Uma Noite Selvagem - Capítulo 1001
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1001: Nenhum 1001: Nenhum A família Hank se reuniu no Covil mal iluminado, seus rostos pesados com tristeza. O ambiente estava incomodamente silencioso, exceto pelo som de tique-taque do relógio de parede no quarto.
Evelyn se sentou rigidamente no sofá, agarrando um lenço amassado, seus olhos geralmente calorosos, agora nublados de preocupação. Desmond ficou perto da janela, suas mãos enterradas fundo em seu bolso, olhando para o jardim como se buscasse respostas.
Tom se sentou entre sua mãe e Lucy, com o braço em volta dela e sua expressão indecifrável.
Sonia estava sentada em frente a Lucy, observando todos com uma expressão indecifrável enquanto Bryan sentava ao lado dela segurando sua mão na dele.
No início, ninguém falou. Era como se transformar o choque deles em palavras tornasse tudo ainda mais real.
Todos levantaram a cabeça quando Jade entrou com Harry, “Algum plano já? O que vamos fazer?” Jade perguntou sem se sentar, quebrando o silêncio na sala.
Finalmente, Desmond falou, sua voz baixa e resoluta. “Vou ver Dawn”, disse ele, seu olhar ainda fixo do lado de fora da janela.
Evelyn endireitou-se, sua voz calma e determinada. “Sim. Eu vou com você. Dawn não deve acordar para estranhos. Ela precisa de sua família.”
Lucy assentiu rapidamente, enxugando uma lágrima teimosa que havia escorrido por sua bochecha. “Eu também vou. Ela vai precisar de todos nós.”
Tom, que até então estivera em silêncio, balançou a cabeça firmemente. “Não, Joia. Você não pode ir.”
Lucy se virou para ele, seus olhos arregalados de incredulidade. “Por que não? Você sabe o quanto ela é querida para mim. Ela também precisa de mim.”
Tom balançou a cabeça, seu tom suave, mas firme. “Eu entendo como você se sente, mas você não pode ir. Além disso, temos uma consulta no hospital hoje. É importante, Joia. Não podemos remarcar.”
“Mas é a Dawn! Ela está no hospital, lutando por sua vida. Como podemos não ir?” A voz de Lucy rachou enquanto lágrimas recentes começaram a encher seus olhos.
Evelyn colocou uma mão reconfortante no ombro de Lucy. “Tom está certo, Lucy. Você precisa cuidar de si mesma primeiro. A gente não quer que você coloque sua saúde em risco, especialmente agora. Não se preocupe, nós cuidaremos dela.”
Lucy olhou para Desmond, buscando em seu rosto por alguma garantia. “Vocês vão trazer ela de volta com vocês? Se ela estiver bem?” Ela perguntou, esperando que sim.
Algo parecia errado sobre a progressão dos eventos desde que Dawn partiu, e mesmo sem ter certeza do que era, ela queria proteger Dawn.
Desmond suspirou, passando a mão pelo cabelo. “Eu não posso fazer promessas, Lucy. Eu não sei o que vamos encontrar quando chegarmos lá. Eu farei o que puder, mas…” Ele parou, sua voz carregada com o peso da incerteza.
“Eu vou junto,” disse Jade, e antes que alguém pudesse objetar ela falou novamente, “Eu sou a advogada da família. Acho que devo estar lá, considerando como Kimberly tentou nos afastar”, Jade explicou.
“Eu vou também. Apenas para garantir que tudo corra bem. Meu pai e Jamal estão lá. E Jade também vai,” ele disse, e quando todos concordaram com a cabeça ele tirou o telefone do bolso, “Acredito que tempo é essencial. Vou pedir ao piloto que prepare o jato,” disse ele ao se desculpar e Tom se levantou e saiu com ele.
Desmond se aproximou de Lucy, sentando ao lado dela e pegando suas mãos nas dele. “Lucy, me ouça,” ele disse suavemente. “Dawn vai ficar bem. Vamos cuidar de tudo. Todos nós sabemos o quanto você se importa com ela. Nós também nos importamos. Agora, você precisa se concentrar em você e no bebê. Vamos chegar lá primeiro e vamos descobrir o resto juntos.”
Lucy o olhou, seu rosto marcado pelas lágrimas cheio de relutância. “Eu só me sinto tão impotente sentada aqui enquanto todos vão até ela.”
“Não é todo mundo que está indo. Nós estamos aqui também,” lembrou Sonia.
“Você não está impotente. Se formos trazê-la de volta, vamos precisar de alguém aqui para recebê-la,” disse Evelyn calmamente.
Harry pigarreou, interrompendo o momento íntimo. “Nós partiremos em uma hora. Vocês precisam pegar suas coisas.”
Evelyn assentiu, levantando-se do assento. Ela se virou para Lucy, puxando-a para um abraço apertado. “Nós ligaremos assim que soubermos de alguma coisa,” ela prometeu.
“Talvez seja só eu, mas alguma coisa cheira a peixe…” Bryan colocou a mão no braço de Sonia para impedi-la e ele balançou a cabeça quando ela olhou para ele.
“Você deveria tirar uma soneca,” ele disse, levando-a para fora do Covil.
Todos estavam ansiosos e aborrecidos o suficiente. A última coisa que ele queria era que Sonia causasse ainda mais inquietação com sua declaração.
Enquanto Desmond e Evelyn saíram para arrumar suas coisas, Harry e Jade também saíram para pegar suas coisas.
Tom ajudou Lucy a levantar. “Vamos nos preparar para ir ao hospital,” ele disse gentilmente, guiando-a em direção à escada.
“Não podemos ir ao hospital mais tarde?” Lucy perguntou, sua voz pequena enquanto subiam a escada.
Tom balançou a cabeça. “Eu entendo como você se sente, Joia. Eu sei que você está preocupada. Eu também estou. Mas se fizermos isso hoje ou adiarmos para amanhã, não vai mudar o estado das coisas. Você não tem ido ao hospital desde que descobriu que estava grávida, e eu quero ter certeza de que você está bem. É importante, Joia. Não se preocupe apenas com Dawn. Preocupe-se também com o nosso bebê,” ele disse suavemente.
Lucy parou no meio da escada, virando-se para encará-lo. “Nosso bebê está bem, mas Dawn não está. Eu estou assustada, Tom. E se algo acontecer com Dawn enquanto nós não estivermos lá?”
Tom colocou uma mão reconfortante em sua bochecha, seu olhar firme e calmo. “Nada vai acontecer com Dawn. E ela tem meus pais, assim como Jade e Harry ao seu lado. Eles cuidarão dela. Confie em mim, Joia.”
Ela assentiu lentamente, relaxando seus ombros um pouco. “Ok. Mas prometa-me que você a deixará morar conosco se eles conseguirem trazê-la de volta. Não me importo de criá-la sozinha.”
“Eu prometo,” disse Tom, sua voz firme. Ele a beijou na testa antes de levá-la o restante do caminho escada acima.
Enquanto se preparavam para a consulta, Lucy, sentada em sua penteadeira, observava Tom no espelho enquanto ele abotoava sua camisa, seus movimentos rápidos e precisos. Ela suspirou, seus pensamentos ainda com Dawn.
Ela se culpava por tudo que tinha acontecido. Se não tivesse reagido exageradamente a toda aquela história de paternidade, talvez todos estivessem mais dispostos a deixar Dawn ficar quando Kimberly a trouxe.
Tom pegou seu reflexo e caminhou até ela, colocando as mãos em seus ombros. “Dawn vai ficar bem,” ele disse em uma voz tranquilizadora.
Lucy assentiu, conseguindo um pequeno e trêmulo sorriso. “Eu oro para que sim,” Lucy disse, pensando que ela não se perdoaria se algo acontecesse com Dawn.
Trinta minutos depois, eles partiram para o hospital depois que Adolf dirigiu Desmond e Evelyn para o aeroporto para se juntarem a Harry e Jade, que já estavam lá esperando.
A viagem até o hospital foi silenciosa, e Tom não pôde deixar de odiar o timing de tudo.
Ele estava ansioso pela visita ao hospital desde o dia anterior. Era para ser um evento alegre para ele e Lucy, uma vez que era o primeiro encontro deles com o bebê, mas agora não era.
O sol estava alto no céu quando chegaram ao hospital. Tom estacionou o carro com cuidado, lançando um olhar para Lucy, que sentada silenciosamente com suas mãos firmemente entrelaçadas em seu colo, seu olhar distante.
“Joia,” disse Tom gentilmente, colocando uma mão sobre a dela. “Chegamos.”
Lucy assentiu, forçando um pequeno sorriso. “Vamos.”
A mão de Tom descansou protetora em suas costas enquanto entravam no hospital e imediatamente foram conduzidos diretamente ao escritório de Damon.
Enquanto seguiam a enfermeira pelo corredor, Tom não pôde deixar de ser atraído pelas paredes adornadas com pôsteres de famílias sorridentes e marcos no desenvolvimento de bebês, cada um lembrando-o da vida crescendo dentro de Lucy.
“Por favor, fiquem à vontade. Dr Williams se juntará a vocês em breve,” a enfermeira disse antes de se desculpar depois de preencher o arquivo de Lucy e colocar todos os seus detalhes.
Tom segurava a mão de Lucy enquanto eles esperavam sentados, seu polegar roçando as juntas dela num movimento constante e calmante.
O olhar de Lucy alternava entre o relógio na parede e o chão, seus pensamentos a milhas de distância. Ela se mexia na cadeira, seus dedos pousando instintivamente em seu estômago.
“Joia,” disse Tom baixinho, chamando sua atenção. “Tente não se preocupar demais.”
Lucy deu um pequeno aceno, embora seus lábios tremessem. “Eu sei,” ela sussurrou. “É só que… Eu me sinto tão culpada por estar aqui enquanto a Dawn—”
“Pare,” Tom interrompeu gentilmente, mas com firmeza. “Não há nada para se sentir culpada. É responsabilidade. Você está cuidando de si mesma e do nosso bebê. Isso é o melhor que você pode fazer por todos.”
Antes que Lucy pudesse responder, a porta se abriu e Damon entrou, vestido em um jaleco branco impecável, com o estetoscópio pendurado casualmente no pescoço.
“É um prazer ter vocês dois pombinhos aqui,” disse Damon com um sorriso caloroso enquanto apertava as mãos de Tom.
Tom apertou sua mão calorosamente. “Damon, obrigado por nos atender com tão pouco aviso.”
“Claro,” disse Damon antes de virar-se para Lucy com um sorriso amável. “Você realmente nos impressionou com aquele pedido. Você tem uma irmã para mim?” Perguntou, e apesar de quão chateada estivesse, Lucy riu baixinho, para alívio de Tom.
“Olha aí. Você deveria sorrir mais, Lucy. Eu estou acostumado a te ver sorrir e fiquei um pouco preocupado quando você não sorriu quando entrei. Talvez você já esteja se arrependendo de ter pedido o Tom em casamento e aceitado o pedido dele. Pisque duas vezes se você precisa que eu te salve dele,” ele disse, e todos riram quando ela piscou duas vezes.
“Obrigada,” disse Lucy baixinho, agradecendo a tentativa dele de melhorar seu humor.
“Não mencione,” disse Damon enquanto gesticulava para a cadeira de exame. “Por que não começamos? Lucy, se você puder deitar aqui, vamos dar uma olhada em como as coisas estão indo.”
Tom ajudou Lucy a subir na cadeira e ficou ao lado dela, segurando sua mão enquanto Damon preparava o aparelho de ultrassom.
O quarto foi preenchido com o zumbido suave do equipamento enquanto Damon aplicava o gel na barriga de Lucy.
“Isso pode parecer um pouco frio,” ele disse, colocando o transdutor do ultrassom contra a pele dela.
Lucy inhalou bruscamente mas não disse nada, seus olhos fixos na tela.
“Ok, vamos dar uma olhada,” disse Damon, movendo o transdutor pelo estômago dela.
O olhar de Damon permaneceu na tela enquanto ele movia o transdutor gentilmente. O silêncio no quarto era espesso, cada segundo parecendo uma eternidade. Então, um som suave e rítmico preencheu o ar.
Tum-tum. Tum-tum. Tum-tum.
O quarto encheu-se com o som rítmico de um batimento cardíaco—estável e forte.
“Lá está,” disse Damon com um sorriso, apontando para a pequena luz tremulante na tela. “Esse é o batimento cardíaco do seu bebê. Com oito semanas, perfeitamente saudável.”
O coração de Lucy acelerou enquantos ela olhava para a tela. Tom se inclinou, com os olhos arregalados, sua respiração presa na garganta.
Tom engoliu, sua voz carregada de emoção. “Esse é o nosso bebê?”
Lágrimas brotaram nos olhos de Lucy enquanto ela olhava para a tela. “Esse é… o nosso bebê.” ela sussurrou.
“Posso gravar isso?” Ele perguntou, e Damon assentiu, ainda olhando para a tela.
“Fique à vontade,” disse Damon, e enquanto Tom tirava o telefone para gravar o batimento cardíaco, Damon franziu a testa ligeiramente, sua expressão concentrada.
“Espere um segundo,” ele murmurou fazendo Lucy se enrijecer.
Tom se endireitou, sua voz tensa. “O que é? Tem algo errado?”
O franzir de Damon derreteu em um sorriso enquanto ele girava a tela para eles. “De modo algum. Na verdade, é exatamente o contrário. Parece ser uma gravidez múltipla. Lucy, Tom— vocês vão ter gêmeos.”
Os olhos de Lucy se arregalaram. “Gêmeos?” ela sussurrou, sua voz tremendo.
Tom olhou para a tela, sua boca ligeiramente aberta. “Tem certeza?” Ele perguntou, seus olhos não deixando a tela.
Damon riu. “Veja por si mesmo.” Ele apontou para a tela. “Aqui está o Bebê A, e aqui está o Bebê B. Ambos com batimentos cardíacos fortes e com tamanho perfeito para oito semanas.”
“Gêmeos,” Tom repetiu, sua voz preenchida de admiração enquanto olhava para Lucy.
Lucy cobriu a boca com a mão livre, lágrimas escorrendo por suas bochechas. “Dois deles,” disse ela, sua voz cheia de espanto.
Tom riu baixinho, sua excitação transbordando. “Vamos ter gêmeos, Joia,” disse Tom, seu rosto irradiando felicidade.
Lucy o abraçou, puxando-o para perto. “Não posso acreditar,” disse ela entre lágrimas.
Damon sorriu calorosamente, dando-lhes um momento antes de continuar. “É muito para assimilar, eu sei, mas tudo parece ótimo. Eu vou imprimir algumas imagens para vocês levarem para casa.”
“Obrigada,” disse Lucy, sua voz mal ultrapassando um sussurro.
“Meu prazer,” respondeu Damon enquanto entregava a Tom um lenço. “Gêmeos podem significar um pouco mais de esforço, mas com os devidos cuidados, tudo deve correr bem. Então, você precisa evitar estresse e pegar leve.”
Lucy assentiu enquanto Tom enxugava suas lágrimas, ainda sobrecarregada. “Eu vou fazer o meu melhor.”
“Obrigado, Damon,” disse Tom sinceramente.
Damon entregou a Tom uma pequena pilha de imagens de ultrassom impressas. “Vocês têm muito pelo que esperar. Só certifiquem-se de que Lucy pegue leve.”
Tom assentiu firmemente. “Pode deixar.”
Depois de Damon terminar a consulta e responder suas perguntas, ele deu a eles um sorriso tranquilizador. “Vocês estão em boas mãos, Lucy. Eu vou ver vocês dois em algumas semanas para a próxima visita.”
Tom ajudou Lucy a se sentar, envolvendo seu braço em volta dela enquanto saíam do quarto. O peso nos ombros de Lucy parecia um pouco mais leve agora, embora a preocupação com Dawn ainda permanecesse no fundo de sua mente.
No carro a caminho de casa, Lucy manteve as imagens do ultrassom em seu colo, traçando a minúscula imagem de seus bebês com os dedos.
Embora ela soubesse que havia uma grande possibilidade de ter gêmeos, já que ela própria era gêmea assim como sua mãe, ainda assim ela se surpreendeu ao saber que estava carregando não um, mas dois bebês.
Como se lesse sua mente, Tom se virou para Lucy, “Dois bebês, Joia. Não um, mas dois. Nossa família está crescendo.”
Lucy deu uma risadinha enquanto olhava para as imagens. “Dois,” disse ela baixinho.