Uma Companheira Para o Último Lycan - Capítulo 30
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30: PALAVRAS DURAS 30: PALAVRAS DURAS “Eu não preciso de explicação, eu sei o que isso significa!” Zuri estava exasperada. “Por que eu deveria ser sua esposa?”
“Decisão de última hora e tecnicamente falando, será menos complicado se você estiver lá para participar da discussão como minha esposa.” Khaos não parecia levar isso a sério. Ele continuava folheando os poucos relatórios que Caiden lhe havia dado uma hora atrás.
Lá fora, a cidade de Lumicen estava tão movimentada como sempre. Zuri esteve aqui com seu pai um ano atrás para ajudar com seus negócios. Claro, ela sempre permaneceria nas sombras enquanto seu pai se banhava no holofote pelo sucesso dos acordos que ela garantia.
Ela pensou que Khaos faria a mesma coisa, portanto, ela não pediu mais detalhes sobre o papel dela nessa reunião, mas como se viu, ele queria empurrá-la para as ‘Linhas de Frente’. Ela não se sentia bem com esse arranjo.
“E nós vamos dormir no mesmo quarto?”
“Pessoas casadas geralmente não dormem em quartos separados, então sim.” Khaos inclinou a cabeça e aquele sorriso sarcastico retornou. “Não se preocupe, você pode pegar o sofá e eu ficarei com a cama.”
Zuri franziu o nariz quando ouviu isso. “Não deveria ser você a dormir no sofá? Um homem de verdade faria isso.”
“Eu sou uma fera, não um homem.” Ele debochou e voltou sua atenção para o relatório.
“Não ouse fazer qualquer besteira comigo.” Zuri o olhou ameaçadoramente, mas não teve o efeito que queria. Khaos simplesmente sorriu com a tentativa dela.
“Eu não vou fazer nada, até você querer que eu faça algo com você.”
Zuri revirou os olhos, depois de passar dois dias com ele, ela tinha entendido um pouco do seu caráter. Esse homem flertava tão facilmente quanto se estivesse falando sobre o tempo. Sua personalidade também mudava constantemente.
Um minuto ele poderia ser muito flertador, mas no minuto seguinte ele poderia ser muito sério, até assustador.
Eles finalmente chegaram na estalagem onde ficariam por três noites, Khaos saiu primeiro da carruagem e ajudou-a a descer.
Um homem careca os escoltou até o quarto deles. Era um quarto de casal com bastante espaço e um banheiro integrado. O quarto era dividido em três seções, uma área para refeições, uma área de estar e um quarto.
“Eu não vou dormir no sofá,” Zuri declarou. O sofá era confortável o suficiente para se dormir, mas de jeito nenhum ela iria dormir lá. Como poderia um homem deixar uma mulher dormir no sofá?
“Bem, nesse caso, você é bem-vinda a dormir na cama comigo. Não me importo em compartilhar.”
“Você é tão sem-vergonha!”
“Eu paguei por este quarto.”
O queixo de Zuri caiu, ela não podia acreditar que ele estava sendo mesquinho com ela. “Você acha que eu não posso pagar pelo meu próprio quarto?”
“Não. Porque você não trouxe nada com você. Você não tem dinheiro consigo, Luna.” Khaos pressionou os lábios para ver o quão furiosa ela estava. O rosto dela ficou vermelho, a ruborização espalhou até as pontas de suas orelhas.
Na verdade, era verdade, Zuri saiu sem levar dinheiro algum com ela. Uma das muitas coisas ruins que poderiam acontecer quando você viveu uma vida protegida era; você não prestava atenção nessas coisas simples, cruciais.
“Para onde você está indo?” Zuri perguntou quando Khaos se afastou durante a discussão.
“Eu vou tomar um banho, você quer se juntar a mim?”
Zuri ofegou com a audácia dele. Pelos visto, não era uma boa ideia aceitar o acordo dele de forma tão descuidada. Mas naquela época, quando ela estava tão envolvida em sua pequena rebelião, parecia a coisa certa a se fazer.
Agora que a empolgação havia passado, ela começou a questionar tudo.
No final, ela só podia sentar-se em silêncio. Ela foi para a varanda e olhou para a cidade lá fora. Estava cheia de vida. Ela se lembrou da primeira vez que veio aqui. Ela tinha dez anos. Um ano depois que seu pai descobriu seu talento para os negócios.
A cidade estava agitada com inúmeras atrações e por ser tão próxima ao reino vizinho, as tradições de ambos os reinos se fundiram em uma, criando uma nova tradição.
Se havia algo que seu pai era bom, era reconhecer talento quando o via. Portanto, ele havia ficado bem decepcionado que não foi um de seus filhos quem teve esse talento, mas sua única filha. Ele não podia colocar Zuri no holofote e dar-lhe o crédito porque ela era mulher.
Ele não acreditava que mulheres podiam liderar. Essa ideia não parecia certa na opinião dele.
“Bobo,” Zuri murmurou em voz baixa.
“Quem?”
Zuri levou um susto quando ouviu a voz de Khaos. Ele estava ao lado dela. Só então, ela percebeu que ele quase não tinha cheiro, a menos que você estivesse tão próximo assim. Não é à toa que ele a pegava de surpresa várias vezes.
“Você estava me xingando quando pensou que eu não podia te ouvir?”
“Eu posso te xingar na sua cara sem problemas.”
Zuri achou que tinha ido longe demais com sua resposta. Homens se ofenderiam com seu comportamento, mas ela não tinha agido como seu eu costumeiro quando estava perto dele, ainda assim ele parecia estar bem com isso.
“O quê?” Zuri perguntou quando aqueles olhos cinzentos a encararam.
“Me diga o que ele fez com você depois que viu que eu a escoltei de volta no meio da noite.”
“Nada.”
A mentira saiu facilmente. Ela nem precisou pensar sobre isso, pois estava acostumada. Mais ainda, não havia evidências. Como transmorfo, você se curaria rapidamente.
“Eu sei quando as pessoas mentem.”
“Não tem motivo para eu mentir para você, você não é importante o bastante para eu mentir para.” Lá estava ela, fazendo isso de novo. Ela não deveria ter dito isso.
Ainda assim, Khaos riu. Ele não se importava com suas palavras duras.