Capítulo 1108: Bem-Vindo Ao Meu Mundo

Archer e Darla continuaram a conversar assim que a visão terminou, o que parecia ser apenas alguns segundos enquanto a mulher mais velha falava com um sorriso caloroso, ”Você estava apenas sonhando acordado, Arch?”

Ele balançou a cabeça antes de responder, ”Desculpe. Eu só tive uma forte dor de cabeça. Está passando agora.”

”Podemos voltar se você quiser?” ela sugeriu com um semblante preocupado.

”Está tudo bem,” Archer respondeu, mostrando um sorriso encantador. ”Ainda precisamos comer, e nossa comida já está a caminho da mesa agora.”

Logo em seguida, o garçom trouxe uma bandeja de coisas, e eles pediram dois de cada. Archer estava satisfeito com a comida, pois tudo parecia delicioso. Bolos frescos e outras sobremesas faziam seu estômago roncar.

Logo ele começou a comer um dos donuts enquanto Darla experimentava um bolo de chocolate, o que fez ela gemer ao dar uma mordida. Enquanto saboreavam a refeição, o casal começou a conversar.

”Você sabia que sua façanha com meu ex-marido fez com que ele parasse de me importunar?” ela revelou com um grande sorriso. ”Eu preciso te agradecer pelo estresse que aquele homem trouxe para a minha vida.”

Archer deu uma risada ao ouvir isso e mal se lembrava do homem, mas deu de ombros. ”Tudo bem; ele estava me incomodando, mas parece que seus filhos me odeiam,” ele disse.

Darla franziu a testa antes de concordar, ”Infelizmente, eles favoreceram o pai deles desde o divórcio. Se isso te afasta de mim, então eu entenderei.”

“Não, isso não me incomoda. Se eu for sincero, eu não me importo muito,” ele respondeu com um sorriso que acalmou a mulher mais velha.

Enquanto se acomodavam em sua refeição, o aroma dos pratos se espalhava ao redor deles, e Archer comia ansiosamente. Risadas e conversas enchiam o café, criando uma atmosfera calorosa que complementava perfeitamente o jantar deles.

Após algumas mordidas, ele se recostou na cadeira, olhando para os pratos quase vazios antes de se virar para o garçom mais próximo. ”Com licença,” ele chamou com um sorriso, ”podemos pedir mais algumas porções? Que tal o frango grelhado picante e outra rodada daqueles palitos de pão alho?”

Quando Darla ouviu isso, seus olhos verdes se arregalaram antes dela dar uma risadinha enquanto o provocava, ”Você come tanto, Arch; eu não sabia que dragões são glutões.”

Archer começou a rir ao concordar, ”Eu como mesmo. Todas as minhas mulheres me provocam por isso, mas elas cozinham felizes para mim.”

”Isso não me surpreende; eu adoraria cozinhar para você algum dia,” Darla disse com um sorriso esperançoso.

Assim que ela falou, Archer decidiu mostrar a ela o Domínio assim que terminassem de comer, ”Você gostaria de ver algo legal?”

Movida pela curiosidade, a loira inclinou a cabeça, ”Desde que não seja perigoso, eu vi o que você tem feito nas redes sociais.”

Archer deu uma risada ao ouvir isso, ”Não é, mas não se afaste e deixe meu lado, ou o bicho-papão vai te sequestrar.”

Depois disso, ele apertou a lateral dela de brincadeira, fazendo Darla dar um grito de surpresa. Ela afastou a mão dele, exclamando, ”Como você se atreve!”

Seu sorriso se alargou, e ele não pôde deixar de apertá-la novamente, e dessa vez, ela explodiu em risadas enquanto tentava impedi-lo. ”Para com isso, seu pestinha!” ela gargalhou, se contorcendo na cadeira, mas quanto mais ela ria.

Enquanto terminavam a refeição, Archer não pôde deixar de continuar suas brincadeiras, tirando onda com Darla, que o olhava com falsa irritação. Suas provocações atraíam olhares curiosos dos outros clientes; alguns assistiam com olhos arregalados, entretidos pela conversa deles.

Justo quando Archer estava prestes a dizer algo aos espectadores, ele notou que algumas pessoas tiravam fotos deles. Sua expressão mudou, pronto para reagir, mas Darla rapidamente segurou seu braço, com um sorriso brincalhão no rosto.

”Deixa eles. Eles me seguem em todos os lugares,” ela disse, revirando os olhos bem-humorada. ”Eles estão apenas interessados na vida amorosa de uma autora famosa.”

A sobrancelha de Archer se ergueu enquanto perguntava, ”Que gênero de livro você escreve? Romance que atrai milhares de garotas adolescentes?”

Darla deu uma risadinha ao revelar, ”Mais ou menos, é uma fantasia com academias de magia, romance, drama, e muita coisa que os jovens gostam hoje em dia, mas parece que os adultos também gostam.”

Eles se preparavam para sair quando o garçom apareceu com a conta que Archer pagou. Darla tentou fazer o mesmo, mas ele a dispensou, ”Eu te convidei para sair, então eu vou pagar.”

Após terminarem, eles saíram do café e assim que estavam do lado de fora, Archer pegou a mão dela delicadamente na sua. Ele os teleportou ambos para o seu Domínio. Em um instante, a cidade barulhenta desapareceu, substituída pela vasta e pacífica paisagem do seu reino.

O duo apareceu no topo da maior montanha do mundo real. Ela olhou ao redor deslumbrada, seus olhos arregalados com surpresa e admiração. A vegetação exuberante, os rios cintilantes e o céu sem fim se estendiam diante deles de uma maneira diferente de tudo o que ela tinha esperado.

— Bem-vinda ao meu mundo, Darla — disse Archer com um sorriso, observando atentamente a reação dela.

Ela balançou a cabeça em espanto, um sorriso se espalhando por seu rosto. — Isso… isso é incrível — ela murmurou, ainda absorvendo tudo.

— É — ele respondeu com um sorriso. — Este lugar é tão grande e infinito, eu ainda não vi tudo.

Quando Darla ouviu isso, seus olhos se arregalaram em choque, e ela perguntou, — Como você criou um lugar desses?

Archer levantou a mão e criou uma árvore ao lado da mulher mais velha, o que a fez soltar um grito de choque ao tocá-la. Ele explicou, — É mana. Tudo no meu mundo está impregnado nela. Neste lugar, eu posso criar tudo, exceto a vida.

— Por quê? — perguntou ela, olhando para a floresta abaixo enquanto um monstro bramia, fazendo-a se preocupar.

— Isso é além de mim — respondeu Archer. — Os deuses mexem com almas enquanto eu apenas as devoro, o que vai contra a vida, pois essa pessoa nunca reencarnará já que devoro sua essência.

Ele notou Darla o encarando enquanto ela perguntava com uma voz desconfiada, — Eu sei que você é um dragão, mas há mais em você. O que você é realmente?

Archer riu antes de revelar um braço translúcido e belo que brilhava com todas as cores diferentes, representando os elementos mágicos de Thrylos. Os olhos da mulher mais velha se arregalaram em choque ao sussurrar, — Tão bonito.

— É, mas levei anos para me acostumar — ele respondeu enquanto se virava para o Domínio. — Este lugar é o meu refúgio e o plano de contingência do meu reino caso aconteça algo com Thrylos.

Darla parecia preocupada enquanto falava, — Você acha que alguma coisa ruim vai acontecer?

Archer deu de ombros antes de pegá-la no colo ao estilo princesa, enquanto invocava suas asas e pulava do topo da montanha. A loira começou a gritar enquanto caíam até que começaram a voar pelo ar.

— Eu vou te dar um passeio antes de voltarmos para o carro — ele disse, seguindo um dos maiores rios do Domínio.

Archer voou alto acima do Domínio, carregando Darla seguramente em seus braços enquanto planavam sobre a paisagem de tirar o fôlego. Ela se agarrou a ele, seus olhos arregalados de admiração enquanto observava a vista abaixo.

Morros ondulantes se estendiam sob eles, pontilhados de flores silvestres e riachos cintilantes que brilhavam ao sol, — Olha aquilo! É tão bonito — Darla exclamou, apontando em direção a uma cachoeira distante que caía de um penhasco, sua névoa capturando a luz dourada.

Enquanto voavam, o celular dela começou a tocar, fazendo com que a mulher mais velha suspirasse enquanto atendia, — O que foi, Maria? Você sabe que estou em um encontro — disse ela.

Archer percebeu que era a filha dela reclamando e pedindo para ela voltar para casa. Darla estava prestes a dizer não até que a jovem informou que o irmão mais novo, que tinha doze anos, tinha adoecido.

Notando a preocupação em seus olhos, Archer gentilmente pegou a mão dela e, com um movimento rápido, os teleportou diretamente para o carro. A mudança repentina de cenário a assustou, mas quando ela percebeu o que aconteceu, ela olhou para ele com um sorriso agradecido.

— Obrigada — ela murmurou, alívio evidente em sua expressão enquanto subia no assento do motorista. Archer a seguiu, se acomodando confortavelmente no lado do passageiro.

Logo em seguida, Darla tranquilizou a filha dizendo que estava a caminho de casa antes de desligar o telefone com um suspiro e olhar para ele: — Desculpa por isso, Arch. As crianças estão me deixando louca.

Archer fez um gesto para desconsiderar com um sorriso caloroso. — Não se preocupe com isso; a família às vezes vem em primeiro lugar — ele disse, tranquilizador.

Ela sorriu, sua tensão se desfazendo enquanto dava a partida no carro, e eles conversaram descontraidamente durante o trajeto de volta. Quando finalmente chegaram à casa dela, Darla se virou para ele com um olhar esperançoso. — Eu vou te ver de novo?

— Sim — Archer respondeu com um aceno gentil, embora seu olhar tenha se tornado distante. — Mas posso ficar ausente por um tempo. Há… muita coisa me esperando em casa.

Darla assentiu, seus olhos amolecendo ao assimilar suas palavras. Mas então, sem hesitar, ela se inclinou e o beijou, pegando-o de surpresa. Por um instante, ele congelou, atônito, mas então sua mão encontrou a bochecha dela, e ele correspondeu ao beijo, um calor florescendo entre eles.

As mãos dela descansaram gentilmente em seu peito, e por um breve e tranquilo momento, o mundo fora do carro desapareceu.

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