Uma Companheira Para o Último Lycan - Capítulo 58

58: UMA VISÃO TERRÍVEL 58: UMA VISÃO TERRÍVEL Zuri nunca havia rido tanto quanto quando viu a expressão no rosto de Caiden, que agora estava contorcida em frustração. Ele parecia pronto para lutar com ela, especialmente quando ela ria.

“Pare com isso, não tem nada engraçado! É um fato! Você precisa admitir que sou muito atraente!”

“Você parece uma criança petulante agora,” disse Zuri entre risos, seu coração estava prestes a explodir de alegria. Já fazia muito tempo desde que ela provocou alguém dessa maneira, geralmente só agia assim com Rhett. Ela era próxima dele, mas depois de sua união com Xaden, ela não tinha entrado em contato com ele. “Não se preocupe, minha amiga tem um bom instinto maternal.”

“Eu não preciso disso!”

No entanto, o riso de Zuri morreu quase imediatamente quando ela o viu. Ele estava lá, não muito longe de onde ela estava, ao lado de uma das barracas, olhando para ela.

“Não!” Zuri gritou, enquanto se levantava e cambaleava para trás.

Caiden imediatamente ficou alerta, virou-se e seguiu a linha de visão de Zuri, mas ele não conseguia ver nada. Não havia ninguém ou qualquer coisa que pudesse fazer sua expressão se tornar aterrorizada em questão de segundos quando ela estava apenas rindo alegremente, provocando-o até um momento atrás.

“O que foi? O que aconteceu?” Caiden foi acalmá-la. Eles estavam chamando atenção das pessoas ao redor. No entanto, Zuri cravou sua mão quando ele tentou tocá-la.

Sangue escorreu da ferida. A ferida não era fatal, mas era profunda o suficiente para fazer Caiden sibilar.

Vendo o sangue, Zuri percebeu o que havia feito e aquela voz começou a ressoar em sua cabeça novamente, mas dessa vez, ela conseguia vê-lo. Ela viu Xaden dizendo aquelas palavras dolorosas, como se a voz viesse dele.

‘Veja? Eu te disse que você é louca.’
“Não!” Zuri cobriu seus ouvidos, ela não queria ouvir isso, mas como ela poderia parar de ouvir as vozes que vinham de sua própria cabeça?

Zuri fechou os olhos com força. Ela não sabia se estava chorando ou gritando, mas quando alguém a tocou, ela tentou se defender, até que seu cheiro a envolveu.

E quando ela abriu os olhos, ela viu aqueles lindos olhos cinzentos olhando para ela, repletos de preocupação.

“O que aconteceu?” perguntou Khaos.

Ele notou quando Caiden trouxe Zuri até aqui para limpar a mancha em seu vestido. Ele observou como ela sorriu e riu livremente. A imagem solitária dela se abraçando sob a árvore de bordo lentamente se dissipava de sua mente, mas de repente, ela gritou.

E sem que ele percebesse, Khaos tinha caminhado em direção a ela e a abraçou.

“O que aconteceu?” Khaos repetiu sua pergunta. Ele mandou Caiden buscar a carruagem. Eles iriam voltar para o palácio dele.

As pessoas estavam olhando para eles, porque Zuri estava chorando agora. Como as execuções ainda estavam acontecendo e as pessoas sabiam quem Zuri era, elas pensavam que ela estava chorando pela perda de seu companheiro e seus pais, mas vê-la nos braços de outro homem era mal visto.

Enquanto isso, Zuri não respondeu à sua pergunta, ela olhou ao redor como se estivesse tentando procurar alguém. Por instinto, Khaos fez o mesmo, mas não encontrou ninguém. Não havia ninguém suspeito o suficiente ao redor deles.

Assim que a carruagem chegou, Khaos a ajudou a entrar. Sombra também pulou na carruagem.

Quando eles já estavam dentro, Zuri não deixou Khaos ir, ela o montou e sentou no colo dele, enquanto Caiden e Gayle os levavam para longe da multidão.

Já era tarde quando chegaram ao palácio de Khaos, mas Zuri ainda não queria mudar de posição. Ela enterrou o rosto na curva de seu pescoço. Todo o seu corpo tremia.

Ele deveria ter morrido. Não havia como ele ainda estar vivo e andar livremente.

Quando ela pensava que as vozes em sua cabeça eram assustadoras o bastante, dessa vez, as vozes se manifestaram em alguém que ela não queria sequer lembrar.

Porque agora, ela não estava apenas ouvindo vozes em sua cabeça, mas também começou a ver coisas que não deveriam estar lá.

“Khaos?” Caiden bateu na porta de fora, informando que eles haviam chegado. Ele tinha certeza que Khaos sabia que eles já estavam aqui, mas o alfa ainda não havia saído.

“Você pode ir,” disse Khaos. Ele ainda estava segurando Zuri em seus braços, seu corpo todo tremendo. Sua melhor suposição era; a realidade da situação finalmente a alcançou e ela teve um colapso mental.

Essa era a única explicação razoável que Khaos conseguia pensar.

Eles ficaram dentro da carruagem por mais duas horas. Uma vez que Zuri estava calma o suficiente e levantou a cabeça, ele pôde ver que seu rosto estava tão vermelho.

“Você quer me contar o que fez você ter um colapso?” Khaos perguntou, enxugando as lágrimas das bochechas dela.

“Não.” Zuri balançou a cabeça, sua voz estava rouca e Khaos não insistiu mais no assunto.

“Vamos entrar,” disse Khaos. Ele a carregou para dentro do palácio e essa seria a segunda vez para Zuri estar aqui.

Todos os guerreiros sob Khaos haviam ouvido os rumores de que o alfa tomaria a antiga luna da matilha Blackthorne como sua luna. Eles ainda não sabiam o que sentir sobre isso, mas não estavam realmente empolgados.

Em suas mentes, seu alfa merecia algo melhor. Zuri não tinha mais nenhuma importância, seu status como filha de um traidor mancharia o nome e a imagem do alfa.

Mas é claro, nenhum deles diria algo sobre isso.

Por outro lado, Khaos levou Zuri para seu quarto e a colocou lá, mas ela não queria deixá-lo ir.

“Do que você tem medo?” Khaos não tinha escolha, senão deitar-se junto com ela.

No entanto, Zuri continuou balançando a cabeça. Khaos pensaria que ela estava louca se ela lhe contasse.