Uma Noite Selvagem - Capítulo 81
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81: Plano Ultimate 81: Plano Ultimate Assim que chegou a hora do almoço, Tom levou a marmita de Lucy para o escritório dela e abriu a porta, “Trouxe seu almoço”, disse educadamente, enquanto colocava a marmita em cima da mesa, e Lucy evitava encontrar seu olhar.
“Obrigada”, murmurou Lucy. Ela não conseguia olhar para o rosto dele nem para os olhos dele naquele momento. Ele sabia a cor das calcinhas que ela estava usando agora! Ele a perturbava!
“De nada. Aproveite sua refeição”, disse Tom, olhando para ela e percebendo como ela continuava olhando para o laptop à sua frente em vez de olhar para ele, “Vou embora agora”, disse Tom, e Lucy acenou com a cabeça enquanto ele saía do escritório.
Depois que ele saiu, ela soltou o ar que estava segurando. Talvez fosse melhor pedir à secretária para pegar o almoço no futuro, em vez de pedir a Tom para trazê-lo. Ela não tinha certeza de que vê-lo três vezes ao dia – de manhã, quando chegava ao trabalho, durante o horário do almoço e à noite depois do expediente – era bom para o coração e o bem-estar mental.
Ela levantou a mão até o peito e tentou acalmar o coração. Quando se mudou para Ludus, não planejava se envolver em um drama assim. Como tudo poderia mudar por causa de apenas uma noite? Por quanto tempo ela seria capaz de aguentar isso?
Lucy tentou tirar os pensamentos da cabeça enquanto comia. Ela se concentrou em seu almoço e, quando terminou, tentou voltar a prestar total atenção ao trabalho em sua mesa. Ela não era do tipo que se distraía do trabalho ou que tinha atenção dividida por causa de questões pessoais, mas, desde que Tom entrou em sua vida, se concentrar no trabalho estava se tornando mais difícil a cada dia, e ela temia que, se não fizesse algo a respeito, poderia cometer um erro que lhe custaria o emprego.
Os olhos de Lucy se voltaram para a porta e seu coração deu um pulo quando a porta do escritório se abriu novamente. Ela ficou tensa, pensando que era Tom, mas relaxou um pouco quando percebeu que era Harry. Pensando que ele estava ali para encontrar o chefe em seu escritório, já que ela só sabia se o CEO estava presente quando Harry estava entrando no escritório, Lucy voltou sua atenção para o laptop.
Ela ficou tensa e levantou a cabeça quando percebeu que ele tinha parado em frente à sua mesa. O que ele queria? Ela se perguntou enquanto olhava para ele, confusa.
“Quando vai se casar, Srta. Perry?” perguntou Harry, olhando para ela com uma expressão estranha nos olhos.
“Perdão?” Lucy perguntou, confusa, imaginando de onde vinha a pergunta.
“Você está noivada, não está?” Harry perguntou, olhando para o dedo dela sem o anel.
Noivado? O que o fez pensar isso? Por que ele estava fazendo uma pergunta tão pessoal de repente? Lucy se perguntou.
Vendo a confusão no rosto dela, Harry decidiu seguir uma abordagem diferente: “Suponho que você vá viajar no fim de semana. Você vai precisar de folga na segunda-feira? Ou talvez chegará tarde?” Harry perguntou, observando-a atentamente.
A testa de Lucy estava franzida enquanto tentava entender o que ele queria dizer, “Não, não vou”, disse Lucy educadamente, e foi tudo o que Harry pôde fazer para se conter de não mentir. Ela era uma boa atriz, mas não uma mentirosa muito boa, afinal.
“Desculpa. Meu erro. Eu pensei que você estaria ansiosa para viajar no fim de semana para passar algum tempo com seu noivo que estava lutando pela vida no último fim de semana”, disse Harry, fazendo com que a boca de Lucy se abrisse de surpresa e, em seguida, ela a fechou rapidamente.
Como ela poderia ter esquecido um detalhe tão importante? “Nós terminamos”, ela falou sem pensar, e a sobrancelha direita de Harry se levantou.
“Você terminou com o seu noivo ferido?” Ele perguntou, incrédulo, e Lucy balançou a cabeça.
“Ele terminou comigo, na verdade”, disse Lucy com um suspiro triste, “Ele não ficou feliz que eu o deixei na cama do hospital para voltar ao trabalho. Ele disse que eu amava meu trabalho mais do que amava ele, então ele cancelou nosso noivado”, contou Lucy, fazendo um som de fungada, o que deixou Harry impressionado com ela.
Nossa! Vendo como ela estava, ele quase podia entender por que Tom estava agindo loucamente agora. Ele esperava que ela se lembrasse dessa mentira na próxima semana. Ela parecia ter a habilidade de inventar mentiras na hora, sem precisar pensar nelas, ou será que tinha pensado nessa antes de hoje? Harry se perguntou: “Sinto muito por isso”, disse ele, e ela concordou com a cabeça.
“Obrigada.”
“Tudo bem, então, eu só vim ver se você estaria viajando para poder passar a informação ao CEO. Tenha um ótimo fim de semana”, disse Harry com um aceno enquanto saía do escritório.
Lucy levantou a mão até o peito. Esse escritório ia ser a morte dela. Por que sempre um problema após o outro? Por que ela tinha que ficar sempre olhando por cima do ombro? Ela temia que, se tivesse que continuar olhando por cima do ombro, tropeçaria no processo e faria uma bagunça com as coisas.
Se Tom não tivesse sido intrometido o suficiente para ler seu diário, ele não teria nem falado com ela em primeiro lugar. E se ela soubesse que ele era seu vizinho antes, não teria aceitado a proposta dele no clube de ser seu parceiro por uma noite. Se ela tivesse recusado a oferta, não estaria nesta bagunça toda. Ela era a principal causa de todos os seus problemas e Tom a causa secundária.
Pensando em tudo agora, ela fez um retorno mental sobre como a vida dela aqui teria sido se ela nem tivesse ido ao clube em primeiro lugar. Colocando as duas mãos no queixo, com os cotovelos apoiados na mesa, ela deixou a imaginação fluir.
Ela teria se mudado para o apartamento, passado o tempo arrumando suas coisas e descansando. Teria acordado cedo e se sentido renovada e começado no novo trabalho mais cedo do que o horário normal, no primeiro dia de trabalho. Teria conhecido o Sr. Harry que ficaria muito impressionado com a pontualidade e dedicação ao trabalho e não precisaria mentir sobre um noivo que tinha sofrido um acidente.
Ela teria ficado agradavelmente surpresa no final da tarde ao ver Tom, seu vizinho ao lado na porta dela com uma bandeja de crumble de maçã, dando-lhe as boas-vindas ao bairro. Teria aceitado com prazer sua oferta para ajudá-la a se mudar e organizar suas coisas. Depois, teriam uma conversa normal como vizinhos e talvez comeriam juntos o crumble de maçã enquanto ele contava tudo sobre a cidade e o bairro.
No dia seguinte, no trabalho, teria rido da coincidência de ter Tom, seu vizinho ao lado, como seu motorista. Não seria um grande problema porque ele não a teria visto nua ou feito coisas profanas com o corpo dela! E então ela não teria que ir reclamar com o Sr. Harry que queria que seu motorista fosse trocado. Dessa forma, ela não estaria trabalhando no escritório do CEO como sua assistente pessoal quando ela tinha seu próprio escritório.
Agora, todo mundo era um problema para ela: Tom, o CEO e, agora, o Sr. Harry, que ela suspeitava que estivesse desconfiado das mentiras dela. Tudo isso era culpa de Tom!
“Ok, chega de jogar a culpa nos outros, Lu, acorde pra vida. Agora que você sabe a causa dos seus problemas, qual é a solução?” Lucy perguntou-se em voz alta enquanto pegava seu diário.
Obviamente, ela não poderia voltar no tempo para mudar nada ou desfazer o que tinha sido feito com Tom, mas daqui para frente ela poderia tentar resolver as coisas da melhor maneira possível.
Era claro que ela não seria capaz de se livrar de Tom, já que ele não era apenas seu motorista, mas também seu vizinho. Embora pedir demissão do trabalho e sair daqui resolvesse todos os problemas, não era razoável. Ela amava seu trabalho e o salário era bem atrativo.
Ela precisava encontrar uma maneira fácil de resolver seus problemas. Talvez, se conseguisse descobrir por que o CEO era assim, saberia a melhor maneira de conversar com ele e ser amigável? Ela se contorceu com a ideia. O CEO era estranho.
Mesmo o CEO sendo estranho, ela sabia que, se pudesse se aproximar do CEO e servi-lo da melhor maneira possível, eventualmente poderia fazer com que ele transferisse Tom para outro departamento, sem perder o emprego. Ela ia pedir que ele promovesse Tom para um departamento diferente, não demiti-lo.
Desde que Tom não fosse mais seu motorista, tudo ficaria bem. Ela sempre poderia evitar vê-lo em casa, saindo de casa bem cedo e voltando tarde, assim não teriam que se ver tanto, pelo menos até que ele conhecesse Anita.
Lucy concordou com a cabeça. Esse era um bom plano. Agora ela precisava da ajuda de Sonia. Embora já tivesse pedido a Sonia para ajudá-la a descobrir o que pudesse sobre o CEO, também tinha pedido a Sonia para não contar a Bryan que trabalhava para o irmão dele. Quem sabia o quão próximos os irmãos eram? Talvez, se pedisse a Sonia para contar a Bryan sobre sua conexão com o irmão dele, Bryan pudesse falar bem dela para o irmão e o CEO passasse a tratá-la melhor?
Embora não acreditasse em usar conexões dessa forma e não quisesse ser mal interpretada pelos outros, ela também precisava resolver seus problemas, e essa parecia ser a única maneira.
Lucy gemeu e levantou a mão para a cabeça que começava a doer. Ela tinha muitos problemas na cabeça no momento e seus pensamentos estavam confusos.
Olhou para o diário que estava aberto à sua frente e a primeira coisa da lista que havia escrito na noite anterior era fazer sexo with Tom e se livrar disso. Ela faria isso acontecer em breve.
O próximo da lista era se aproximar de Anita. Esse plano também já estava em andamento, pois passaria o fim de semana com Anita.
Agora ela adicionou o terceiro item da lista, “Aproximar-se do CEO.”
Isso completaria tudo. Fazer sexo com Tom o faria parar de falar sobre sexo. Se aproximar de Anita a ajudaria a juntá-los, assim, uma vez que Tom estivesse em um relacionamento, ele pararia de aparecer tanto em volta dela. Por fim, se aproximar do CEO a ajudaria a fazer com que ele transferisse Tom para uma unidade diferente sem que ela perdesse o emprego.
Vendo como os planos estavam organizados, Lucy concordou com a cabeça. Ela começaria a trabalhar nesses planos agora. Daqui a um mês, estaria livre de Tom e finalmente voltaria a ser ela mesma, pensou Lucy com um sorriso satisfeito.