Uma jornada que mudou o mundo. - Capítulo 1488
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Capítulo 1488: Meu Mundo Inteiro
Archer foi afetado pela fofura da menininha, suas pequenas orelhas de gato brancas tremiam enquanto seus olhos nunca o deixavam. Um sorriso apareceu em seu rosto enquanto ele se apresentava. ”Olá, Evelyn Wyldheart. Sou seu pai, é bom que você finalmente esteja aqui.”
Nesse momento, ela inclinou a cabeça e soltou um balbuciar enquanto Leira falava com uma voz exausta enquanto Chloe, Ella e Edith cuidavam dela. ”Você pode limpar sua pelagem, por favor? É o trabalho do pai fazer isso quando um gatinho nasce.”
Quando ele ouviu isso, seus olhos brilharam assim que uma parteira apareceu com uma tigela de água quente e um pano. A mulher mais velha comentou. ”Magia não funciona, mestre. Nós, garotas gato, precisamos de contato, especialmente os pequenos, pois isso os faz se sentirem confortáveis.”
Seu olhar baixou, e ele notou o rabo de gato cinza da mulher, fazendo-o acenar com a cabeça. ”Ok, vou limpar o rabo e as orelhas dela, está bem?”
”Sim, mestre,” ela respondeu calorosamente.
Em seguida, Archer se moveu para a tigela segurando Evelyn, que estava olhando para suas orelhas tremulantes, fazendo-o sorrir enquanto falava. ”Gostou das minhas orelhas, mocinha? E que tal isto?”
Com um único pensamento, quatro chifres apareceram em sua cabeça, fazendo os olhos do bebê se arregalarem de surpresa antes dela começar a balbuciar de felicidade. Ele riu e os fez desaparecer enquanto fazia cócegas em sua barriga.
”Eve, você sabia que eu também tenho um rabo?” ele disse com um brilho brincalhão nos olhos, sua voz calorosa com afeto.
Um momento depois, seu rabo se desenrolou e com um movimento gentil, quase terno, envolveu o bebê, embalando-a em um abraço reconfortante. Enquanto ele se movia para preparar os sabonetes que a parteira havia organizado.
Cinco minutos depois, as mãos fortes de Archer levantaram gentilmente Evelyn, sua filha recém-nascida, em seus braços. Sua pequena forma, envolta em um cobertor macio, aninhou-se perfeitamente contra seu peito, seus olhos brilhantes cheios de curiosidade.
”Eve, você ficará bem, então não se preocupe com o que vem a seguir,” ele murmurou, sua voz um murmúrio baixo e suave que parecia se misturar com o leve canto dos pássaros lá fora.
Archer mergulhou um pano macio na água, deixando o calor penetrar antes de levá-lo às suas bochechas rosadas. Com o toque mais suave, ele limpou os vestígios de seu nascimento, cada golpe cuidadoso, como se ele estivesse lidando com o tesouro mais precioso do mundo.
As orelhas felpudas de gato branco de Evelyn, delicadas e aveludadas, mexiam-se de brincadeira enquanto Archer movia o pano até elas. Ele riu suavemente, seu coração se enchendo ao ver suas pequenas orelhas, tão parecidas com as da mãe dela, brilhando levemente à luz.
”Vamos limpar essas orelhinhas suas,” ele sussurrou, seu tom cheio de adoração.
O pano úmido deslizou sobre a pelagem macia, e Evelyn soltou uma risada encantada, suas mãos pequeninas acenando no ar como se tentassem capturar a sensação. Sua risada encheu a sala, envolvendo Archer com um calor que rivaliza com os raios do sol.
Em seguida, ele direcionou sua atenção para o rabo branco felpudo dela, que se agitava de um lado para o outro com vida própria. Ele mergulhou os dedos na água, deixando algumas gotas caírem sobre a pelagem macia do rabo, observando enquanto elas brilhavam como pequenas joias.
Com uma mão gentil, ele deslizou o pano úmido ao longo do comprimento do rabo, tomando cuidado para não puxar ou assustá-la. Evelyn se remexeu, suas risadas crescendo, uma cascata borbulhante de alegria que fez os olhos de Archer enrugarem-se em um sorriso.
”Ah, você gostou disso, não foi?” ele provocou brincalhão enquanto se inclinava para pressionar um beijo suave em sua testa.
A sala estava cheia com o aroma de lavanda e o som suave da água, misturando-se com os murmúrios felizes de Evelyn e os murmúrios ternos de Archer. Lá fora, o mundo seguia em frente, mas neste momento, eram apenas os dois, pai e filha, unidos pelo amor em uma dança tranquila e perfeita de cuidado e afeto.
Ao terminar, Archer envolveu Evelyn em uma toalha limpa e quente, embalando-a de perto, suas orelhas felpudas fazendo cócegas em seu queixo. ”Toda limpinha, minha pequena gata,” ele sussurrou, seu coração cheio, sabendo que esses momentos ficariam gravados em sua memória para sempre.
***
A respiração de Leira ficou presa ao ver a cena se desenrolar diante dela. A luz do fim da tarde esparramava-se pela janela, lançando um brilho caloroso pela sala, onde Archer estava ajoelhado ao lado de uma pequena bacia, seus ombros largos curvados de ternura.
Em seus braços estava a filha deles, Evelyn, aninhada contra ele como se fosse a coisa mais frágil e preciosa que existe. O coração dela se agitou, um suave aperto florescendo em seu peito ao ver seu marido, seu feroz Archer, em uma luz que ela nunca havia vislumbrado antes.
As mãos de Archer, tão acostumadas a lutar e matar, se moviam com uma gentileza que parecia quase reverente. Seus olhos seguiam enquanto ele mergulhava um pano na água, seus movimentos lentos, como se cada toque fosse um voto de proteção.
As orelhas de Evelyn se mexeram quando ele passou o pano sobre elas, e sua risada aguda encheu o ar, brilhante e sem restrições. Sua risada baixa seguiu, um som tão caloroso e desarmado que Leira sentiu seus lábios se curvarem em um sorriso, seus olhos se enchendo de uma emoção inesperada.
Ela conhecia Archer como um guerreiro, um homem com muitos defeitos, mas uma força silenciosa, seu coração guardado atrás de paredes construídas por anos de sobrevivência. Mas ali, com Evelyn, essas paredes pareciam desmoronar.
Seu rosto suavizou quando ele se inclinou para murmurar algo para a filha enquanto ela ouvia atentamente, sua voz baixa demais para que ela entendesse as palavras, mas o tom era inconfundível, puro amor não filtrado.
Ela observou o rabo de Evelyn se mexer de forma brincalhona, e Archer o pegou gentilmente, alisando-o com o pano enquanto mais uma explosão de sua risada ecoava pela sala. Ele sorriu, um sorriso juvenil que transformou seus traços rudes, e sua respiração falhou ao vê-lo.
“Caramba, ser pai o tornou ainda melhor”, ela pensou.
Leira nunca o tinha visto assim, tão aberto, tão completamente devotado, exceto quando ele fazia amor com elas. A forma como ele segurava o bebê, como se ela fosse tanto sua âncora quanto seu céu, revelava uma profundidade nele que ela não tinha percebido completamente.
Era como se a paternidade tivesse desbloqueado uma parte oculta de sua alma, uma que irradiava calor e paciência, um lado que equilibrava o guerreiro que ela conhecia com um homem que podia embalar uma criança com infinito cuidado.
Evelyn murmurou, suas pequenas mãos alcançando seu rosto, e ele riu novamente, deixando-a acariciar sua bochecha enquanto terminava de limpá-la. Ele a envolveu em uma toalha macia, levantando-a até seu peito, onde ela se aninhou contente, suas orelhas brancas roçando em seu queixo.
O coração de Leira se encheu, um orgulho silencioso misturado com seu amor por ambos. Ela sempre soube que Archer era forte, mas era um tipo diferente de força, uma que a fez se apaixonar por ele novamente.
Quando Archer pressionou um beijo na testa da filha, seus olhos suaves com adoração, ela sentiu uma lágrima escorrer por sua bochecha e a limpou rapidamente, não querendo quebrar o encanto do momento.
Por enquanto, ela estava satisfeita em assistir, em presenciar esse novo lado de seu esposo se desdobrar bem na sua frente, um lado que a fez acreditar na beleza de sua pequena família ainda mais profundamente do que antes.
Justo então, Ella a cutucou enquanto sussurrava. ”Arch mudou graças aos bebês, percebi isso com o nascimento de Freya. Ele acalmou-se.”
***
“Você está certa, El,” Archer disse antes de se virar. ”Conhecer esses quatro anjos foi um presente maior do que qualquer coisa na minha vida.”
Quando Chloe ouviu isso, um grande sorriso apareceu em seu rosto cansado. ”Pelo menos você as ama; a maioria dos nobres brasileiros não se importava com suas filhas.”
“Minhas filhas são o meu mundo inteiro,” ele respondeu, cortando a sala como uma lâmina forjada no amor. ”Não me importo nem um pouco com a forma como os outros criam seus filhos ou com o que o mundo além dessas paredes pensa.”
Archer lançou um olhar para a pequena garota gato que estava balbuciando antes de continuar. ”Minhas meninas, Freya, Neoma, Kela e agora Evelyn, elas saberão que são valorizadas. Eu derrubaria as estrelas, cruzaria qualquer abismo ou enfrentaria qualquer tempestade para vê-las seguras e felizes. Elas crescerão sabendo que seu pai daria tudo por elas, sem dúvida, sem hesitação.”
Suas palavras, cruas e não polidas, mas cheias de devoção, pareciam tecer um feitiço sobre a sala. As mulheres, seus rostos marcados pelas linhas de sabedoria arduamente conquistada, sentiram a tensão em seus ombros diminuir.
Sorrisos floresceram, hesitantes no início, depois radiantes, como se sua promessa tivesse acendido uma centelha de esperança em seus corações. Uma parteira idosa com cabelos com mechas de prata inclinou-se para frente, seus olhos brilhando com aprovação, enquanto outra juntou as mãos, sua expressão suavizada pelo calor de seu voto.
Archer entregou Evelyn com um sorriso encantador. ”Ela está com fome e quer um tempo com você, meu amor,” ele revelou.
Leira olhou para ele e notou o bebê olhando para ela com um olhar de amor em seus grandes olhos felinos verdes.