Uma jornada que mudou o mundo. - Capítulo 1399

Capítulo 1399: Eu Me Pergunto o Que Há Além do Muro

Javen rapidamente concordou com os olhos arregalados, mas Archer não havia terminado e tirou cento e cinquenta mil ouro. Ele entregou ao homem-leão dentro de um anel forte. ”Aqui está dinheiro suficiente para trabalhar por cinco mil dias seguidos. Você responderá a mim e somente a mim, também me reportará sobre quaisquer minas.”

O leão mais velho ficou pálido ao pegar o anel. ”Tem certeza, meu senhor? Isso é muito ouro,” ele questionou.

Archer o dispensou com um sorriso confiante. ”É uma gota no oceano para mim, mas é tudo para você. Agora encontre-me um líder que possa administrar este lugar enquanto eu vou construir sua mansão em Draconia.”

Javen assentiu antes de sair apressado, seguido por outros leões. Enquanto isso acontecia, ele lançou Purificar sobre todo o acampamento para garantir que todos estivessem limpos. ‘Eles terão sua dignidade de volta, junto com suas vidas.’

Depois disso, ele se teleportou para uma parte sul de Draconia que era habitada pela nobreza, que era muito diferente em comparação com a do continente, pois ajudavam o império a se fortalecer.

Archer começou a olhar ao redor até encontrar um lugar tranquilo à beira de um rio, onde ele construiu uma mansão de tamanho decente cercada por um muro alto. Enquanto construía isso, ele enviou uma mensagem para Aisha pedindo que enviasse a Guarda do Lar para defender a família e a casa do homem-leão.

A mulher Parente de Dragão rapidamente concordou antes de organizar isso. Ele ficou satisfeito e agradeceu a ela enquanto voltava a criar a nova casa de Javen. Depois de se concentrar por cinco minutos, ele terminou e voltou para o Domínio.

Uma vez que reapareceu na casa cercada para os desabrigados Avidianos, notou que muitos deles estavam celebrando com grandes sorrisos. Eles haviam encontrado a cerveja (ale) que ele lhes deu antes de o leão mais velho se aproximar com uma horda de crianças e algumas mulheres seguindo atrás.

Eles pararam na frente de Archer e se ajoelharam enquanto faziam um Juramento de Mana de lealdade. Isso o surpreendeu, mas ele aceitou. Momentos depois, Javen falou. ”Estas são minhas esposas, Tasha, Margaret e Alexandra.”

”Prazer em conhecer todas vocês,” ele cumprimentou as três mulheres, que coraram, fazendo-o pensar. ‘Oh droga, não quero encantá-las!’

Depois disso, ele usou Manipulação de Mana para cortá-las, o que fez as mulheres balançarem a cabeça quando ele falou com o homem mais velho. ”Sua casa está completa, mas não há necessidade de trabalhar imediatamente.”

Quando a família leão ouviu isso, eles se animaram, levando-o a abrir um Portal de volta para o mundo real. Ele os guiou, e o grupo apareceu no jardim de sua nova casa, fazendo as crianças ficarem imóveis na cena.

”Vão explorar o lugar,” Archer disse às crianças. ”Vocês estarão seguros aqui, os nobres ao redor são acolhedores.”

Javen ficou chocado com a visão à sua frente, fazendo seus olhos se arregalarem de surpresa. A mansão era uma construção típica Avidiana que se assemelhava a uma vila romana de dois andares da Terra, e as crianças corriam pelo jardim.

As três mulheres estavam admirando o jardim assim como o homem mais velho. Archer riu da reação deles e informou os quatro. ”Há uma cidade na estrada, vocês podem comprar tudo o que precisam.”

Quando o homem-leão ouviu isso, ele assentiu, assim como seus olhos se arregalaram. ”Encontrei alguém para administrar o acampamento de volta naquele lugar.”

Archer riu enquanto abria um Portal de volta para o Domínio, e os dois passaram por ele. As pessoas ali estavam em pânico e tentando acumular comida até que ele soltou um rugido alto.

Ele enviou sua Criatura Sombria para pegar tudo de volta enquanto avisava as pessoas. ”Eu trouxe vocês aqui para sair das ruas e parar de sofrer, agora comportem-se como Draconianos adequados ou serei forçado a punir cada um de vocês.”

Quando a multidão ouviu isso, eles recuaram, apenas um estranho apareceu com cabelos grisalhos e um par de orelhas de urso no topo da cabeça. Isso chamou a atenção de Archer, mas o leão rapidamente cumprimentou o recém-chegado.

”Benson! Justo o homem que eu estava procurando,” Javen rugiu.

”Cale a boca, Jav,” o homem-urso respondeu. ”Além disso, o que está errado?”

Archer observou enquanto Javen ia para o lado com Benson e começava a conversar como duas velhas, o que o divertiu. Enquanto isso acontecia, ele limpava o lugar antes de trazer mais comida.

Dez minutos se passaram e Javen voltou com o outro homem atrás dele enquanto falava. ”Eu serei o líder deste lugar, a maioria das pessoas me ouve, mas aqueles que não, eu vou bater neles.”

”Muito bem,” ele respondeu antes de revelar. ”Os cidadãos aqui serão os primeiros nas cidades flutuantes, mas terão que fazer um Juramento de Mana para não me trair nem ao império.”

Benson assentiu com um sorriso honesto. ”Que tal começarmos agora, meu senhor? Considere que todos estão limpos, alimentados, e ficarão aquecidos esta noite graças às tendas.”

Archer concordou enquanto os dois homens começaram a reunir as pessoas que felizmente fizeram o Juramento de Mana antes de seguir com seus afazeres. Uma vez que isso foi concluído, ele deu ao líder dos novos Draconianos um dispositivo para contatá-lo caso precisassem de algo.

O homem mais velho concordou, o que o levou a se teletransportar para a Oficina Ironfoor para ver Dellah sobre as cidades flutuantes. Enquanto fazia isso, um grupo de crianças no Domínio ia causar problemas.

***

”Asha!” um garoto gritou depois de procurar em uma tenda. ”As camas são tão macias e há uma coisa que queima madeira para mantermos aquecidos à noite.”

A jovem garota virou-se para seu irmão de cabelos castanhos, Asta. Ela balançou a cabeça com um sorriso, sugerindo. ”Devemos verificar o rio com Dustin e Cirella, aparentemente peixes bonitos nadando por ele.”

Depois de conversarem, os dois se apressaram, com seus pais ocupados com o Líder Benson, o misterioso homem de cabelos brancos escolhido como supervisor deste estranho mundo em que se encontram.

Depois disso, os irmãos foram encontrar seus amigos que estavam na beira de um rio, olhando para ele. Os dois irmãos correram até a beira da água cristalina com seus amigos, suas risadas ecoando pela tarde quente.

Eles se ajoelharam na grama macia, olhos arregalados enquanto os peixes passavam rapidamente sob a superfície. Escamas cintilantes de safira, carmesim e esmeralda brilhavam sob o sol, tecendo-se por plantas aquáticas ondulantes.

Um peixe, com suas barbatanas tremulando como chamas douradas, espiralou em torno de um aglomerado de bolhas, fazendo Asha ofegar e apontar. ”Olhe aquele!” ela exclamou.

Asta inclinou-se mais próximo, sorrindo enquanto um cardume de pequenos peixes ametistas passou rapidamente em perfeita união. Seus amigos, cada um, avistou um novo favorito entre a exibição deslumbrante. O lago parecia vivo com cores, um mundo oculto de beleza que mantinha as crianças encantadas.

Ele parou à beira do rio, seu olhar sendo atraído para cima quando uma sombra esvoaçou pelo céu. Sua respiração foi interrompida pela visão de enormes águias deslizando acima, com envergaduras que se estendiam mais largas do que qualquer pássaro que ele já havia visto, penas reluzindo como bronze polido.

Elas planavam em silêncio fantasmagórico, seus olhos afiados escaneando a terra abaixo. Um arrepio percorreu seu corpo, não por causa da brisa, mas por um instinto profundo que sussurrava que aquele não era um mundo comum.

O tamanho e a quantidade imensa das águias, movendo-se com propósito, pareciam alienígenas, como se as regras da natureza ali se curvassem de maneiras que ele ainda não conseguia compreender. Ele ficou congelado, observando-as desaparecer além do horizonte, seu coração batendo forte com a certeza de que este lugar era muito mais estranho do que ele havia imaginado.

”Este lugar é estranho,” comentou seu amigo Rev enquanto apontava para a distância. ”Eu me pergunto o que há além do muro.”

”Devemos escalá-lo!” Lev disse com um sorriso animado. ”É o que costumávamos fazer de volta na aldeia. Eu adoro escalar.”

Asta e Asha rapidamente concordaram, levando as quatro crianças a correrem em direção à parede de pedra e começarem a subi-la. Rev ficou chocado antes de revelar. ”Aparentemente, o Diabo Branco construiu isso sozinho. Como alguém pode fazer tal coisa?”

”Bem, ele é favorecido pelos Deuses do Mal, então tenho certeza de que eles lhe dão seu poder,” Asha respondeu enquanto todos começaram a escalar.

Escalando o muro de fronteira, as crianças estremeceram quando o trovão estrondou acima, Rev e Lev soltando gritos assustados. A voz de Asta ecoou, firme e urgente. ”Continue escalando! Estamos quase lá!”

”É outra Tempestade de Mana! Os adultos vão se sentir mal de novo!” Rev respondeu.

Depois de dez minutos extenuantes de escalada, eles se puxaram sobre a última borda do muro de fronteira, suas respirações ofegantes, mas triunfantes. Asta, Rev, Lev, e os outros ficaram no topo da pedra desgastada, olhos se arregalando para o mundo selvagem que se estendia diante deles.

Uma colcha de retalhos de paisagens estendia-se até o horizonte: densas selvas esmeraldas pulsavam com vida, seus dosséis balançando na brisa; savanas reluziam sob o sol, pontilhadas com bestas pastando.

Montanhas escarpadas erguiam-se ao longe, seus picos envoltos em névoa, e rios cintilantes esculpiam caminhos através de colinas ondulantes de flores silvestres.