Uma Companheira Para o Último Lycan - Capítulo 239

239: EU NÃO VOU TE MACHUCAR 239: EU NÃO VOU TE MACHUCAR [Zuri.]
Khaos chamou por ela e isso a assustou, despertando-a, pois a voz dele estava muito próxima. Ele usou o vínculo mental para alcançá-la, mas não estava muito claro. Parecia quase que Zuri tivesse ouvido errado.

Mas então, ela ouviu de novo.

[Zuri…]
A voz dele soava desesperada e indefesa. Ele só disse o nome dela, mas Zuri podia sentir muitas emoções naquilo.

Pelo som, Zuri poderia dizer que Khaos a seguira, mas ele estava muito longe, então a voz dele em sua mente estava muito baixa, se não fosse pelo fato de Zuri estar esperando para ouvi-lo, ela não o teria ouvido.

Ainda assim, ela esperava, não estar louca o suficiente para imaginar isso.

[Zuri…]
Ele estava lá. Sua voz não era um manifestar de loucura.

Depois de ouvir aquilo, Zuri tentou também se conectar através do vínculo mental. Porém, estava muito silencioso do outro lado. Ele estava muito longe. Ela não gostou disso. Ela queria ouvir a voz dele novamente e, de alguma forma, a memória dele se tornou muito distante.

Quando Zuri tentou alcançá-lo novamente, as vozes em sua cabeça causaram outra perturbação. Elas começaram a gritar com ela novamente. Ela odiava isso. Odiava o fato de que era o Xaden que estava sentado ao lado dela, e não Khaos.

Se ela tivesse que imaginar alguém, gostaria que fosse Khaos, mesmo que fosse apenas uma ilusão. No entanto, era Xaden, quem a acompanhara todo esse tempo.

O homem estava lá o tempo todo, zombando dela sobre sua situação. Ele nem sequer teve pena do fato de que Zuri estava sangrando por causa da corrente de prata.

‘Vê, você se colocou nesta situação, você se colocou neste sofrimento.’
‘Não chore.’
‘Você sabe que é você quem torna tudo mais difícil. Você se coloca no sofrimento, e eu sei que você gosta disso.’
‘Você só está tentando chamar atenção para si mesma, não é?’
‘Afinal de contas, você se excita com a dor. Eu não deveria me sentir mal quando te magoei, quando te comi, porque é assim que você gosta, certo?’
Foi o que Xaden disse para Zuri.

E enquanto ela lutava ao ter que lidar com a voz zombeteira de Xaden, a carruagem parou e Lorent entrou, aproximando-se de Zuri. Ele parecia muito furioso. Sabia que Khaos o seguira e ele não iria permitir que ele fizesse o que quisesse.

Afinal, ele era o conselheiro do rei. Uma característica que você deve ter quando é conselheiro do rei seria a habilidade para tramar, você precisa ser muito astuto.

Você poderia dizer que Lorent era como Khaos neste caso porque ele era o cérebro por trás de como o Reino operava.

“Tire a roupa,” disse ele, e Zuri riu dele.

“Tirar a minha roupa?” Ela o encarou com desdém. “Não vê que minhas mãos estão amarradas? Como espera que eu tire a roupa, estúpido?” Zuri explodiu em palavrões, enquanto olhava furiosa para ele e Xaden ria.

‘Não sou só eu que quer ver você nua.’
Zuri ignorou aquele comentário, mas Xaden a olhou com diversão e admiração, mas também com repulsa. Ele a repugnava, mas ao mesmo tempo, ele só existia em sua mente, então não havia nada que pudesse fazer a respeito.

Enquanto isso, Lorent parecia furioso. Estava enfurecido, o que o fazia respirar de forma desigual. Ele não apreciava os insultos, mas então ele não tinha tempo para mesquinharias. Foi por isso que imediatamente libertou as mãos dela da restrição com uma ameaça.

“Se você se atrever a fazer alguma gracinha, eu vou matar você. Esqueça encontrar com Khaos, você não vai encontrar mais ninguém, se tentar fugir de mim.”

Zuri ouviu isso, mas não disse nada. Esperou até que Lorent soltasse suas mãos.

“Agora tire a roupa.”

Zuri não precisava perguntar por que esse homem era tão vulgar e queria que ela tirasse as roupas. Ele deve ter querido distrair Khaos enganando-o, para que não pudessem segui-los, mas Zuri não permitiria que ele fizesse isso.

No momento em que ele soltou sua mão, ela imediatamente cravou as unhas em seus olhos. Ela atacou os olhos dele primeiro porque isso o imobilizaria. Foi o que Gayle a ensinou quando estavam em treinamento alguns meses atrás.

Funcionou, e quando Lorent estava gritando palavrões para ela, ela o chutou para longe e imediatamente saltou para fora da carruagem.

Zuri fugiu o mais rápido que pôde, pois a dor da prata a impedia de se transformar em sua besta, o que era bastante inconveniente pois poderia ser pega a qualquer momento, já que ela não tinha a habilidade de fugir mais rápido em sua condição atual.

Sua única chance era fugir deles, mas seria difícil superar os guerreiros, já que eles se transformaram em suas bestas. Para persegui-la.

Zuri correu o mais rápido que suas pernas podiam carregar, mas era apenas uma questão de tempo até que a alcançassem. Sua respiração ficou tão pesada, o ar se recusava a entrar em seus pulmões ardentes. E agora, eles já estavam aqui.

Eles a cercaram e estavam prontos para derrubá-la. Estavam prontos para matá-la por aquilo que ela fez a Lorent.

“Não! Parem!”

Lorent se transformou de volta à forma humana, impedindo-os de atacar Zuri de uma vez, já que estavam muito irritados com essa mulher.

“Eu a quero viva.” Porque, não importa o que, sua companheira ainda estava nas mãos de Khaos.

Para o aborrecimento de Zuri, os olhos de Lorent haviam cicatrizado. Ela realmente precisava tê-los vazado, em vez de apenas arranhá-los.

“Venha aqui pacificamente, Zuri. Você só está perdendo seu tempo. Eu não vou machucar você,” disse Lorent assertivamente.

“Devo ser grata por isso?” Zuri rangeu os dentes, suas mãos doíam tanto sempre que as movia. Sangue ainda gotejava no chão.