Uma Companheira Para o Último Lycan - Capítulo 55
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55: CONVERSA NO INÍCIO DA MANHÃ 55: CONVERSA NO INÍCIO DA MANHÃ “Você está bem ciente de que, por causa de sua rebeldia e sua ameaça ao Rei, ele ficou cauteloso com você, certo?” Bryden franziu a testa para o alfa, que parecia desinteressado depois de ter irritado o rei, fazendo-o esperar três horas seguidas apenas para conversar com Zuri.
Dacre deve ainda ter algum senso de autopreservação por não ter derrubado a porta do quarto de Khaos e arrastado ele para fora de lá.
Em algum momento, Khaos deve ter instilado um medo profundo nele, impedindo Dacre de ultrapassar os limites de Khaos. E o alfa estava certo, apesar de seu status de rei, ele estava receoso dele.
“Se você continuar fazendo isso, você perderá o controle sobre ele. Qual é o seu plano?”
“Ele só se tornará imprudente tentando me superar.” Khaos caminhou pelo corredor com Bryden mordiscando sua orelha, enquanto reclamava até chegarem à carruagem. “Esse tipo de pessoa é o mais fácil de manipular.”
“Mabel não concordará com essa mudança repentina nos planos.” Bryden balançou a cabeça. “Ela também não aprovará aquela mulher. Ela era a mulher de outro. Você não merece uma mulher de segunda mão.”
“É muito rico vindo de você.” Khaos lhe lançou um olhar e Bryden desviou o olhar. A companheira destinada do beta era a companheira de outra pessoa antes. Bryden literalmente matou o homem para libertá-la, pois ele abusava de sua companheira destinada, e agora eles estavam juntos com um filho a caminho.
Foi Bryden quem matou o ancião da Matilha River Creek dois anos atrás, já que sua companheira destinada era uma das diversões daquele velho bastardo.
“Você é diferente, Khaos. Você é…” Ele se interrompeu e não continuou suas palavras, enquanto o alfa entrava na carruagem. A conversa morreu assim como isso.
Agora, eles estavam esperando que Zuri terminasse sua conversa com o Rei Dacre antes que pudessem partir juntos para a cidade capital.
O sol acabara de nascer no leste, e seu calor fez com que a manhã de outono parecesse menos fria, embora fosse extremamente gelada no inverno.
Enquanto isso, no escritório de Khaos, Zuri estava de frente para o rei. Seria a primeira vez que ela o encontraria após o que aconteceu.
“Você percebe que você poderia estar com seu pai e irmão neste exato momento se não fosse por minha misericórdia?”
‘A audácia.’
‘Ele não estaria aqui se não fosse por você ter vazado as informações sobre o golpe.’
‘Ele teria sido enterrado no chão ou deixado para engasgar com seu próprio sangue.’
Zuri respirou fundo, precisava silenciar essas vozes em sua cabeça. Ela olhou para o Rei Dacre e então sorriu.
“Sim, e sou grata pelo seu julgamento sábio em reconhecer que eu não fazia parte de nada disso.”
Dacre sorriu. “Mas, você sabe que o sangue de um traidor deve ser completamente cortado, certo?”
“Neste caso, isso é questionável. Porque se o sangue precisasse ser completamente cortado…” Zuri levantou a cabeça e deu a Dacre o sorriso mais doce. “O Alfa Xaden é na verdade seu irmão.” Ela então acrescentou, enfatizando as palavras. “De sangue.”
Dacre riu quando ouviu isso. “Você é mais esperta do que eu lhe dei crédito.”
Isso não soou como um elogio aos ouvidos de Zuri, soou mais como um insulto porque ele questionava sua inteligência.
Mas, enfim… ela queria saber qual era a intenção deste rei ao chamá-la para esta reunião privada, onde havia apenas os dois.
“Você sabe por que eu a chamei aqui para conversar comigo a sós?”
“Não.”
“Me divirta.”
Zuri queria entretê-lo atacando-o como fez com aqueles dois guardas, mas é claro, ela tinha mais controle sobre seus pensamentos intrusivos do que naquela noite.
Khaos achava que ela teria um pesadelo ou algum tipo de colapso após sua primeira morte, mas como se viu, ela estava bem. E, por mais vergonhoso que parecesse, ela tinha que admitir que… ela se sentiu bastante satisfeita depois de matar aqueles guardas que queriam assediá-la. O mundo não sentiria falta deles.
“Eu não sei, talvez você precise de mim para alguma coisa.” Zuri não precisou pensar muito nisso, pois em um mundo onde as pessoas só viam os benefícios que os outros poderiam trazer e usavam uns aos outros para lucro, isso era senso comum.
Na maior parte do tempo, as interações se assemelhavam a negócios e Zuri era bastante boa nisso.
“Sim. Você está certa. Eu preciso de você para algo.” Dacre se aproximou dela e ela teve que conter seus pensamentos intrusivos.
A conversa durou quinze minutos e terminou com…
“Isso ficará entre você e eu. Você terá minha proteção. Está conseguindo entender o que estou dizendo?”
“Sim.”
Resumindo, ele queria que o acordo entre eles não fosse conhecido por ninguém, especialmente por Khaos, mas a primeira coisa que Zuri fez ao entrar na carruagem, onde Khaos a esperava, foi contar a conversa com o rei.
“Basicamente, ele quis que eu o espionasse. Muito clássico.” Seu pai havia pedido que ela fizesse o mesmo e Zuri sentia que estava passando pela mesma coisa novamente.
Khaos a olhou com diversão evidente em seus olhos. “Eu acho que ele também lhe disse para não dizer nada sobre isso para mim? Ou ele esqueceu essa parte?”
“Não. Ele me disse para não contar a uma única alma, especialmente você.”
Khaos quase riu neste ponto. “Mas, a primeira coisa que você fez foi me contar toda a conversa em detalhes.”
Zuri deu de ombros, tirou os sapatos e esticou as pernas no assento. Isso poderia ser considerado um ato inadequado. A maneira como ela se comportava era inaceitável. Mas, ela estava confortável o suficiente para fazer isso na frente de Khaos e o fato de ele não estar incomodado por isso a deixou feliz. Era um sentimento que não vinha a ela com tanta frequência.
“Em minha defesa, ele deveria ter perguntado se eu estou disposta a mudar para o lado dele, mas ele não perguntou.”