722: O homem nu descarado. 722: O homem nu descarado. Não havia pensamentos em sua mente, exceto uma coisa: ele queria estar com ela, tão perto quanto ela o permitisse. Fosse um abraço, um beijo ou apenas compartilhar a mesma cama, ele aceitaria.

Ele voou direto para o quarto deles através de uma janela aberta. Deixar pelo menos uma janela aberta havia se tornado um hábito deles, já que essa era a entrada e saída preferida de Esong. O homem parecia ser alérgico a portas desde que adquiriu a habilidade de voar.

Quando os pés dela tocaram o chão, ela murmurou suavemente, “É a segunda vez que você está fazendo um espetáculo de nós.”

“Não posso evitar, eu simplesmente amo ver a expressão de timidez misturada com um toque de constrangimento e raiva em seu rosto.” Ele a girou e fez com que ela se virasse para encará-lo.

Lá estava, o leve rubor que era uma combinação de todas as três emoções. Ela parecia mais encantadora para ele quando estava um pouco zangada com ele.

“Isso aí, amada, a expressão da minha assustadora Susu.” ele riu.

Ela socou o peito dele levemente e fez uma careta. “Eu não sou assustadora.”

Ele baixou a cabeça e cheirou o pescoço dela. Isso não foi o suficiente, ele passou a língua por ele e o beliscou. Ele moveu a boca para a orelha direita dela e sussurrou, “Eu conheço algumas divindades que discordariam. Você é uma mulher magnífica e assustadora.”

Ele lambeu o lóbulo da orelha dela e agarrou o traseiro dela de repente. “E você é minha, toda minha.”

Ela estremeceu e o empurrou para trás. Ela ainda não tinha decidido se iria se entregar a ele ou não. Os pequenos beijos, mordiscadas e sussurros ofegantes contra a pele dela não estavam ajudando. Ele estava criando faíscas nela que eram mais quentes do que a fogueira nos campos.

“Eu sei o que você está pensando, seu homem astuto.” ela disse. As necessidades de Nyx eram bem simples e fáceis de satisfazer. Se ele estivesse com o estômago cheio e fizesse amor com ela, então ele era um homem ou ceifador feliz. Todo o resto poderia ser resolvido depois. Agora, ele estava com o estômago cheio, pois havia comido uma refeição bem grande. Restava apenas uma necessidade a satisfazer.

“Eu sou um livro aberto.” ele respondeu honestamente. Ele estalou os dedos e suas roupas desapareceram.

Ele ficou na frente dela sem vergonha e convencido, expondo-se completamente. Um sorriso astuto se formou em seu rosto e ele fez uma careta com as sobrancelhas.

Ele levantou a mão direita e ela teve a sensação de que ele estava prestes a fazer o vestido dela sumir e deixá-la tão nua quanto ele estava.

“Nem pense nisso.” ela cruzou os braços na frente do peito e advertiu.

“Não é justo apenas um de nós ficar aqui nu Susu. Devíamos ficar nus juntos. Você sabia que em alguns mundos existe um esporte onde os humanos lutam completamente nus?”

Ele riu como um idiota, despreocupadamente. Era tão difícil comparar este Nyx com o temido general que assustava tantos.

Ela gemeu e jogou a cabeça para trás. Ele havia começado a falar bobagens. Agora ela conseguia se relacionar com aquelas mulheres que se casaram com homens engraçados que inicialmente juraram que não eram o tipo delas. Ele basicamente estava rindo a caminho da calcinha dela. Ou seria ela que estava rindo a caminho dele?

“Eu não vou lutar com você completamente nua.” ela disse a ele com um sorriso sem esperança no rosto.

Ele colocou as mãos na cintura, o que automaticamente atraiu o olhar dela para baixo. O pequeno surto de crescimento pelo qual Esong havia passado causou mudanças significativas por todo o seu corpo, essa parte inclusa.

Scarlet nem sequer percebeu que seu queixo havia caído de choque e seus olhos estavam quase saindo de suas órbitas.

Ele passou uma mão pelos cabelos e sorriu com arrogância. “Impressionante, certo?” ele falou convencido. “Deveria me aproximar para que você possa observar melhor.”

Mal havia terminado suas palavras quando ele apareceu na frente dela.

Ele colocou as mãos atrás da cabeça e rodou a cintura. Com uma voz ridícula, ele disse, “Senhorita Susu, Oficial, eu fui um menino mau. Você não quer me punir esta noite?”

Scarlet passou do choque à risada novamente. Se ela o achava ridículo, provavelmente Esong estava morrendo de vergonha por assistir seu corpo fazer isso e dizer essas coisas.

“Pare com isso, é constrangedor.” ela cobriu os olhos e balançou a cabeça.

Ele estalou os dedos e se livrou do vestido e das roupas íntimas dela, deixando-a tão nua quanto ele. Ele pegou uma das mãos dela e a colocou contra seu peito.

Ele a puxou contra o corpo e estalou os dedos novamente, e a flauta dele começou a tocar. Era algo novo, não a melodia calma de sempre que a fazia relaxar e ficar sonolenta.

Eles começaram uma dança lenta, movendo-se lentamente, pele com pele. Os olhos de Scarlet estavam fechados, pois ela estava relutante em abri-los, mas a bela melodia que estava tocando a deixou curiosa.

Ela abriu os olhos e o encontrou olhando para ela. Não havia nada além de amor em seus olhos, e isso a fez tremer. Para esconder sua timidez, ela olhou para baixo e murmurou, “Você realmente não tem vergonha.”

Ele a girou lentamente e depois a levantou. Ele era mais alto do que ela e queria o peito dela pressionado contra o dele enquanto dançavam.

“Realmente não tenho vergonha, você não tem ideia de como é libertador fazer as coisas nu. Se você conseguir dominar essa arte, então você terá conquistado toda vergonha no mundo.” ele a assegurou.

“Eu não sou tão corajosa,” ela respondeu.

“Então eu vou te fazer corajosa.” ele disse a ela.

Ele a colocou de volta no chão e a girou novamente enquanto dançavam pelo quarto todo, de uma ponta a outra.

De repente ele parou e olhou nos olhos verdes dela. Ele os achava lindos e hipnotizantes como sempre. Era uma tonalidade de verde que ele só tinha visto nas sereias das águas profundas.

Muitos homens mortais haviam morrido olhando naqueles olhos. Ele não tinha dúvidas de que muitos cairiam olhando nos olhos dela também. Foi assim que a velha divindade do destino foi apagada. Ela havia olhado naqueles olhos verdes até o último momento.

Mas ele não tinha medo desses olhos, porque para ele, eles eram os olhos de sua amada, a única mulher nascida para ele.

“O quê?” ela perguntou a ele.

“Você sabia que tem os olhos mais quentes do universo?” ele respondeu.

“Quentes!” ela sussurrou.

“Eles são bonitos, hipnotizantes, deslumbrantes, sedutores, penetrantes. Eles são tudo isso e mais, mas para mim, há apenas uma palavra para descrevê-los, quentes.”

O que era melhor do que quente para descrever olhos que cuspem fogo e o fazem se ajoelhar?

Scarlet não sabia se ele estava seduzindo ela e ela não sabia se estava funcionando, mas ela sabia que queria que ele a beijasse. Este seria o primeiro beijo deles após a reunião. Assim que percebeu que estava desejando o beijo dele, ela também percebeu que havia sido seduzida de fato.

Ele estava descrevendo os olhos dela, mas o polegar dele já tinha encontrado o caminho até a boca dela. Ele roçou os lábios e os separou pouco antes de inclinar a cabeça para baixo e beijá-la.