Uma jornada que mudou o mundo. - Capítulo 1231

Capítulo 1231: Você pode se juntar a mim, Leira?

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‘Parece que eles estavam indo direto para a colina onde Ashoka estava,’ ele pensou enquanto passavam pela floresta escura.

Archer estava na estrada enquanto via os rastros das legiões e os seguia até alcançarem uma densa área de floresta que se estendia por quilômetros. Enquanto ele estudava isso, Thalion e Ravok se juntaram a ele.

Os dois homens eram alguns centímetros mais altos que ele. Ele lançou um olhar de canto para os Guardiões do Juramento. ”Por que as garotas tinham que fazer de vocês gigantes?” ele questionou com uma risada. ”Agora vocês me fazem parecer pequeno.”

Thalion começou a rir, o que fez Ravok ficar rígido, levando Archer a comentar, ”Relaxa, cara. Eu não vou te comer se você rir, Rav.”

Logo depois, o Comandante dos Guardiões do Juramento falou em um tom sério, ”Meu Rei, é prudente viajar a pé para essa terra perigosa? Por que não voar ou usar a Força Aérea?”

Archer olhou para o homem armado antes de responder, ”Porque isso seria chato. Estar aqui a pé enquanto procuro minha noiva e as legiões desaparecidas é divertido, pois não fico para trás, deixando outros fazerem isso como a maioria dos governantes faria.”

Os dois cavaleiros trocaram olhares surpresos, suas expressões estoicas vacilando por um momento. Mas foi Ravok quem quebrou o silêncio, sua voz baixa, mas cheia de um misto de admiração e incredulidade.

”Você é diferente de qualquer rei que já ouvi falar,” ele disse, suas palavras pesadas. ”A maioria é preguiçosa ou indiferente para se preocupar com seus soldados, muito distante para entender as dificuldades que enfrentamos. E ainda assim, aqui está você, dormindo nas mesmas tendas, lutando ao nosso lado como um de nós.”

”Esse sou eu, Ravok, mas vamos procurar Ashoka e as outras legiões,” ele disse enquanto os sete continuavam sua jornada.

Por metade do dia, Archer caminhou pela floresta até tropeçar no sombrio rescaldo de uma batalha. Corpos mortos de Draconianos e Soldados da Aliança cobriam o chão em meio a armas quebradas.

Enquanto Archer estava ali, seus olhos exploraram o horizonte enquanto ele pensava, ‘Parece que eles estiveram lutando contra o inimigo desde o início de sua jornada.’

O cheiro metálico de sangue pairava pesado no ar, o que o fez soltar um rosnado baixo. Conforme ele examinava a carnificina, seus olhos violetas brilhavam com um intenso e sobrenatural resplendor, uma manifestação da fúria fervilhando dentro dele.

‘Centenas estão mortos,’ ele pensou amargamente, seu olhar varrendo os guerreiros caídos. Seus punhos se cerraram enquanto ele se forçava a focar. ‘Eu os armazenarei na minha Caixa de Itens até voltarmos ao Porto da Chama.’

Archer se ajoelhou ao lado dos corpos de seus soldados caídos, sua expressão uma mistura de tristeza e determinação enquanto começava a armazená-los na sua Caixa de Itens. Sua voz era firme mas carregada de emoção enquanto ele se dirigia aos Guardiões do Juramento, que permaneciam silenciosos nas proximidades.

”Vocês sabem,” ele disse, sem olhar para eles, ”A maioria das raças morre duas vezes. Uma vez quando o ar sai de seus corpos, e outra quando a última pessoa que se lembra deles pronuncia seus nomes.”

Os cavaleiros trocaram olhares mas não disseram nada enquanto ele armazenava centenas de soldados mortos, seu silêncio cheio de respeito enquanto Archer continuava. ”Garantirei que todo Draconiano que cair em batalha seja lembrado para sempre. Quando eu conquistar o mundo, construirei monumentos pelo império para honrá-los como heróis, garantindo que não sejam esquecidos.”

Depois disso, eles continuaram em frente, apenas para encontrar mais campos de batalha a cada poucos quilômetros, o que forçou Archer a coletar todos os corpos. Milhares tinham sido mortos enquanto as forças de Crepúsculo de Fogo e Moonriver emboscavam as três legiões.

‘Fomos surpreendidos no oeste e deveríamos ter agido com mais inteligência,’ ele pensou, um lampejo de irritação cruzando seu rosto.

Ele viu muitos corpos de elfos do fogo e da água entre os campos de mortos. Enquanto estava na beira de um deles, Thalion apareceu ao seu lado, ”Meu Rei, parece que eles estavam sendo atacados a cada hora nesse ritmo.”

Archer virou-se para o cavaleiro, mas o momento foi interrompido quando uma dor dilacerante e insuportável atravessou seu corpo. Ele cambaleou, sua respiração presa enquanto a agonia irradiava de dentro, ligada inconfundivelmente a Ashoka.

‘O que está acontecendo?!’ ele pensou, sua mente disparando enquanto cerrava os dentes, lutando para manter a compostura.

Segundos depois, a dor excruciante diminuiu lentamente, deixando Archer encharcado de suor, sua testa brilhando. Quando sua mente clareou, uma visão surgiu em sua cabeça. Ele viu diante de si um enorme e sombrio pântano que se estendia em todas as direções.

Era ali que a Nona Legião lutava ferozmente contra criaturas assustadoras que pareciam emergir da própria terra. Seu coração batia no peito ao pensar em Ashoka se machucando, o que o enfurecia.

Ele não podia se dar ao luxo de esperar mais e teve uma boa ideia. Sem hesitação, Archer ergueu sua mão e convocou um enxame de Asas de Veneno que voaram pelo ar enquanto ele os comandava para correrem para o lado de Ashoka.

Então ele convocou um enxame de Formigas Pesadelo para ajudá-lo a coletar os corpos mortos e os direcionou para reunir os Draconianos caídos. As criaturas os trariam até ele, com seus números crescendo a cada momento.

Archer e os Guardiões do Juramento se deslocaram para o oeste ao longo de uma estrada comercial bem usada, uma que mercadores e viajantes frequentemente usavam para chegar aos assentamentos movimentados. ‘Vou afogar esse lugar com legiões e monstros,’ ele pensou, seu maxilar cerrado enquanto lutava contra sua raiva.

Sua mente já estava planejando os próximos passos. ‘Vou pedir que Elara, Sia e Leira tomem este lugar. A mulher gato é um gênio quando se trata de batalha.’

Enquanto caminhava, ele enviou uma mensagem a ela. ‘Pode se juntar a mim, Leira?’

‘Sim! Estou fazendo uma pausa no laboratório,’ ela respondeu antes de aparecer ao lado dele graças à tatuagem.

Archer cumprimentou a mulher de cabelos roxos com um beijo e um abraço, o que a fez sorrir. ”Olá marido, desculpe por não ter vindo te ver. O Projeto Guardiões do Juramento tem me mantido ocupada.”

”Está tudo bem, meu amor, mas preciso da sua ajuda,” ele falou enquanto examinava os arredores. ”Se eu lhe der cinco legiões e os sobreviventes das que já estão aqui. Você pode conquistar o oeste para mim?”

Quando Leira viu isso, suas orelhas de gato se contraíram enquanto sua cauda balançava de lado a lado enquanto ela pensava. Minutos depois, ela se virou para ele com um grande sorriso, ”Sim, consigo conquistar, mas vou precisar de algumas dessas criaturas.”

A mulher gato apontou para um grupo de Asas de Veneno transportando Draconianos mortos para uma clareira próxima. Archer virou-se para elas e assentiu em concordância, ”Vou lhe dar o suficiente para seja qual for o plano.”

Leira se iluminou de entusiasmo enquanto o abraçava de repente e exclamava, ”Obrigada, bonitão! Eu queria mostrar o quão boa eu sou durante esta guerra.”

Ele deu uma risada antes de retribuir o abraço, e então o casal se separou enquanto Archer abriu um Portal de volta ao quartel-general em Porto da Chama, dizendo, ”Elara está do outro lado. Fale com ela sobre tomar o oeste e ela lhe dará todas as informações.”

Depois disso, Leira atravessou o portal violeta, seus lábios pousando suavemente contra os de Archer em um beijo breve mas significativo. Enquanto o portal se fechava atrás dela, ele se virou e caminhou em direção à clareira onde as Asas de Veneno estavam colocando os corpos.

Sem hesitação, ele os enviou para a Caixa de Itens, o peso do sacrifício dos guerreiros caídos pressionando sobre ele enquanto ele se movia com propósito. Depois de garantir o último corpo, o olhar de Archer varreu o horizonte antes de sinalizar para continuarem.

Durante o dia seguinte, eles encontraram inúmeras outras cenas onde Draconianos estavam espalhados pelo chão. Ao ver isso, ele pensou enquanto sua raiva crescia, ‘Ao menos metade de uma legião morreu. Tantas pessoas morrendo contra a Aliança.’

A Caixa de Itens de Archer ficou cheia, forçando-o a armazenar os mortos no Domínio. Ele ordenou que os Guardiões do Juramento protegessem o acampamento enquanto ele entrava no portal e aparecia em uma parte vazia cercada por campos de grama.

Ele fechou os olhos e começou a criar um enorme armazém onde ele guardaria os corpos até que pudessem ser organizados. Uma vez que o edifício foi concluído, ele entrou nele e sentiu o ar frio roçar em sua pele.

‘Este lugar será perfeito para eles,’ ele pensou antes de trazer os corpos.

Quando Archer terminou, havia dezenas de milhares de soldados sem vida no chão, levando-o a murmurar para si mesmo, ”Este mundo é cruel mas também bonito. Vocês não serão esquecidos enquanto eu viver.”

Depois, ele voltou ao acampamento onde os Guardiões do Juramento patrulhavam, sua vigilância inabalável, enquanto algumas Asas de Veneno permaneciam por perto. Elas mantinham seus olhares atentos, mas não demorou para que a voz de Vivienne ecoasse em sua mente.

‘Meus filhos não encontraram mais inimigos, mas algo está matando eles no oeste,’ ela revelou.

Archer suspirou ao ouvir isso antes de responder, ‘Estamos indo nessa direção enquanto procuramos as três legiões, mas acho que elas já podem ter desaparecido a julgar por isso.’

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