Uma Companheira Para o Último Lycan - Capítulo 164

164: PERDENDO A VISÃO 164: PERDENDO A VISÃO Se não fosse o apego que sentia por Khaos, Zuri teria feito algo horrendo contra ele. Ela não permitiria que saíssem ilesos depois do inferno pelo qual a fizeram passar. Ela se agarraria ao seu rancor e os faria sofrer da maneira como a torturaram.

No entanto, o apego que sentia por Khaos não lhe permitia fazer isso. Quase parecia um laço de parceiro e, no momento, ela estava sendo muito dependente de Khaos.

Ela não tinha mais ninguém.

No passado, teve Khaos quando traiu seu pai e Xaden, por isso, embora lhe doesse se manter ligada a ele e a traição que sentia em relação ao seu irmão fervesse seu sangue, ela estupidamente continuava se apegando a algo que conhecia, a algo com o qual estava familiarizada.

“Espero que você e todas as pessoas com você, nunca encontrem felicidade.”

Depois de dizer isso, Zuri se encolheu e adormeceu, passando o resto do dia dormindo. Ela só acordava quando precisava se aliviar com a ajuda de Khaos ou quando Khaos a ajudava a comer.

Ele não disse nada sobre o que ela disse mais cedo e Zuri não tinha energia para odiá-lo mais do que isso. Ela tinha que lidar com a escuridão e as vozes em sua mente. Ela estava cansada.

Houve uma noite, em que ela se debatia e chorava tão alto, que Khaos teve que literalmente prendê-la para impedi-la de se arranhar. O sangue manchou a cama e Khaos teve que carregá-la para outro quarto e deixar que alguém limpasse o lençol ensanguentado.

“EU TE ODEIO!” Zuri gritou com toda a força de seus pulmões, enquanto batia em Khaos, tentando arranhar seu rosto. Ela parecia louca. Ela estava louca porque as vozes em sua cabeça diziam para matá-lo. Sem Khaos, não haveria necessidade de sangue da beleza e ela não precisaria sofrer novamente. “EU VOU TE MATAR!”

No entanto, quando Khaos permitiu que suas garras se cravassem profundamente em seu peito, Zuri se assustou, imediatamente retraiu a mão e depois gemeu, sentindo-se culpada por tê-lo machucado.

Sua emoção estava em desordem. Ela pulava de uma emoção para outra, oscilando entre o desejo de matar Khaos e o sentimento de culpa por sentir isso. Isso a enlouquecia. As vozes a enlouqueciam. Ela estava louca.

“Desculpe, desculpe… Eu não queria te machucar…” Zuri se levantou às pressas, tentando tocá-lo. Ela não podia vê-lo, mas sabia que a viscosidade em seus dedos era seu sangue.

“Estou bem.” Khaos disse, sua ferida começou a cicatrizar. Ele segurou Zuri, pressionou seu rosto contra seu peito, mesmo sabendo que era arriscado, se suas emoções não estivessem estáveis e ela quisesse esfaqueá-lo novamente, ela teria acesso perfeito para arrancar seu coração.

Mesmo assim, ele não a soltou, até que ela se acalmasse, mas alguém bateu à porta. Era Gayle.

“Alfa, o rei está a caminho, ele recebeu um relatório sobre…” ele parou por um momento, procurando a palavra certa para dizer. “A confusão.”

O que ele queria dizer com a confusão eram os gritos de Zuri. Ela tinha gritado tão alto, que as pessoas podiam ouvi-la nesta casa do bando.

Ouvindo isso, Zuri levantou a cabeça, uma intenção de matar emanava de seu corpo, enquanto seus olhos mortos encaravam o vazio.

“Eu vou matá-lo. Eu vou matá-lo. Eu vou matá-lo,” ela repetia a mesma coisa várias e várias vezes.

Mas, Khaos acariciou sua cabeça e sua bochecha. Ele a levou para a cama e lhe deu um copo de água.

“Dorme, Zuri. Você precisa descansar.”

“Não quero dormir, eu vou matá-lo e todos nesta casa do bando!”

No entanto, assim que ela terminou de beber a água, o sono a envolveu e ela não conseguia pensar em mais nada. A água foi dada por Glenda, caso ela não pudesse ser controlada.

Assim que Zuri adormeceu, Khaos saiu do quarto bem a tempo de ver Dacre caminhando em sua direção.

No entanto, ele mal sabia que, quando deixou Zuri sozinha, Rhett entrou no quarto. Esta era a sua casa do bando, é claro, ele conhecia todas as portas secretas do lugar. Ele sabia como se esgueirar pela área. Esta casa era o seu playground.

Rhett se aproximou de Zuri e olhou para o rosto adormecido de sua irmã. A culpa roía sua consciência, mas ele sabia que isso tinha que ser feito.

“Espero que um dia você entenda, Zuri. Eu te amo, minha irmã, mas isso é necessário.” Rhett a envolveu no cobertor e a levou para fora do quarto. Ninguém sabia que ele tinha vindo buscá-la, ninguém sabia que Zuri tinha ido embora.

***
“Ah!” Nycta mordeu o lábio para abafar seu grito, ela segurou a borda do escritório com força enquanto Killian a penetrava por trás.

Os dois estavam no escritório do rei, era audacioso da parte deles fazer isso neste lugar, mas a emoção de serem pegos era um vício.

Às vezes, era Nycta quem iniciava, mas outras vezes era Killian que de repente a prensava contra a parede e a fodia como se ela fosse apenas uma puta que ele encontrara num bordel.

Não havia palavras trocadas entre eles, nunca falavam sobre isso depois, apenas sexo e Nycta estava gostando.

Dacre foi quem a introduziu ao sexo e agora ela queria explorar mais. Ela justificava sua ação porque em sua mente Dacre fazia o mesmo e não era como se ela estivesse traindo-o, afinal, ela estava sendo fodida pelo pai de seu bebê.

“Ah! Não… não aí…” Nycta gemeu quando sentiu o dedo de Killian em seu ânus, mas ele não se importou. Fez mesmo assim.

No entanto, de repente alguém abriu a porta.