Uma Companheira Para o Último Lycan - Capítulo 49
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49: UMA FORMA DE CORTESIA 49: UMA FORMA DE CORTESIA “Isso não está certo.” Karina balançou a cabeça.
“Eu sei.”
“Isso não está certo. Eu nunca te ensinei a ser tão estúpida assim.” Karina cerrava os dentes. Ela estava tão irritada com Zuri naquele momento.
Enquanto isso, lá fora, o tumulto começava a ficar mais alto. Elas sabiam o que isso significava, mas nenhuma das duas se moveu de suas posições.
“Vou informar seu pai sobre isso”, disse Karina. Ela se virou e chamou suas empregadas para preparar uma carruagem para ela.
“É tarde demais para você fazer qualquer coisa. Você também morrerá se for ao palácio agora. Volte para a matilha River Creek e espere até que a situação se torne mais favorável.”
Karina parou de sair do quarto, ela se virou novamente para enfrentar sua filha. “Estou com meu companheiro, na vida ou na morte.”
O silêncio se estendeu entre mãe e filha, enquanto elas observavam uma miríade de emoções cintilarem nos olhos uma da outra.
“Você o ama”, Zuri finalmente concluiu.
“Ele é meu companheiro. Dediquei minha vida para estar com ele.” Karina sorriu. “Isso é o que você chama de lealdade, algo que aparentemente falhei em te ensinar.”
Depois de dizer isso, ela partiu.
“Não, mãe. Você não falhou em me ensinar sobre lealdade. Eu escolhi o homem ao qual dei minha lealdade, mas ele simplesmente não é alguém que você aprovou. É só isso.”
Zuri então saiu do quarto logo depois dela. Ela foi para o seu quarto e ficou lá até o fim da noite. Ela ouviu bestas rosnando ao longe e os sons de bestas lutando. Aparentemente, os guerreiros reais já estavam aqui e eles lutaram contra os guardas que foram deixados para trás para proteger a casa da matilha.
A resistência deles não duraria muito, já que os guardas não eram páreo para os guerreiros reais endurecidos pela batalha.
Logo depois, duas bestas encontraram Zuri. Ela ainda estava em seu quarto, sentada no chão ao lado de sua cama. Ela não resistiu quando os dois guerreiros voltaram à forma humana e a escoltaram para fora do quarto.
Ela sabia que Xaden e seu pai haviam falhado na tentativa de realizar o tão chamado golpe antes do anoitecer, mesmo antes desses guerreiros invadirem a casa da matilha e a levarem para ser presa na masmorra real.
Esta deve ser a primeira vez que Zuri está em um lugar tão sujo e desagradável assim, onde ela não podia nem mesmo se sentar sem sujar ainda mais seu vestido.
Sua mente estava vazia, ela não sabia o que pensar, mas, para seu alívio, as vozes em sua cabeça também pararam. Provavelmente, até elas tinham medo do escuro.
Cansada de ficar em pé, Zuri finalmente deslizou para baixo e abraçou seus joelhos, balançando-se para frente e para trás. Ela não sabia o que estava acontecendo lá fora ou quantos dias se passaram, tudo estava embaçado. Ela estava apenas se apegando à esperança de que Khaos não a deixaria na mão.
Ela escolheu ele, ele tinha que escolher ela também.
Zuri murmurava para se confortar, ela acariciava sua cabeça do jeito que Khaos fazia, mas não funcionava. Seu toque era simplesmente mágico e sua existência era o remédio de que Zuri precisava.
‘Ele te abandonou.’
“Não. Ele não abandonou.”
‘Você acha que ele virá te resgatar?’
“Ele virá…”
‘Você está sonhando se pensa que ele virá te buscar.’
“Ele virá… ele virá e me tirará daqui.”
‘Ninguém te quer, até sua própria mãe não gosta de você…’
Zuri não sabia o que dizer às últimas palavras. Ela observou dois guardas falando sobre ela, ela podia ouvir eles dizendo como ela era louca por falar sozinha.
Não era culpa deles que não entendiam; eles não ouviam essas vozes em suas cabeças como Zuri e, sem sua medicina, sua condição só piorava. Ela começou a ter alucinações…
Ela não tinha certeza de quanto tempo havia sido presa aqui sem saber se era dia ou noite. Ela perdeu a conta depois que os guardas trouxeram sua comida quinze vezes.
‘Viu? Ele te abandonou. Ele só te usou, assim como todos.’
‘E seu patético pequeno cérebro permitiu que ele fizesse o que quisesse.’
“Cale-se! Cale-se! CALE-SE!” Zuri perdeu o controle, ela jogou sua comida e a chutou, enquanto batia sua cabeça, tentando silenciar as vozes em sua mente. “Não fale! Não ouse falar comigo!”
Os dois guardas se olharam, confusos. Ninguém estava falando antes de Zuri começar a agir loucamente e agora, ela até destruiu o pouco que este sujo lugar poderia oferecer a ela.
***
“Eu a quero,” disse Khaos para Dacre.
Já faziam duas semanas desde que eles conseguiram capturar Xaden e Alfa Roland. O plano deles falhou miseravelmente. O golpe nem sequer demorou muito para ser contido, já que todos os seus planos foram expostos para eles verem.
Xaden e Roland ainda estavam confusos sobre quem era o traidor entre eles e mesmo que duas semanas tivessem passado, eles ainda estavam sendo torturados. Drace queria prolongar isso o máximo possível.
“De todas as mulheres que você pode ter, você quer ela? Você sabe que ela agora é rotulada como uma traidora depois do que seu companheiro e pai fizeram?”
“Ela tem crédito neste sucesso.”
“Sim, mas é porque ela estava apaixonada por você.” Dacre se inclinou para frente, seu corpo superior cruzando a mesa entre eles, enquanto falavam na sala do trono. “Me diga, o que você fez para que ela fique tão apaixonada por você assim?”
“Eu preciso perguntar a ela sobre isso.”
Dacre deu um sorriso irônico. “Tudo bem.” Ele acenou com a mão. “Você pode ficar com ela, mas ela não será a luna da sua matilha. Ela será uma ômega. Eu arranjarei sua união com a Princesa Rose logo depois que terminarmos com este problema.”
“Eu não vim aqui para pedir permissão. Eu vim informar o que estou pensando como uma forma de cortesia,” disse Khaos, enquanto se levantava. Ele parecia inacessível agora, até assustador. “E você não vai ditar com quem terei minha união.”