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- Uma Companheira Para o Último Lycan
- Capítulo 263 - 263 NÃO É MEU SANGUE 263 NÃO É MEU SANGUE Gayle estava um
263: NÃO É MEU SANGUE 263: NÃO É MEU SANGUE Gayle estava um pouco chapado agora, apesar de estar dentro da tenda apenas por meia hora. Ele não entendia como Khaos conseguia ficar em um lugar assim, respirando a droga dia e noite, ficando chapado junto com Zuri.
Mas, mesmo assim, ele não mostrava qualquer sinal de que não estava no controle de si mesmo, mesmo estando chapado também.
Gayle não sabia se tinha que admirar o lycano por isso ou o quê.
“Bem, eu avisei Khaos sobre isso e ele concordou com as consequências,” Dezgar se defendeu.
“Eu ainda acho que você é um babaca pela ideia. Você não deveria ter sugerido tal coisa.”
“O quê? Está chateado comigo por causa disso?” Dezgar franziu a testa. “Eu tentei salvar a mim mesmo, tá bom? O lycano obviamente me devoraria vivo se eu não pudesse encontrar uma solução para salvar Zuri.”
Gayle rosnou para Dezgar. “Não estou. Mas agora, Khaos não está em si. Ele parece concordar com tudo o que Zuri diz.”
Khaos ainda estava tentando lidar com o fato de quase ter perdido Zuri. Esse medo foi o que o levou a agir assim e permitir que ela fizesse o que quisesse.
“Você está certo, pode-se dizer que é Zuri quem tem tomado as decisões,” Dezgar concordou com isso.
“Não deveria ser assim,” Gayle murmurou baixinho. Ambos se afastaram. Eles ainda não tinham se movido novamente, porque Zuri não estava com vontade, por isso construíram a tenda, desde a tarde.
“Não é preciso ser um gênio para dizer que na verdade é Zuri quem tem nos mandado o tempo todo.”
Gayle nada disse sobre isso. Ambos sabiam que era verdade.
O usuário de magia olhou para o gamma, que caminhava ao seu lado. “Eu sugiro que você, não diga nada sobre o que está pensando, porque no estado atual de Khaos, ele pode te matar simplesmente porque você tem esse tipo de pensamento sobre sua companheira.”
Khaos sempre ficaria ao lado de Zuri. Sua consciência culpada, o pensamento de que ele foi quem a colocou em perigo, iria impulsionar Khaos a expiar sua ação permitindo que Zuri fizesse o que quisesse.
“É, eu sei. Não precisa se preocupar com isso. Eu sei manter minha cabeça e minha boca fechadas.”
“Bom.” Dezgar entregou-lhe três folhas vermelhas. “Aqui, mastigue isso, você vai se sentir melhor.”
Gayle nem pensou duas vezes antes de mastigar as folhas. Elas tinham um ardor mas o ajudavam com o efeito colateral da droga, o que era bom, já que ele não tinha planos de ficar chapado o tempo todo.
Essa era a razão pela qual ele havia limitado seu contato com Khaos, porque toda vez que tinha que vê-lo, ele também tinha que lidar com a droga.
“Nesse ritmo, não acho que Khaos vai atacar o Grande Reino Lunar,” Dezgar disse de repente.
“Por que você pensa assim?”
“Não está muito óbvio?” Dezgar levantou as sobrancelhas, olhando para Gayle com crítica.
“O que você quer dizer?” Gayle deve ter fumado a droga tanto que até mesmo pensar claramente se tornou difícil. Levaria um tempo até que sua mente voltasse a ser aguçada.
“Você sabe que a droga veio do Grande Reino Lunar, certo? Foi trazida pelo senhor Bairone. Se eles jogarem bem suas cartas, não acho que Khaos os atacará enquanto eles fornecerem a droga para Zuri.”
Afinal, a vida de Zuri dependia disso.
Levou um tempo para Gayle entender o que Dezgar estava de fato dizendo, mas uma vez que ele entendeu, havia um medo em seus olhos.
Dezgar estava certo sobre isso. Khaos não tinha nenhum plano de atacar o Grande Reino Lunar, porque apenas aquele lugar poderia oferecer a Khaos a droga de que ele precisava para Zuri.
“Ele pode ter outro plano para ocupar o reino e controlar a distribuição da droga.”
Dezgar balançou a cabeça. “Não, eu não acho.”
“Por quê?” Gayle estava tentando ser positivo aqui.
“Como qualquer outra guerra, isso causará mortes, e não há como saber se Bairone tem outro plano para si mesmo. Ele poderia morrer na guerra, ou poderia deixar este lugar e nunca mais voltar. O que significa que a distribuição da droga seria cortada e Khaos não obteria a droga de que precisa para Zuri, isso não seria uma boa notícia para as outras pessoas.”
“Eu sei que tem sido uma má notícia todo esse tempo.” Gayle suspirou profundamente, cuspiu as folhas depois que se sentiu melhor.
E três dias depois, eles chegaram ao Grande Palácio. Estavam bem atrasados já que Zuri vinha pedindo para parar a todo momento.
Atualmente, Zuri estava se divertindo. Ela se adaptou muito rápido a esse lugar, especialmente com a liberdade que Khaos lhe dava.
A princípio, ela não parecia estranha de forma alguma. Ela simplesmente aproveitava muito o palácio porque era um grande lugar para explorar.
Mas então, as coisas começaram a ficar muito ruins.
No começo, as pessoas apenas a viam como uma usuária de drogas. Já era desconfortável ter sua rainha, a companheira do lycano, em um estado constante de chapada, mas, as coisas só pioraram a partir daí porque um dia Khaos encontrou Zuri sangrando.
“O que aconteceu com você?”
Khaos imediatamente foi até ela. Gayle também estava preocupado porque ela entrou no escritório de Khaos com sangue por todo o rosto e vestido.
“O que está acontecendo? O que houve com você?” Khaos pediu a Gayle que chamasse o curandeiro, pois sabiam que Zuri não conseguia se curar tão rápido quanto um transmorfo normal.
Podia-se dizer que ela tinha perdido a habilidade de se curar. Por isso, até um ferimento simples faria Khaos enlouquecer.
No entanto, antes que Gayle pudesse sair, Zuri estava gargalhando ao ver a reação de Khaos, ela gostava tanto da atenção que via na expressão de Khaos.
“Relaxe. Não é o meu sangue, embora.” Zuri parecia feliz.