Uma Companheira Para o Último Lycan - Capítulo 135
- Home
- Uma Companheira Para o Último Lycan
- Capítulo 135 - 135 FICA DE JOELHOS 135 FICA DE JOELHOS Poucas pessoas
135: FICA DE JOELHOS 135: FICA DE JOELHOS Poucas pessoas conseguiam ler as escrituras e, por enquanto, a escritura era a única informação autêntica sobre os lycanos, já que muitas das informações relacionadas à antiga dinastia haviam sido destruídas.
“Lembro que você queria aprender sobre os lycanos.” Khaos sabia da visita dela à biblioteca para conhecer suas origens.
“Sim.” Zuri parecia tão ansiosa quando ouviu isso. Ela olhou para Khaos com animação nos olhos.
“Vem aqui.” Khaos pegou as escrituras e sentou-se em um dos bancos, enquanto Zuri o seguia e sentava-se ao lado dele, ouvindo sua lição atentamente.
O quarto estava muito silencioso e a única fonte de luz vinha das peras luminosas na parede. Zuri gostava deste lugar, ainda mais por causa da pessoa com quem passava o tempo.
Ela talvez não percebesse, mas ouvia vozes em sua cabeça cada vez menos sempre que sua mente estava ocupada com algo mais.
Eles passaram o tempo juntos lá até Zuri sentir fome.
“Devíamos ter trazido comida,” disse Khaos quando ouviu o estômago de Zuri começar a roncar. “Minha culpa por não ter pensado direito.” Ele fechou as escrituras, encerrando a lição de hoje.
***
Nycta estava inquieta, vomitou algumas vezes com o pensamento de que Dacre estava com a irmã dela agora. Seu corpo se sentia mal. O estresse não a deixava dormir à noite e ela se revirava na cama.
Sua mente estava pregando peças nela, mostrando imagens que ela não queria pensar, mas quanto mais tentava se livrar delas, mais vívidas essas imagens lascivas se tornavam.
Nycta não suportava o pensamento de que seu companheiro e sua irmã estavam em proximidade. Eles devem ter feito algo. Por que Dacre se seguraria? Ninguém o julgaria, pois ele era o rei e não era malvisto alguém com o status de Dacre ter outra mulher, especialmente quando ele estava longe de sua companheira por muito tempo.
Enquanto isso, Rose… Nycta podia ver o anseio em seus olhos. Ela queria esta posição como rainha. Após Rimera, o título deveria cair no colo dela, mas o rei escolheu uma irmã diferente.
“Odeio isso…” Nycta abriu os olhos e lágrimas de raiva caíram em sua bochecha. Ela olhou para o teto. Suas mãos não conseguiam parar de tremer porque ela estava muito chateada. Ela sabia que não seria bom para o seu bebê, mas o que mais ela poderia fazer?
No final, Nycta saiu da cama e decidiu caminhar pelo jardim, mas quando abriu a porta, ela encontrou Killian ali.
Ela tinha esquecido completamente que esse homem ainda era seu guerreiro pessoal. As coisas estavam num impasse com ele. Isso ajudava porque ele não falava muito e tornava sua presença o mais discreta possível. Ela ainda não conseguia entender como agir ao redor dele. O fato de que estava carregando o filho dele…
“Aonde você vai, rainha Nycta?” Killian perguntou ao vê-la caminhar em direção ao jardim. “Já está tarde.”
Nycta olhou por cima do ombro. Seu olhar era afiado o suficiente para fazer Killian saber que ela estava com um humor muito ruim.
“Por que você se importa?” Seu próprio companheiro nem mesmo se importava. Será que era porque ela estava tendo o filho dele? A mente de Nycta estava confundindo-a. “Seja um bom cão e fique quieto!”
Ela não pretendia ser tão dura com Killian. Obviamente, ela estava descontando sua frustração e raiva na pessoa errada.
Killian parecia magoado e furioso, mas não disse nada, enquanto a seguia para fora. Ele também não estava de bom humor. O pensamento do rei com Rose não lhe caía bem e lá estava ele, cuidando desta rainha mimada.
Ele estava tão tentado a torcer o pescoço dela.
***
A caminho da casa da matilha, Zuri estava exausta demais para andar. Ela acabara de terminar seu treinamento quando Khaos pediu para que ela o acompanhasse até a capela subterrânea.
“O que você está fazendo?” Zuri piscou os olhos quando viu Khaos ajoelhar-se à sua frente com as costas largas viradas para ela.
“Sobe. Vai ser mais rápido.” Khaos notou como Zuri desacelerou, embora ela não reclamasse de nada. Ela costumava internalizar tudo, então um desconforto leve assim não sairia de seus lábios.
“Não. Eu consigo andar.”
Khaos a convenceu mais uma vez, mas quando Zuri insistiu que estava bem para andar, ele deu de ombros e foi na frente. Desta vez, ele não diminuiu o passo para acomodá-la. Esse era o seu ritmo normal e Zuri teve dificuldades em segui-lo. Ela literalmente teve que correr para alcançá-lo.
“Tudo bem, tudo bem! Me carregue, eu não consigo mais andar!” Zuri puxou a manga dele.
“Não.”
“Como assim, não? Ei!” Zuri correu atrás dele.
“É uma oferta única, na segunda vez não é mais de graça.”
“O quê? Você vai me pedir para pagar?”
“Não, apenas me faça um favor.” Khaos parou de andar, sorriu para ela e Zuri percebeu que havia caído na armadilha dele e, ainda assim, não se importava. Ela cairia de novo com prazer.
Um favor.
Isso fez Zuri pensar em um favor que ela pediu a ele, para levá-la como sua. Ela queria ser dele e ele seria a última pessoa que ela permitiria que a usasse.
“Um favor?” Zuri inclinou a cabeça e sorriu de volta para ele de forma coquete. “Eu lhe daria mil favores se fosse você quem me pedisse. Agora, abaixe-se.”
“Abaixe-se?” Khaos olhou para ela com um sorriso maroto. “Você acabou de me pedir para me ajoelhar na sua frente?”
Zuri cruzou os braços. Ela ergueu o queixo e sorriu. “É muito pedir isso de você?”
O lycano balançou a cabeça. Seus olhos estavam cheios de diversão. “Não.” E ele se ajoelhou na frente dela.