280: ELE ESTÁ VOLTANDO 280: ELE ESTÁ VOLTANDO Alguns dos guerreiros eram do Reino de Wolfdale. “Provavelmente você pode providenciar a volta deles aos respectivos Reinos após isso.”

Caiden estava franzindo a testa com o jeito que Gayle estava falando. “O que é? Por que eu sinto que você está indo embora? Por que não foi você que arranjou isso? Afinal, você que os trouxe pra cá.”

“Sim, eu acho que estou indo embora. Não ficarei aqui.”

“Você não vai ficar? Então, para onde está indo?”

“Voltarei para o Grande Palácio.”

As sobrancelhas de Caiden se ergueram. “Você vai voltar?” ele estava incrédulo. Ele agarrou o ombro de Gayle e olhou nos seus olhos. No momento, eles estavam cercados por tantos guerreiros enquanto os recebiam nesta matilha.

Com o quão lotado estava ao redor, Caidan então levou Gayle para um lugar mais tranquilo, para que pudessem conversar e ter um pouco de privacidade.

“O que você quer dizer com isso?” Caiden não queria lutar contra Khaos, mas isso não significava que ele apoiaria os inimigos dele também. Eles claramente haviam traído Khaos e, neste momento, Khaos nem mesmo pensava no plano deles de longa data.

Tudo estava arruinado.

“Eu sei que deve ser difícil para você entender isso, ou talvez você possa me entender.”

Caidan não disse nada e esperou que Gayle elaborasse o que ele queria dizer com o que disse.

“Eu prometi minha lealdade a Khaos e vou mantê-la.”

“Você está louco?!”

Gayle deu um sorriso malicioso. Ele parecia que ia rir. “Sabe, esse tipo de frase está bastante popular recentemente. Muita gente se chamando de louco. Provavelmente precisamos ser loucos nesta era. E sim, talvez eu seja louco por pensar que vou colocar minha lealdade em primeiro lugar.”

Caiden apertou o maxilar. Ele estreitou os olhos, sentindo-se amargurado. “Você acha que eu não sou leal a Khaos?”

“Eu nunca diria isso, eu sei que você é leal a ele, mas para mim, escolho ficar ao lado dele até o fim.”

E com isso, no dia seguinte Gayle realmente partiu para o Grande Palácio. Na verdade, foi uma viagem brutalmente difícil para ele atravessar toda a sombra e escuridão densa, já que quase caiu do penhasco algumas vezes.

Só se ele não tivesse uma boa memória e conhecesse bem o lugar, ele poderia ter acabado morto antes mesmo de demonstrar sua lealdade inabalável a Khaos.

E no momento em que ele entrou no palácio, a primeira coisa que viu foi o lycano, que estava de pé nos portões da frente. Parecia que ele já sabia da chegada dele.

“O que você está fazendo aqui?”

Essa foi a primeira pergunta que Khaos fez assim que viu Gayle andando em sua direção.

O gamma levantou as duas mãos. Parecia que ele havia voltado do inferno, já que teve que superar vários obstáculos quando teve que encontrar o Grande Palácio.

“Eu te disse que ia te matar assim que te visse.”

“Ah por favor, eu sei que você me disse isso, mas pelo menos pode me alimentar antes de me matar? Levou quase uma semana, fiquei preso naquela névoa escura e estou morrendo de fome, terminei minha comida embalada ontem. Não esperava passar dias naquela névoa e quase desmaiei de tanta fome. Você pode me matar depois de me alimentar.”

Gayle encarou Khaos, suplicando. Mas, em vez de ter pena de sua condição, o lycano se virou e voltou para o palácio.

“Zuri cozinhou algo”, disse Khaos com as costas viradas para Gayle.

“Sério? ela sabe cozinhar.” Ele correu para seguir Khaos. “Eu não sabia disso. É seguro comer? A comida é mesmo comestível?”

Eles não falaram sobre a situação deles em detalhes, mas havia esse entendimento tácito entre eles. C
Khaos sabia que Gayle havia retornado porque desejava ficar ao lado dele até o fim. E para Gayle, pelo fato de Khaos até mesmo oferecer a ‘deliciosa comida’ de Zuri, significava que ele o havia aceitado.

Já fazia mais de um mês desde que Gayle havia partido com todos os guerreiros, mas lá estava ele, um mês depois, voltando ao lugar onde a guerra começaria.

“Você tem certeza de que a carne é… uma carne de verdade?” Gayle não tinha nenhum plano de se tornar canibal ou algo do tipo…

“Eu ainda estou vivo.”

“Você sabe que isso nem é uma comparação. Você não pode ser o indicador disso, já que você é um mortal, então uma dor de barriga não vai te matar.” Gayle revirou os olhos quando Khaos não o viu. “Eu nem tenho certeza se você ainda consegue sentir dor.”

Gayle seguiu Khaos para dentro do palácio e ambos foram para a cozinha, onde ele encontrou alguns pratos com comida muito pouco interessante na mesa.

“Você come isso? Como consegue sobreviver com isso?” Gayle não conseguia entender a ideia por trás do estranho novo hobby de Zuri. Ela realmente havia terminado com suas antíteses violentas?

No entanto, quando Gayle experimentou uma mordida, descobriu que a comida não era tão ruim. Simplesmente Zuri não se esforçou para fazer a comida parecer mais apetitosa, mas o sabor dela era na verdade bom.

E então Gayle descaradamente deu outra mordida. “Eu não sei, tem algo errado comigo. Acho que é ou tenho mal gosto ou provavelmente estou tão faminto que até uma pedra parece carne deliciosa.”

Khaos usou sua sombra para bater na parte de trás da cabeça dele, o que fez com que a carne ficasse presa na sua garganta, porque este homem falava demais e não parava de reclamar.

“Khaos!” Gayle tossiu muito, enquanto tentava tirar a carne da garganta.

“Gayle?” Zuri entrou na cozinha e viu Gayle. Ela correu em sua direção e o abraçou fortemente, enquanto o gamma estava lutando pela vida.