Uma jornada que mudou o mundo. - Capítulo 1542
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Capítulo 1542: Talvez Da Próxima Vez?
Archer estava sentado na beira da cama enquanto Aeris e Demetra dormiam profundamente. Ele foi se juntar a elas, mas um barulho do lado de fora da porta chamou sua atenção, levando-o a se teletransportar para o outro lado, apenas para ver Jianyu e Keomi parados ali, expressões de preocupação cruzando seus rostos.
”O que vocês estão fazendo rondando do lado de fora da nossa porta?” ele questionou, estreitando os olhos para o velho casal.
Keomi deu um passo à frente, respondendo. ”Ouvimos a voz de uma nova mulher. Outra esposa se juntou a você? Nesse caso, como ela entrou?”
Archer suspirou aliviado antes de abrir um portal para o Domínio, mostrando lindas pradarias com uma montanha ao fundo. Quando o casal viu isso, eles ficaram espantados. Jianyu balançou a cabeça e perguntou empolgado. ”Onde fica esse lugar, rapaz? Era o paraíso em Thrylos.”
”É o meu Domínio pessoal,” ele revelou, sem se preocupar em esconder seus poderes. ”Tenho trilhões de monstros e algumas milhares de pessoas vivendo lá dentro. Trouxe Aeris, que é uma das minhas esposas, até aqui usando isso.”
O velho casal ficou maravilhado enquanto ele tirava dois tokens, entregando-os. ”Peguem isso, se algo ruim acontecer, basta enviar mana para ele e ele os levará para um acampamento onde as outras pessoas estão localizadas.”
Keomi pareceu chocada, sua mandíbula caiu, mas ela balançou a cabeça, mas Archer a interrompeu. ”É um uso único, então tenham em mente que se vocês usarem, ficarão presos lá e não poderão sair até que eu volte sozinho.”
Eles se acalmaram enquanto Jianyu acenava em agradecimento, questionando. ”Por que você está nos dando isso? Nós só te demos comida e uma cama?”
Archer riu da expressão confusa do velho. Ele os afastou com um aceno de mão, explicando. ”Meu Domínio poderia se beneficiar de duas pessoas bem organizadas como vocês. Guardem os tokens do dragão como último recurso, a Aliança é bem conhecida por saquear pequenas vilas em busca de suprimentos durante a marcha.”
Keomi suspirou aliviada, revelando a verdade por trás da vila. ”Ouvimos muitos rumores da parte leste de Yamatori. Muitos exércitos limparam a terra, causando a propagação de uma fome. Armazenamos comida, mas não é suficiente para os aldeões se algo acontecer.”
”Droga,” ele respondeu.
Foi quando outra ideia lhe veio à mente; ele pegou uma bolsa cheia de tokens e os jogou para Jianyu. ”Vá distribuir esses para todos, eles os levarão para segurança quando a guerra finalmente chegar aqui.”
Quando o casal presenciou a cena se desenrolar, seus olhos se arregalaram de puro espanto, expressões congeladas em uma mistura de descrença e gratidão esmagadora. Keomi deu um passo à frente sem hesitação, como se fosse impulsionada pelo peso de seu coração. Ela pegou suas mãos, apertando-as firmemente nas dela.
Sua voz tremia, carregada de emoção, enquanto falava, cada palavra levando o peso de seu medo e esperança compartilhados. ”Obrigado,” ela sussurrou primeiro, e depois disse novamente. ”Obrigado por esse presente. Você não entende o que fez. Temíamos pela vida de cada homem, mulher e criança na vila. Pensávamos que não tínhamos como escapar, não havia esperança restante. Mas por causa de você… Eles têm uma chance. Você deu a eles mais do que apenas ajuda, você deu a eles vida.”
Archer parecia surpreso, surpreendido pela sinceridade crua em sua voz, a maneira como seu aperto não vacilou. Não havia cerimônia, nem formalidade, apenas uma gratidão pura e esmagadora que beirava o sagrado. Um sorriso honesto apareceu em seu rosto enquanto ele respondia. ”Isso é só o começo.”
”Nossa família te deve mais do que palavras podem jamais retribuir,” ela continuou. ”O que você fez nos liga a você. Devemos a você uma dívida que se estende além desta vida.”
”Não se preocupe com isso,” ele a afastou com um aceno de mão. ”Certifiquem-se de servir bem ao meu império e não deixem que minha gentileza seja em vão.”
Depois disso, o casal saiu correndo, permitindo que ele retornasse ao seu quarto, entrando na cama com as duas mulheres à espera. Os olhos amarelos de tubarão de Demetra pousaram nele, um sorriso iluminando seu belo rosto. ”Parece que você devastou o espectro, ela está em um sono profundo,” ela provocou.
Archer riu das palavras dela, mas assentiu silenciosamente. ”Eu fiz, e ela adorou cada segundo. A única razão pela qual paramos foi graças à resistência dela, também porque ela caiu em um transe de prazer.”
A mulher Tubarão Demônio riu em resposta, inclinando-se e dando-lhe um beijo apaixonado, sua língua escorregando em sua boca. Ele retribuiu o gesto com um dos seus antes que o duo se acomodasse. Ao fazer isso, Aeris descansou a cabeça em seu ombro, soltando adoráveis roncos que foram abafados pelo trovão lá fora.
Depois de algum tempo, ele adormeceu graças ao calor das duas garotas, mantendo o frio afastado enquanto a tempestade se intensificava. As janelas vibravam e as telhas do telhado chacoalhavam graças ao vento, mas o trio estava aconchegado na cama. Quando ele acordou na manhã seguinte, o céu lá fora estava negro enquanto a chuva batia na casa.
Archer usou sua magia para sair da cama sem perturbar as mulheres. Ele se materializou perto da janela e notou que as ruas estavam inundando, levando-o a criar uma enorme barreira de mana em torno da vila. O clima foi contido, e a água começou a recuar por estar bloqueada.
Ele observou enquanto os aldeões se moviam em celebração, sua alegria evidente enquanto se apressavam para completar suas tarefas. Ao seu redor, guardas patrulhavam, um aviso silencioso sob a aparência alegre. Seus ouvidos aguçados captaram fragmentos de conversas tensas, sussurros de uma onda de monstros se aproximando diretamente deles.
Archer exalou lentamente, um suspiro cheio de frustração, mas ele não hesitou. Momentos depois, ele liberou um bando de pássaros de mana no céu, suas formas brilhantes se espalhando para servir como seus olhos e ouvidos pelas terras circundantes. Ele sorriu quando as pequenas criaturas detectaram a horda que se aproximava.
‘Explodam eles,’ ele ordenou.
Logo em seguida, uma série de explosões trovejantes balançou a vila. Um anel de explosões flamejantes iluminou o horizonte, consumindo os monstros que se aproximavam em um inferno ardente. Archer riu suavemente enquanto um de seus pássaros de mana circulava acima, observando silenciosamente o caos. Os líderes inimigos foram obliterados em um instante, reduzidos a cinzas antes que pudessem representar uma ameaça.
Satisfeito, ele se afastou da janela e voltou para a cama. Aeris já estava lá, esperando. Enquanto ela se aconchegava ao seu lado, seu calor aliviando a tensão de seu corpo, ele soltou um suspiro silencioso e caiu no sono, os ecos da vitória desvanecendo-se em sonhos.
Quando o trio acordou na manhã seguinte, a vila estava em alvoroço devido à grande quantidade de monstros mortos ao redor de seu refúgio. Archer e as duas mulheres deixaram o quarto quando Keomi veio buscá-los para o café da manhã. A mulher mais velha não pôde deixar de mostrar sua felicidade com a forma como as coisas estavam indo.
Aeris instantaneamente percebeu a atmosfera feliz, lançando-lhe um olhar de entendimento, perguntando. ”O que você fez, Arch?”
”Dei aos aldeões uma maneira de estarem seguros e derrotei uma onda de monstros que estava prestes a atingir na noite passada, mas os matei facilmente,” ele respondeu.
A dupla ficou surpresa, mas Demetra sorriu. ”Nada mal, bonitão, mas eu adoraria ter ajudado você.”
”Talvez na próxima vez?”
”Com certeza.”
Depois disso, os três se acomodaram em um silêncio confortável enquanto esperavam pelo café da manhã. Keomi, de pé perto do pequeno fogão, chamou por cima do ombro com um sorriso confiante. ”Está quase pronto, só mais alguns minutos!”
O rico aroma de especiarias crepitantes, pão recém-assado e algo doce e quente começou a preencher o ar, permeando a sala e despertando seus apetites. À medida que o aroma se intensificava, Archer se mexeu em seu assento, e de repente seu estômago emitiu um alto e inconfundível ronco.
Aeris virou-se para ele com um sorriso, levantando uma sobrancelha com diversão brincalhona. ”Bem, bem,” ela provocou, cutucando-o levemente com o cotovelo. ”Parece que alguém está morrendo de fome. Não comeu o suficiente na noite passada, ou estava muito distraído?”
Archer revirou os olhos, mas não conseguiu suprimir um sorriso tímido. ”Culpe Keomi. É ela que faz a comida cheirar como se viesse dos deuses.”
Da cozinha, Keomi riu, claramente satisfeita. ”Lisonjas não farão cozinhar mais rápido,” ela chamou. ”Mas pode te render uma fatia extra.”
Mais alguns minutos se passaram, preenchidos com o suave tilintar da cozinha e o ocasional farfalhar de tecido enquanto Aeris ajustava o cobertor sobre a mesa. A luz da manhã filtrava-se pelas persianas, lançando listras douradas pelo chão, e o aroma do café da manhã só se tornava mais irresistível.
Finalmente, Keomi se virou com um aceno de satisfação, limpando as mãos em um pano. ”Certo,” ela disse, colocando uma bandeja na mesa. ”O café da manhã está servido.”
A bandeja estava cheia de pão achatado dourado, uma panela fumegante de ensopado temperado, frutas fatiadas e um pequeno prato de nozes cobertas de mel. Os olhos de Aeris brilharam, e Archer não perdeu tempo em pegar um prato, embora não antes de Keomi brincar, afastando sua mão.
”Paciência,” ela disse com severidade fingida. ”Primeiro as damas.”