Uma Companheira Para o Último Lycan - Capítulo 161

161: O RITUAL 161: O RITUAL Elias quase perdeu sua fé no alfa e começou a pensar que Khaos não confiava neles e não os considerava totalmente como parte de seu plano, sua futura dinastia, o futuro do reino lycano, e foi por isso que o pedido de Khaos para fazer o ritual o pegou de surpresa.

“Que tal amanhã?” Elias provou a água. Ele queria ver se o alfa se recusaria a realizar o ritual em tão curto prazo, mas para sua surpresa, ele concordou.

“Amanhã então.” Khaos assentiu e então deixou o usuário da magia. Ele sabia que Rhett e Elias estavam ansiosos com seu apego a Zuri, pensando que ele não teria coração para ver até o fim.

A fé deles em Khaos começou a vacilar e o alfa os puxou de volta, jogando-os em suas palmas. Ele não os deixava chegar perto o suficiente para confiar neles com segredos de Estado, mas mantinha-os a uma distância segura, assim ele ainda poderia usá-los quando precisasse de sua força.

“O que você vaifazer com o suprimento de comida?” Dacre perguntou, chamou Khaos para caminhar com ele, enquanto passeavam pela cidade. Alguns guerreiros reais seguiam atrás deles, mantendo as pessoas afastadas. Eles só podiam olhar para dois homens poderosos de longe e se curvavam quando eles passavam diante deles.

“Vou verificar o mercado negro, o gelo derreteu significativamente, um barco deve ser capaz de atravessá-lo.” Khaos mentiu suavemente, veio tão naturalmente como se estivesse respirando.

“E se você não encontrar nada lá?” Dacre perguntou de novo. Eles não falaram sobre a disputa que tiveram mais cedo, ou mesmo o fato de que ambos sabiam que o pobre Silas era apenas um bode expiatório porque o plano principal falhou. Havia um entendimento tácito entre eles a respeito deste assunto.

Às vezes, as pessoas tendem a fingir ignorância para não balançar o barco.

“Hm. Bom. Mas, ouvi dizer que o Grande Reino Lunar tem controle sobre todos os comerciantes.”

“Eu vou encontrar um jeito.”

Dacre riu e deu um tapinha no ombro de Khaos. “Claro que vai. Você sempre encontra um jeito, é por isso que você é o meu conselheiro.”

“Mas, aparentemente, você tem outra pessoa para aconselhá-lo.” Khaos assentiu para Rose, que se aproximou deles, de mãos dadas com duas crianças pequenas. “Por que você a trouxe aqui?”

“Nycta não pode fazer uma longa jornada por causa da gravidez e eu precisava de outra pessoa para me acompanhar.” Dacre piscou para Khaos, indicando que havia algo entre eles, mas este último sabia melhor. “Você não quer experimentá-la antes de entregá-la ao alfa Logan? Ela não é ruim.”

Khaos ainda não tinha respondido essa insinuação quando Rose já estava na frente deles com duas menininhas rindo. Elas cumprimentaram o rei e o alfa.

“Eu vou pegar a minha em três dias.” Essa foi uma palavra de despedida porque Khaos não achou que havia mais nada a dizer, mas Rose realmente o interrompeu.

“Alfa, por que não almoçamos juntos já que você está aqui?” Rose lhe deu seu melhor sorriso e seu rosto brilhou quando Khaos sorriu de volta para ela.

“Receio que terei que recusar. Zuri tem estado para baixo porque perdeu o irmão, então eu preciso estar lá para consolá-la.” Outra mentira e nenhum deles acreditou nisso porque nessa manhã eles viram Zuri tomando café da manhã bem, na verdade ela estava conversando e rindo com Gayle.

Dacre vinha perguntando por que ele tinha trocado seu gamma e Khaos simplesmente ignorou, dizendo simplesmente que Caiden não era mais capaz de fazer seu trabalho.

“Você é um companheiro perfeito, a luna Zuri deve se sentir sortuda por tê-lo como seu companheiro escolhido.”

“Sim,” disse Khaos com um sorriso inofensivo. “Ela tem me dito toda noite como ela se sente sortuda quando deitamos juntos.”

A resposta foi um tanto vulgar e o rosto de Rose ficou muito vermelho, ela gaguejou para encontrar suas palavras, mas antes que pudesse dizer alguma coisa, o alfa já tinha partido.

Na verdade, Khaos não tentou fazer qualquer insinuação, já que era verdade que eles só se deitavam juntos todas as noites.

Mas esta noite, Zuri iria se deitar sozinha, acorrentada à cama, para impedi-la de matar mais um usuário de magia, que lhe colocaria as maldições.

Eles concordaram com cinco agora, o que significava que restavam sete. Mais sete maldições e tudo terminaria.

Zuri ficaria livre da dor e começaria uma nova vida sem a memória dele ou de Rhett, ou de tudo pelo que ela passou.

Se, ela sobrevivesse…

“Está animada?” Khaos provocou Zuri, enquanto caminhavam de mãos dadas em direção à casa de Glenda, a curandeira. Eles não iriam fazer isso na capela, porque demoraria muito para chegar lá, mas fariam o ritual em um dos quartos dela.

Todos os usuários de magia já estavam lá, assim como Rhett.

Zuri ainda se recusava a falar com ele, porque tinha esse ímpeto de matá-lo ali mesmo sempre que ele estava por perto. Sua traição doía.

“Sim, muito animada, meu coração vai explodir de tanta excitação,” respondeu Zuri sarcasticamente, enquanto cerrava os lábios.

“Você perdeu a aposta. Da próxima vez, tente ganhar.”

Ouvindo isso, Zuri revirou os olhos dramaticamente. “Vamos acabar com isso”, disse ela, enquanto empurrava a porta aberta e encontrou Glenda esperando por eles, parada no meio da sala.

No entanto, não era apenas Glenda que Zuri viu, mas lá estavam Xaden, sua mãe e seu pai também. Fazia tempo que não via os três. Eles ainda olhavam para ela com decepção, mas Zuri já tinha se acostumado com isso.

‘Coitada da criança, sendo levada para uma tortura. Tão estúpida como sempre.’
‘O que eu disse sobre o homem? Você deixou ele brincar com você… você deveria saber mais.’
‘Você consegue ver? Eu sou melhor do que ele, pelo menos, eu não coloquei uma maldição em você.”