Uma Linda Luna Após a Rejeição - Capítulo 41

41: O Valentão 41: O Valentão Naquela confusão, senti uma figura se aproximando de mim. Aguinhei a mão desorientadamente, tentando lhe dizer para se perder. Mas minha cabeça estava tão pesada, e meus braços, fracos. Agitei umas poucas vezes e eventualmente senti que não consegui levantá-la mais. Desisti e olhei para a garrafa de vinho à minha frente. Apenas ela poderia me fazer esquecer daqueles pensamentos embolados e me permitir simplesmente ser feliz.

De repente, uma mão impecável tirou minha garrafa de vinho. Olhei desgostoso para a pessoa.

Na verdade, meu cérebro, dessensibilizado pelo álcool, há muito tempo não conseguia ver nada claramente. Além das luzes trevosas ao lado do bar, eu só podia ver uma luz amarela piscante e uma figura embaçada que estava às vezes longe, às vezes perto.

“O que você está fazendo? Devolva… Devolva isso para mim!” Eu gritei para a figura, incomodado.

Tentei esticar o braço para pegar minha garrafa de vinho, mas a pessoa gentilmente a afastou. Tentei me concentrar e vi a pessoa pegar a garrafa de vinho para dar uma olhada. Então, senti um olhar aterrorizante penetrando em mim. Por instinto, senti um pouco de medo. Engoli as palavras que queria dizer e murmurei, “Se não quer devolver, então não… Tem… tem ainda tantas aqui. Vou pegar mais…”

“Você já bebeu o bastante.”

“Não… Não o bastante.”

Eu me virei e quis saltar da cadeira para pegar um pouco de álcool da adega. Porém, estava claro que eu havia superestimado a mim mesma depois de ficar bêbada. Antes que pudesse sair da cadeira, perdi o equilíbrio e caí. Meu cérebro caótico queria que eu me segurasse, mas só conseguiu fazer com que minhas mãos se agitassem inutilmente na tentativa de me estabilizar.

Deixe pra lá. Assim mesmo, justo quando eu estava pronta para aceitar meu destino e receber a dor, ouvi um suspiro ao lado do meu ouvido. Então, um par de braços fortes me pegou, e caí no abraço daquela pessoa.

“Vamos. Eu vou te levar para o quarto.” Ouvi aquela pessoa dizer.

“Não.” Tentei empurrar essa pessoa, mas ela não se moveu nada. Ele era como uma rocha.

“Você está bêbada, Cecily. Me escute. Volte comigo.”

“Não tente me controlar.” Aumentei minha força, mas não adiantou. Continuei, “Você está me segurando muito forte. Não consigo respirar.”

Quando ouviu isso, ele afrouxou um pouco o aperto em mim. Finalmente colocamos alguma distância entre nós. Vi a garrafa na sua outra mão e tentei alcançá-la novamente. Ele olhou para mim, esticou a mão para longe, colocou a garrafa numa mesa distante e puxou-me de volta.

‘Ah, eu não consigo alcançá-la! O que devo fazer?’
Eu olhava para a garrafa ao longe como se houvesse um abismo entre nós, e essa pessoa me havia separado da minha garrafa de alívio. Não pude evitar de reclamar, “O que você está fazendo? Eu não bebi o suficiente. Você é uma má pessoa, assim como aquele filho da puta! Filho da puta!”

“De quem você está falando?” A voz grave da pessoa soou no meu ouvido.

“Uma pessoa ruim. Ele é tão ruim. Ele me maltrata todo dia…” Senti-me injustiçada novamente. Meu nariz e lágrimas escorreram pelo meu rosto. Eu provavelmente parecia uma bagunça agora.

A pessoa na minha frente também era má. Sentindo um pouco de vingança, eu me enterrei nele, esfregando todos os meus fluidos nojentos em suas roupas.

“Ei, você…”

Nesse momento, senti um cheiro agradável nas roupas dele. Cheirava doce e fresco. Era um tipo de prazer que não podia descrever. Num instante, senti que o álcool não era mais tão atraente. Não pude evitar de cheirar o corpo dele novamente. Agarrei suas roupas e cheirei caminho acima. Queria mais disso.

“Você ainda está se esfregando em mim?” A pessoa pareceu ter compreendido errado as minhas ações. Contudo, ele não parecia furioso, mas mais desamparado.

Olhei para ele confusa. “Seu corpo tem um cheiro tão bom. Quem é você?”

O agradável cheiro em seu corpo tornou-se ainda mais forte. Cheirei novamente e disse, “Você cheira muito bem.”

De repente, senti meu corpo levantar-se no ar. Antes que pudesse gritar, estava num forte abraço.

Esse homem me levantou no ar. Seus braços eram fortes, como dois cabos de aço me sustentando, fazendo-me sentir segura até mesmo no ar. Fiquei olhando para ele. Ele era bonito e exalava uma aura poderosa que só um poderoso lobisomem poderia emitir.

Senti que seus olhos castanhos escuros eram muito familiares. Ele deveria ser alguém que eu conhecia, mas não conseguia pensar com clareza para descobrir quem ele era.

Murmurei, “Você cheira tão bem. Você quer me marcar? Não, eu não posso fazer isso.”

“Pare de falar.” A voz do homem tornou-se rouca. “Se você continuar a me seduzir assim, eu posso não conseguir me conter.”

Olhei para ele. Embora eu não entendesse o que ele estava dizendo, eu podia vagamente sentir que algo terrível aconteceria se eu não fizesse como ele dizia. Então, obedientemente fechei a boca e passei o braço ao redor do seu pescoço, imergindo-me no agradável cheiro do seu corpo.