Uma Companheira Para o Último Lycan - Capítulo 71

71: PENAS VERMELHAS 71: PENAS VERMELHAS O mercado negro estava localizado na ilha a qual se podia acessar a partir da Matilha River Creek. Havia um antigo píer que lhe forneceria um barco para atravessar a água.

Até agora, ninguém sabia quem era o dono da ilha e nem os três reinos se metiam com essa via. Afinal, os reais estavam envolvidos no mercado negro de uma maneira ou de outra. Eles tinham negócios aqui sob pseudônimos.

Uma vez que chegaram, foram direto para a Guilda Dinastia Dourada.

Zuri sabia sobre esta guilda, esta era uma das guildas famosas no mercado negro, mas só agora ela soube que pertencia ao Khaos.

Enquanto isso, Bryden não parecia feliz por Zuri ter aprendido mais uma coisa sobre o alfa. Na opinião dele, essa mulher sabia demais sobre eles, enquanto seu papel não era realmente importante, mas o alfa insistia em envolvê-la.

“Eu não sabia que você era o dono da Guilda Dinastia Dourada.” Zuri ergueu as sobrancelhas, enquanto caminhava com Khaos no corredor vazio da sede da Guilda. Ela se sentiu melhor após falar com ele e perceber que tudo estava em sua cabeça quando pensou que Khaos estava ignorando-a. “Não é à toa que você pode comprar dez navios. Você é carregado,” ela provocou.

Khaos riu. “Eu me torno mais atraente aos seus olhos, certo?” Ele acariciou a cabeça dela. “A este ponto, você ficará mais obcecada por mim e não poderá me escapar mesmo que quisesse.”

Zuri esticou os braços. “Eu não tenho nenhum plano de fugir de você. Mais ainda, o rei abençoou nossa união. Uma vez que o problema na Matilha River Creek estiver resolvido, teremos a nossa união.” Zuri piscou para ele. “Você não poderá me escapar mesmo que quisesse.”

“Eu acho que estamos destinados a ficar juntos.”

Mais tarde naquela noite, Zuri ficou decepcionada quando soube que Khaos dormia em um quarto diferente. Todos os seus pensamentos negativos vieram com força total. Xaden zombou dela, sua mãe a repreendeu por não conseguir segurar um homem.

Foi uma noite longa, enquanto seu corpo tremia de ansiedade.

‘Você parece uma prostituta barata, pronta para pular nele a qualquer momento.’
Era isso que sua mãe lhe dizia.

‘Você está tão pronta para abrir as pernas para ele, hein? Está tão ansiosa para ter um filho dele e brincar de família feliz juntos?’
E isso era o que Xaden lhe dizia, enquanto ele ria alto ao ver a expressão no rosto de Zuri. Naquele momento, ela decidiu que não podia esperar mais, precisava do dinheiro para comprar seu remédio.

Sem outra opção, Zuri entrou no quarto de Khaos e pegou um pouco do ouro dele, o que era suficiente para comprar o remédio de que ela precisava.

“Desculpa,” ela disse em um tom sussurrante.

Khaos não carregava muitos ouros consigo pessoalmente, mas perder dois ouros não seria um problema para ele, certo? Afinal, ele era carregado.

Mas, ela mal sabia, Khaos abriu os olhos quando ela deixou o quarto. Sua expressão era indecifrável.

Mais tarde, pela manhã, ela não conseguiu sequer terminar o café da manhã e quis ir direto a um certo local, onde ela costumava obter informações.

“Eu irei sozinha,” Zuri disse. “Me sinto mais confortável para me movimentar se estou sozinha.”

“Não é seguro para você circular sozinha pelo mercado negro,” Khaos disse, ele viu como ela só deu duas mordidas no pão e depois o colocou para baixo. As bochechas dela estavam encovadas e suas clavículas saltadas. Se ela continuasse assim, só ficaria pele e osso no dia da união deles.

“Não é a primeira vez que estou aqui,” Zuri riu e então se levantou. “Eu voltarei com boas notícias.” E sem esperar pela resposta de Khaos, ela saiu.

“Você acha que podemos confiar nela?” Bryden perguntou, ele observou as costas dela se afastando com um olhar suspeito. Ele voltou sua atenção quando Khaos se levantou. “Aonde você vai?”

“Resolva o problema aqui. Certifique-se de que os cinco navios tragam os bens de que precisamos.” Ele então saiu sem dizer mais nada depois de dar essa instrução.

O beta não estava feliz com essa situação, para dizer o mínimo. Ele não gostava quando via Khaos dar muita atenção àquela mulher. Ela poderia distraí-lo de seu plano de vida.

Não era nem difícil saber o que o alfa estava prestes a fazer. Se ele queria ficar de olho nos movimentos de Zuri e se certificar de que ela realmente iria ajudá-los a rastrear o selo dourado, ele poderia ter pedido a outra pessoa para fazer isso, em vez de ele mesmo fazer o trabalho pesado.

E Bryden estava certo. Khaos estava seguindo Zuri. Ela realmente foi ao local que disse que iria e encontrou-se com alguém que a levou para dentro de uma joalheria.

Geralmente, em um lugar como esse, uma informação poderia ser comprada e, se você tiver a conexão certa, encontraria as pessoas certas que poderiam caçar a informação que você desejava.

No entanto, Khaos nunca tinha ouvido falar desta joalheria antes. O fato de Zuri ter conexão aqui o intrigava.

Ele esperou por duas horas na tranquila viela até Zuri emergir da loja e então se afastar. Khaos havia lhe dado o dinheiro que ela precisava e não houve nada de incomum. Ela não agiu de forma suspeita, exceto pelo fato de ocasionalmente vê-la murmurar algo baixinho. Sua expressão era de irritação.

E quando Khaos pensou que ela voltaria imediatamente para a guilda, ela foi para um local diferente e isso o deixou em estado de alerta.

Ela foi para uma drogaria, mas saiu sem comprar nada e quando Khaos perguntou que remédio ela queria comprar, o dono deu de ombros.

“Nunca ouvi falar desse remédio antes. Acho que ela inventou o nome.”

“Qual o nome do remédio?”

“Penas vermelhas.”