Uma Companheira Para o Último Lycan - Capítulo 90
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- Capítulo 90 - 90 RHETT 90 RHETT Sua voz estava impregnada de medo e agonia
90: RHETT 90: RHETT Sua voz estava impregnada de medo e agonia. Ela tentou parecer corajosa, como se pudesse enfrentar o mundo de frente, mas Khaos podia ver através de sua fachada, onde, por trás da fera feroz que ele viu anteriormente, havia uma garotinha que passou por muitas coisas.
Ela estava assustada.
E isso o fez lembrar da pequena Zuri, que se abraçava sob o plátano no meio da noite fria.
“Eu juro, eu não sou louca.” Ela balançou a cabeça, tentando convencê-lo.
Zuri sabia que desmoronaria se Khaos dissesse a palavra. Todos ao seu redor a chamavam com esse nome até o ponto de ela acreditar neles, mas se Khaos dissesse também, ela não achava que havia volta para ela.
Se a palavra viesse da boca dele, ela sabia que era definitivo. Ela era realmente louca. Algo não estava certo com sua cabeça, assim como eles diziam.
“Eu sei.” Khaos inclinou-se e a beijou na testa. “Você não é louca.”
Zuri piscou os olhos quando ouviu isso. Ela queria ouvir novamente, mas ao mesmo tempo, ela não conseguia acreditar que havia alguém que achasse que ela não era.
Enquanto isso, Khaos se perguntava quantas vezes as pessoas ao redor dela a chamaram de louca a ponto de ela querer se agarrar desesperadamente à validação dele sobre seu próprio estado mental.
Não era a fera feroz que Khaos viu nela, como Caiden a descreveu, mas uma alma torturada, que ansiava por um toque de gentileza.
E foi isso que Khaos lhe deu. Ele cobriu seu rosto de beijos, até ela suspirar de contentamento.
“Onde fica a passagem secreta para a casa da matilha, você pode me mostrar?” Khaos perguntou, enquanto a beijava na bochecha.
“Sim.” Zuri acenou com a cabeça ansiosamente.
Zuri mal sabia que uma ‘coleira’ nem sempre era na forma de regra estrita, palavras duras e punição, mas também poderia assumir a forma de gentileza.
Com isso, Zuri levou Khaos à passagem secreta que ela havia mencionado mais cedo. Ela segurou a mão dele com força, como se não quisesse deixá-lo ir. Ele era dela.
“Meu.”
Dizia a voz em sua cabeça repetidamente. Esse sentimento forte era alarmante.
Eles não falaram sobre o que aconteceu mais cedo. Zuri não queria trazer o assunto à tona porque tinha medo que Khaos mudasse de ideia e a visse de maneira diferente, mas ela se perguntava, por que ele não fazia perguntas quando deveria ter muitas coisas para perguntar, a fim de entendê-la.
“É porque ele não se importa com você. Por que ele se importaria com essas coisas, contanto que você seja útil para ele?”
A passagem secreta ficava ao norte da fortaleza da matilha, escondida nos arbustos, você não seria capaz de encontrá-la se não olhasse cuidadosamente.
“Aqui.” Zuri e Rhett criaram essa passagem secreta para ela poder sair da casa da matilha sem o conhecimento de seu pai. Essa era a única maneira de ela ver o mundo fora de sua matilha, para conhecer e aprender muitas coisas com seu irmão.
Rhett era seu favorito e sempre seria.
Foi Zuri quem entrou primeiro seguida por Khaos, mas ela parou em seu caminho quando esse cheiro familiar a atingiu.
“Rhett?” Zuri animou-se quando notou que seu irmão estava lá. Ele a estava esperando na outra extremidade da passagem secreta.
Sem pensar duas vezes, Zuri correu em direção a ele e o abraçou, enquanto, atrás dela, Khaos parou de andar, assistindo ao reencontro dos dois irmãos em silêncio.
Esta não foi a primeira vez que Khaos viu Rhett, eles se encontraram algumas vezes antes.
Rhett era o terceiro filho do Alfa Roland com sua primeira companheira. Das informações que Khaos obteve, Rhett amava viajar e se interessava por relíquias. Ele apareceu algumas vezes nas Três Formas Mortais para observar a relíquia da Dinastia Lycana.
Não havia nada de suspeito nele, pelo menos por enquanto, além de sua relação com Lucas e o selo que ele colocou naquele informante.
“Zuri!” Rhett a abraçou e beijou sua bochecha. “Eu sabia que você usaria a passagem secreta,” ele disse com uma risada. Seus olhos se suavizaram quando viu sua irmãzinha, mas sua expressão endureceu no momento em que seus olhos pousaram em Khaos. “O que você quer aqui, alfa?” Ele puxou Zuri para trás de si, mas ela resistiu e foi para Khaos.
Um sorriso tocou os lábios de Khaos. Ele colocou sua mão em sua cintura e a puxou para mais perto.
“Esta é a ordem do rei,” Khaos disse. “Você precisa abrir os portões e se render. Alfa Roland foi punido por traição, se você continuar com esse ato, também será marcado como traidor. É melhor cooperar desta vez.”
Rhett estreitou os olhos, não para o que Khaos disse, mas pelo fato de Zuri escolher esse alfa em vez dele. Ele costumava ser a pessoa favorita dela.
“Zuri, venha aqui,” Rhett disse. Ele a chamou e ela pareceu hesitar.
“Ela está prometida a mim, acho que você deve ter conhecimento disso, sabendo que até tem seu próprio informante,” Khaos disse, e então pegou a mão de Zuri. “Vou esperar até o pôr do sol e discutiremos sua rendição.”
Rhett parecia irritado porque Zuri não o ouviu. Ela olhou para ele com pedido de desculpas e desviou o olhar, mas isso não era o que ele queria agora.
“Ou o quê? Você vai trazer uma batalha até nossa porta?”
“Você acha que pode pagar uma batalha com o guerreiro real?”
Ambos sabiam o resultado final se a situação chegasse a isso. Era óbvio que a única coisa que a Matilha River Creek tiraria disso eram baixas.
Rhett finalmente focou em Khaos, sua voz pingava com exigência quando ele falou novamente. “Silas não pode ser o alfa.”
Khaos ergueu as sobrancelhas. “Você quer ser o alfa?”
“Sim.” Sua resposta foi sólida.
Este progresso era interessante para Khaos.