Uma jornada que mudou o mundo. - Capítulo 1553
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Capítulo 1553: Papai É Um Homem Bondoso
Archer pousou no navio de guerra mais próximo, fazendo com que todos os Fuzileiros Draconianos e Marinheiros corressem em sua direção, apenas para parar ao perceberem que era ele. Ele riu antes de abrir um portal enorme para o Domínio. “Entrem aqui e descansem! Eu vou buscar a última frota!” ele exclamou para que todos pudessem ouvir.
Segundos depois, os navios se moveram para a segurança enquanto ele decolava novamente. Indo em direção ao último grupo de navios que tinha apenas vinte embarcações restantes, eles haviam perdido seu navio principal. Ele ficou irritado, mas abriu outro portal e os conduziu para dentro. Assim que eles se foram, ele se teleportou para o palácio.
Ele apareceu fora da parte dedicada ao bebê nos aposentos privados, onde risadinhas ecoavam pelos corredores. Archer sorriu, dirigindo-se para o barulho apenas para ver Freya, Neoma e Kela lutando em uma grande almofada. As gêmeas estavam tentando prender a irmã mais velha, mas a garotinha de cabelos brancos se soltou apenas para parar ao vê-lo.
Uma torrente de balbucios alegres encheu o ar quando Freya, com seu largo sorriso desdentado, fixou os olhos no pai e começou a engatinhar em sua direção. A visão pegou Archer de surpresa, uma onda de espanto o inundando enquanto ele se abaixava, seu coração se enchendo ao ver sua filha mais velha.
Colocando-a em seus braços, ele sentiu seu pequeno e quente corpo se aninhar contra ele, sua cabeça se enterrando na curva de seu pescoço como se estivesse buscando o conforto que só ele podia oferecer. A mão de Archer se moveu gentilmente, traçando círculos reconfortantes em suas costas enquanto a mantinha perto, sua voz caindo para um sussurro.
“Oh, minha pequena estrela,” ele murmurou, suas palavras cheias de amor. “É tão bom te ver. Senti saudades de você e de suas irmãs mais do que palavras podem dizer.”
Freya, como se sentisse o peso de suas palavras, respondeu com um balbucio brilhante e efusivo, como se entendesse cada sílaba da saudação sincera de seu pai. Suas pequenas mãos bateram em seu ombro, e naquele momento, o mundo parecia se resumir apenas aos dois, envolvidos em um vínculo silencioso e não falado de amor e reencontro.
Naquele momento, Archer sentiu puxões em seu lado quando Neoma e Kela chegaram. Ele pegou as meninas de pele cinza em seus braços juntamente com Freya, que as acolheu, mas todas foram abraçadas por ele. Risadas explodiram assim que Hecate e Ella saíram de um quarto próximo carregando Evelyn, Amelia e a pequena Elise.
Os olhos dos três bebês estavam fixos no pai enquanto ele embalava seus irmãos mais velhos em seus braços. Isso fez seu coração pular uma batida enquanto via seus bracinhos estendidos em sua direção, seus gestos ansiosos um pedido silencioso por seu abraço. Agindo por instinto, um brilho quente de Manipulação de Mana surgiu ao seu redor, sua energia suave envolvendo o trio.
Com um aceno de mão, ele os levantou dos braços da mulher, suas pequenas formas flutuando pelo ar, seus gritos de deleite ecoando enquanto se aproximavam. O rosto de Archer suavizou, um sorriso se espalhando enquanto guiava os três bebês para seus braços à espera. Seus corpos pequenos se pressionavam contra ele, cada um disputando um pedaço de seu calor.
Coos suaves e movimentos agitados preencheram o momento com amor não expresso. O leve brilho de mana pairava ao redor deles, prova do vínculo perfeito entre pai e filhos, enquanto Archer os mantinha perto, maravilhado com a alegria avassaladora. Ele não prestou atenção nas mulheres enquanto beijava seus seis bebês.
Archer se virou para Sia e Ella, seus sorrisos calorosos enquanto ele mantinha suas filhas perto. “Vou levá-las para a Cidade do Coração de Dragão,” ele anunciou com um sorriso, sua voz repleta de entusiasmo. “Quero tratá-las com sorvete.”
Antes que alguém pudesse responder, sua forma cintilou e ele desapareceu em um suave flash de luz. Suas filhas, ainda flutuando em segurança atrás dele, soltaram um coro de risadas deliciadas, suas pequenas vozes borbulhando de confiança e empolgação enquanto eram carregadas no rastro da magia do pai.
Sia e Ella assistiram a cena se desenrolar, seus sorrisos se ampliando enquanto a visão de Archer e suas meninas desaparecia de vista. Os olhos azuis da mulher mais velha brilhavam com carinho enquanto ela se virava para Ella, sua voz suave mas cheia de certeza. “Ele não é nada como seus pais,” ela comentou, um tom de orgulho em sua voz. “Aquelas meninas o adoram; ele é o favorito delas, e é fácil ver por que. Ele nunca está longe de seus corações.”
Ella acenou com a cabeça, seu sorriso refletindo a alegria silenciosa de testemunhar um vínculo tão terno e inquebrável entre pai e filhas.
***
Enquanto Archer levava suas filhas para a Cidade do Coração de Dragão, Larka, sua mãe distante, saiu do imponente prédio do governo onde seu filho havia permitido que ela trabalhasse, apesar de sua indignidade. As ruas vibrantes da cidade, criadas pelo garoto que ela havia uma vez rejeitado, fervilhavam de vida, cada esquina era prova da visão de Archer.
As pessoas haviam erguido estátuas dele e de suas esposas em praças por toda a cidade. As pessoas os adoravam, mas ela nunca entendeu o porquê até ver todos felizes, prósperos, sem menção à fome assolando fora do império. A culpa corroía seu interior enquanto caminhava, seus erros passados um fardo pesado.
De repente, uma multidão passou, suas vozes vivas de empolgação. ”O imperador trouxe as princesas!” Uma mulher gritou, sua voz ressoando de alegria.
O coração de Larka afundou, mas a curiosidade agitou-se dentro dela. Ela tinha ouvido falar das seis filhas de Archer, belas e amadas por toda a população Draconiana, mas o pensamento de Archer compartilhando elas com a cidade a deixou perplexa. Movida por um desejo que ela não podia nomear, ela seguiu a multidão, seus passos acelerando em direção ao filho que ela tinha perdido e à família que ele havia construído.
‘Eu ouvi dizer que elas são lindas,’ ela pensou, seu coração batendo em seu peito. ‘Será que ele me deixaria vê-las? Eu duvido, mas vale a pena tentar.’
O coração de Larka disparou enquanto ela corria pelas ruas lotadas, o clamor a puxando em direção a um café próximo onde uma massa crescente de espectadores zumbia de antecipação. Acima da multidão, gigantescos cavaleiros blindados, suas armaduras refletindo o sol do meio-dia, ficavam como sentinelas, segurando os cidadãos ansiosos.
Impulsionada pela necessidade de ter um vislumbre de seu filho e netas, ela avançou, sua respiração entrecortada com uma mistura de esperança e temor. Quando ela se aproximou do terraço, onde murmúrios sugeriam que Archer e suas meninas poderiam estar, a multidão se agitou inesperadamente. Um empurrão descuidado por trás a fez tropeçar, seu pé prendendo em uma pedra de calçamento.
Ela caiu com força, sua cabeça batendo no chão com um baque doentio. A dor surgiu, e o mundo girou para a escuridão por um momento passageiro, até que uma visão tomou sua mente. Na visão, a cidade estava repleta de cores vibrantes, bandeiras esvoaçando em uma brisa suave enquanto um grande desfile serpenteava por suas ruas.
No coração da celebração estava uma jovem, seus olhos azuis cintilando de orgulho. Larka sabia quem era, pois ela parecia exatamente como seu filho, a Primeira Princesa Freya Wyldheart. Ela estava alta em uma túnica fluída adornada com os sigilos da Família Imperial, sua formatura no Colégio da Magia, a mesma instituição onde seu pai, Archer, havia frequentado, marcada pelo bastão cerimonial que ela erguia.
O sorriso de Freya era um farol, sua presença era como uma luz quente, enquanto as pessoas da cidade rugiam seu amor por sua princesa querida. A respiração de Larka parou, seu peito apertando-se com espanto e tristeza. A visão de sua primeira neta a atingiu profundamente. Isso não era um mero vislumbre do presente, mas uma promessa de um futuro no qual Freya carregaria o futuro.
Sobrecarregada pelo peso de seus erros passados e o futuro que seu filho havia forjado para sua família, um futuro que ela só podia esperar testemunhar. Foi então que ela notou que Freya tinha parado o desfile e saltado da carruagem, apenas para aterrissar com um baque enquanto ela começava a caminhar em sua direção.
Larka não sabia o que fazer e tentou recuar, mas a voz da jovem ecoou. ”Avó! Não se mova, precisamos conversar.”
”Não, eu não posso!” ela exclamou, lágrimas em seus olhos. ”Eu não mereço ser chamada por esse nome.”
Ela notou que Freya parou de caminhar, mãos nos quadris, fazendo os olhos de Larka se arregalarem ao ver que era a mesma pose de sua mãe Mia enquanto a jovem mulher a repreendia. ”Quem é você para dizer isso! Meu Papai é um homem gentil, tudo o que você tem que fazer é mostrar a ele que você o ama e ele pode perdoá-la, especialmente agora que nós nascemos.”
”Como você está falando comigo?” ela sussurrou, olhando nos olhos azuis brilhantes de sua neta, que lembravam suas irmãs. Foi então que tudo se encaixou. ”Você é filha de Sia! Minhas irmãs mais velhas!”
Freya sorriu, e uma expressão de provocação apareceu. ”Você prefere avó ou tia? Sua escolha.”
”Eu gosto de avó,” Larka respondeu em pânico. ”Eu não posso acreditar que você é filha da minha irmã, quem teria pensado que a infame Sia teve um bebê.”
”Ah, Mamãe é uma grande moleza,” ela revelou, rindo. ”Ela se dedica a todas nós meninas, talvez seja a maternidade que a mudou? Mas eu sei que todas as minhas mães me amam igualmente, especialmente Mamãe Ella, ela entra em pânico por nós toda vez que saímos.”
Freya deu um passo à frente e abraçou-a antes de se despedir. ”É hora de acordar Nana, talvez tenha sido o destino que a trouxe para aquele café?”