se desviando para encontrar o dela. “Mais do que pronto. É a coisa certa a fazer. Estou completamente nisso, Kimberly.”
O coração dela se expandiu com suas palavras, e ela estava feliz de que essa união estava dando certo. Pelo menos, quando se tratava de Dawn. Kimberly virou-se para sua filha, seu coração transbordando de amor enquanto observava os pequenos pés de Dawn balançando para frente e para trás na cadeira, suas mãos apertando firmemente seu panda de pelúcia, Lucy.
A porta do escritório do juiz rangeu ao abrir, e sua advogada, uma mulher de meia-idade com olhos bondosos, saiu com uma pilha de papéis na mão. “Está tudo pronto,” ela anunciou, sua voz carregada de calor. “Vocês podem entrar agora.”
Kimberly se levantou, suas pernas um pouco trêmulas enquanto alcançava a mão de Dawn. Ryan também se levantou, e juntos, os três entraram no escritório do juiz, um cômodo pequeno, mas iluminado, cheio de documentos legais e diplomas emoldurados.
A juíza, uma mulher de cabelos grisalhos com óculos no extremo de seu nariz, deu-lhes um sorriso acolhedor enquanto se aproximavam de sua mesa.
“Sr. e Sra. Harris, parabéns,” a juíza começou, sua voz formal, mas gentil. “Hoje, nós finalizamos a adoção de sua filha, Dawn, pelo Sr. Ryan Harris.”
Kimberly apertou a mão de Dawn com força, olhando para baixo para ver a menininha olhando para a juíza com olhos grandes e curiosos. A palavra adoção pairava no ar, e embora Dawn não entendesse completamente seu significado, ela parecia sentir a importância do momento.
A juíza continuou, explicando as formalidades legais em um tom profissional, mas a mente de Kimberly vagava enquanto observava Ryan. Ela ainda não conseguia acreditar o quanto eles tinham avançado. Quando concordou em se casar com ele, foi uma decisão calculada—baseada em estabilidade, conveniência e na segurança de um futuro para sua filha. Mas agora, vendo Ryan ali, pronto para abraçar o papel de pai de Dawn, algo em seu coração mudou.
Na conclusão do discurso da juíza, ela pediu que Ryan se adiantasse e assinasse os documentos finais de adoção. Kimberly observou enquanto Ryan pegava a caneta, seus movimentos firmes e deliberados. Ele assinou seu nome com uma habilidade, e com essa única assinatura, Dawn se tornou oficialmente sua filha.
Uma onda de alívio e alegria inundou Kimberly, suas emoções emergindo à superfície. Ela se agachou ao nível de Dawn e sussurrou, “Querida, hoje é um dia especial. Ryan é oficialmente seu papai agora.”
Embora Dawn não pudesse entender o que isso significava, já que conhecia Ryan como seu papai desde o casamento, os olhos de Dawn brilharam, seu olhar se desviando para Ryan como se o visse sob uma nova luz. “Papai?”
Ryan se agachou ao lado de Kimberly, seu rosto se suavizando enquanto olhava para Dawn. “Sim, Dawn. Eu sou seu papai agora.”
O rosto de Dawn se iluminou com um amplo sorriso dentuço, e ela lançou seus braços ao redor do pescoço de Ryan num abraço entusiasmado. Kimberly observou, lágrimas picando nos cantos de seus olhos enquanto Ryan envolvia seus braços ao redor de Dawn, segurando-a firmemente como se ela fosse a coisa mais preciosa do mundo.
Após o momento emocional passar, eles agradeceram à juíza e à sua advogada antes de saírem para a luz do sol brilhante da tarde.
Kimberly sentia como se estivesse flutuando—leve, livre e cheia de alegria. Era isso que ela tinha sonhado: uma família para sua filha, um lar estável onde Dawn seria amada e protegida.
Quando chegaram em casa, a governanta de Dawn estava esperando por eles na porta, pronta para levá-la para suas atividades da tarde. Dawn se agarrou a Ryan por um momento antes de soltá-lo relutantemente, dando-lhe um último abraço antes de correr com sua governanta, tagarelando animadamente sobre seu novo “papai.”
Assim que a porta se fechou atrás delas, Kimberly se virou para Ryan, seu coração cheio. “Obrigada,” ela disse suavemente, sua voz carregada de gratidão. “Você não tem ideia do quanto isso significa para mim— e para Dawn.”
Ryan estendeu a mão, pegando as dela. “Estou feliz que estamos aqui,” ele disse, sua voz estável. “Mas agora que Dawn é oficialmente minha, há algo que precisamos discutir.”
Kimberly franziu levemente a testa, seu coração disparando com a mudança súbita em seu tom. “O que é?”
A expressão de Ryan se tornou séria. “Agora que Dawn é legalmente minha filha, acho que é hora de cortarmos completamente qualquer ligação com a família Hank. Eu não quero nenhum vínculo com eles— sem escândalos, sem complicações.”
A respiração de Kimberly falhou. Embora ela não tivesse planos de deixar os Hanks envolvidos na vida de Dawn, ouvir isso em voz alta de Ryan a perturbou.
Ela assentiu lentamente. “Os Hanks não estão interessados em Dawn de qualquer forma. Não será um problema.”
O olhar de Ryan suavizou um pouco, mas suas próximas palavras vieram com uma ponta de finalidade. “Quero também que você corte qualquer contato com aquele garoto, Jamal. Sei que ele está conectado aos Hanks,” Ryan disse, já que Genevieve tinha lhe contado tudo sobre o amigo de Dawn, Jamal.
Kimberly hesitou. Jamal tinha sido o único amigo verdadeiro de Dawn antes de Genevieve entrar em cena, e ela tinha permitido que a amizade continuasse pelo bem de Dawn. Mas agora, com o pedido de Ryan, ela sabia que era hora de deixar ir. “Você está certo,” ela disse baixinho. “Dawn tem a Genevieve agora. Não há razão para ela continuar mantendo contato com Jamal.”
Ryan sorriu, satisfeito com sua concordância. “Bom. Parece que temos uma família de verdade agora. Sem influências externas. Apenas nós.”
Kimberly sorriu também, embora uma pequena parte dela sentisse um aperto de tristeza ao cortar Jamal, pois ela sabia que Dawn gostava dele. Ainda assim, ela sabia que essa era a melhor decisão para o futuro de Dawn—e para a família deles.
“Sim,” ela concordou, sua voz suave. “Apenas nós.”