Uma Noite Selvagem - Capítulo 38

38: Acordo 38: Acordo Lucy apertou os lábios ao considerar sua pergunta. Ele parecia muito tranquilo, e era óbvio que estava tentando fazê-la relaxar e ser amigável com ele. Ela não queria parecer distante ou parecer que estava olhando para ele de cima, então por esse motivo, decidiu entrar no jogo.

“Bem, não consigo exatamente dizer qual eu prefiro, pois ambos parecem passar uma mensagem diferente. Acho que basicamente depende de quem você é por dentro,” ela disse, batendo no lado esquerdo do peito para demonstrar que se referia ao coração dele.

Tom podia adivinhar que ela estava tentando evitar dar uma resposta direta, “Quem você acha que eu sou por dentro?” Ele perguntou curiosamente.

Lucy deu de ombros, “Ainda não tenho certeza disso. Assim que eu tiver certeza, vou te contar,” ela prometeu enquanto empurrava seu carrinho de compras para a seção de chocolates à frente deles e começava a escolher alguns chocolates Bounty e colocá-los em sua cesta.

Tom seguiu o exemplo, mas escolheu apenas alguns chocolates Bounty e mais Twix, Snickers, Leite Condensado e chocolates Mars, “Ta bom. Mas me diga uma coisa, qual tipo de cara é o seu ideal? Um bad boy ou um cavalheiro?” Ele perguntou fazendo-a franzir a testa enquanto ajustava seus óculos no nariz.

“Sem ofensa, mas eu não sou a garota que você está tentando impressionar, sou?”

Tom arqueou uma sobrancelha arrogantemente, “Por que você pensaria isso? Sem ofensa, mas você não é meu tipo. Quer dizer, você é bonita e parece inteligente, mas…” Ele deixou suas palavras morrerem enquanto a olhava de cima a baixo e balançava a cabeça.

Lucy tentou não encolher ao som disso. Claro, ela podia entendê-lo. Talvez a Lucy que ele conheceu no clube na primeira noite fosse o tipo dele, mas não esta. Ele provavelmente não a teria olhado duas vezes ou até oferecido para ser sua ficante de uma noite se ela estivesse lá em seu estado real. O que ela estava pensando? Ela podia ouvir o som que seu ego deflacionado estava fazendo, como um balão furado, “Tudo bem, já que você também não é o meu tipo,” ela disse com um sorriso forçado enquanto afastava seu carrinho dele, em direção às frutas e vegetais.

Tom correu atrás dela, ignorando as senhoras que estavam olhando para ele como se ele fosse uma refeição ambulante, “Eu não perguntei se eu era ou não do seu tipo. Só perguntei qual é o seu tipo. Bad boy ou cavalheiro?” Ele perguntou, para seu aborrecimento.

“Nenhum. Eu não tenho um tipo. Eu já te disse que não estou interessada em homens,” Lucy disse entre dentes.

Tom tentou não sorrir enquanto ficava ao lado dela e pegava vegetais frescos, “Aha! Então você não tem um tipo? Agora eu me pergunto por que você estava tão interessada em apontar que eu não era o seu tipo quando você nem mesmo tem um,” Tom disse fazendo-a olhar para ele irritada.

“Eu prefiro fazer compras em silêncio. Você está me distraindo,” ela disse e começou a se afastar dele.

Tom suspirou, “Sabe de uma coisa? Não vou mais tentar ser amigável com você já que você continua deixando claro que não me quer por perto. A primeira coisa que vou fazer amanhã de manhã é entregar minha carta de renúncia no escritório e te dar o espaço que tanto deseja,” Tom prometeu em um tom sério, o que fez seu coração saltar diversas batidas enquanto ela se virava para olhar para ele. Ela se enrijeceu quando lembrou o que Harry havia dito sobre ser legal com seu motorista.

Ela percebeu que ele realmente estava afastando o carrinho dela. Para onde ele estava indo? Ele estava com raiva dela? Ele iria pedir demissão por ser o motorista dela só porque ela queria fazer compras em silêncio? Se isso tivesse acontecido ontem, ela estaria no topo do mundo, mas ele se demitir agora significaria que ela perderia o emprego, e ela não podia deixar isso acontecer.

“Espere! Desculpe,” ela chamou como ele sabia que ela iria fazer, mas Tom não respondeu, em vez disso, ele continuou se afastando.

“O que?” Tom perguntou quando Lucy correu atrás dele e ficou na frente dele, bloqueando seu caminho com o carrinho.

“Desculpe. Eu não estava tentando ser grossa,” ela disse com um sorriso desajeitado de desculpas.

“Tudo bem. Não estou bravo. Só acho que é melhor se eu não trabalhar mais para você. Podemos continuar sendo bons vizinhos,” Tom a tranquilizou com um sorriso forçado e começou a empurrar o carrinho para trás quando ela agarrou-o.

“Não! Por favor, eu preciso de você!” Ela gritou e depois se encolheu quando as outras pessoas ao redor olharam curiosamente em sua direção.

Ela abaixou a voz, “Eu não quero dizer que preciso de você dessa maneira. Quero dizer, quero que você continue trabalhando para mim. Você precisa do trabalho, lembra? Não tenho certeza se conseguiria dormir bem à noite sabendo que custei a um homem o seu trabalho,” ela disse sinceramente, fazendo-o quase acreditar nela.

Ele teria acreditado completamente nela se não soubesse que na verdade estava tentando salvar seu próprio emprego. Essa mulher era uma mentirosa realmente boa afinal de contas. Talvez ela devesse trabalhar na unidade de marketing em vez da unidade de moda.

“Você não precisa se preocupar ou se sentir culpada. Eu já decidi que dirigir não é realmente o que eu quero fazer. Eu simplesmente voltaria ao meu trabalho de faz-tudo,” ele a tranquilizou, mas ela não se moveu.

“Se você pedir demissão dessa forma, eu ficaria realmente triste. Prometo ser legal, educada e até amigável daqui para frente. Então, por favor, não vá. Por favor?” Ela disse enquanto soltava seu carrinho e agarrava seu braço, dando a ele olhos de filhote através de seus óculos.

“Eu não acho …”

“Sabe o que eu acho? Aquela garota de quem você gosta vai cair de amores por você, quem quer que ela seja!” Lucy disse, sabendo que ele seria distraído por isso.

“Você acha?” Tom perguntou com um sorriso, já que ela estava se referindo a si mesma, mesmo que ainda não soubesse disso.

“Claro! E como sua amiga, vizinha e chefe, é meu dever te ajudar a ganhar o coração dela! Você não tem nada com que se preocupar. Eu posso não ser muito experiente quando se trata de relacionamentos, mas definitivamente posso te dar dicas de como conquistar o coração de uma dama,” ela disse com um sorriso que ele retribuiu, “Então, você vai continuar trabalhando para mim? Prometo ser boa para você daqui para frente!”

“Sem mais ser rude e antipático?”

“Sem mais!” Ela cruzou as duas mãos na frente do peito.

“Você sairia comigo sempre que eu estiver entediado?” Ele perguntou, querendo negociar duro já que tinha a chance de fazê-lo.

“N…” Lucy parou para ponderar quando se lembrou de que teria muito tempo livre agora que seu chefe havia trazido aquela política louca de não levar trabalho para casa, “Não podemos só relaxar em casa?”

“Poderíamos fazer isso às vezes e sair em outras,” Tom disse, e ela concordou.

“Você promete me ajudar a conquistar a garota?” Ele perguntou, e ela acenou com a cabeça.

“No dia em que você voltar atrás na sua palavra, vou pedir demissão, certo?” Ele perguntou, e ela concordou.

“Feito,” ela disse enquanto soltava o braço dele e estendia a mão para um aperto de mão.

“Feito,” Tom disse enquanto apertava a mão dela. Isso seria muito fácil e interessante. E talvez ela ainda não soubesse disso, mas ele acabou de ganhar o desafio de fazê-la sair de casa, ele pensou enquanto lhe dava um sorriso.

Contanto que ele estivesse interessado em outra pessoa e não nela, isso seria fácil como um passeio no parque. Ser amigável e sair com um amigo de vez em quando não é um grande negócio, certo? Lucy ponderou enquanto retribuía o sorriso dele.