Transmigrando de um mundo de zumbis para se tornar a esposa do rei mecha - Capítulo 632

632: A divindade antiga vs um dos bebês. 632: A divindade antiga vs um dos bebês. Quando a nave espacial finalmente chegou no espaço aéreo do planeta Xeno, Scarlet mandou Alex restabelecer as comunicações com a Estrela Sol e a Estrela Azul. Então ela contatou a princesa Carana para informá-la de sua presença. Uma nave desconhecida poderia facilmente ser confundida com uma inimiga e ser abatida.

Pensando nisso agora, Scarlet percebeu que eles não encontraram nenhum perigo nesta viagem, nem mesmo piratas espaciais.

“Huh!” ela disse suavemente, maravilhada. Viajar com uma divindade realmente tinha suas vantagens. Ela se levantou cuidadosamente da cadeira e esticou as pernas e os braços. Sua intenção era tomar um banho e se vestir.

Ela havia descansado apenas por trinta minutos até agora e queria parecer apresentável quando finalmente encontrassem os reais de Xeno.

“Alex, abra as cápsulas de sono e acorde todos.” ela instruiu a IA.

Ela deu dois passos e tropeçou um pouco, o que a fez se segurar na cadeira próxima. O que ela precisava agora era do leite da Lythia. Sempre restaurava sua energia mais rapidamente que qualquer coisa.

“Eu posso te carregar nas costas.” Severus lhe disse.

Ela balançou a cabeça. Se ela conseguia passar cinco dias sem descanso, apenas lutando, então ela poderia andar com suas próprias pernas. Scarlet estava determinada a ser forte em todos os aspectos e não depender desnecessariamente da matilha quando se tratava de coisas simples.

“Você está grávida, seu corpo está mais pesado. Olhe como seus olhos afundaram nas órbitas. As crianças estão sugando cada vez mais sua energia. Acabou a água de rejuvenescimento.” ele reclamou.

“Eu estou bem, Severus.” ela disse fracamente.

“Apheitos se foi, eu vou ao submundo agora mesmo ver Lythia. Não vai fazer bem às crianças se você desmaiar. Você não pode protegê-las se não pode proteger a si mesma.”

Ele se teleportou sem esperar por uma resposta dela.

A divindade Apheitos basicamente declarou seu treinamento concluído apenas uma semana e dois dias antes do prazo que ele lhe deu. Ela teria que continuar treinando por conta própria. Ele apagou toda a memória de sua existência das mentes dos humanos para o caso de outras divindades tentarem ler suas mentes. Severus compartilhou os poderes do pingente que protegia os pensamentos e a mente da Scarlet deles. A menos que Scarlet ou Severus falassem voluntariamente, ninguém saberia o que eles estiveram fazendo.

Lentamente, como uma velha com dor nas costas, Scarlet fez seu caminho para o quarto e entrou na banheira.

“Alex, mande um mordomo robô para me dar um banho.” ela falou roucamente.

Apesar de ter posse de uma maravilhosa chama verde, ela estava combatendo um calafrio. Ela não conseguia lembrar a última vez que teve febre, mas isso certamente parecia uma. O corpo humano que ela estava habitando ainda era muito humano e poderia adoecer quando sobrecarregado. Seus olhos estavam pesados e além de cansados, então ela os fechou. Sua respiração desacelerou e ela adormeceu.

Não foi Lythia quem a encontrou primeiro, mas o velho deus. Com toda a teleportação que ela havia feito ultimamente, não foi difícil para aqueles que a rastreavam finalmente localizar sua posição.

Ela só tinha dormido por cerca de dez minutos quando ele apareceu.

Devido à condição debilitada em que se encontrava, ela estava completamente inconsciente de sua presença.

Ele pretendia levá-la de volta com ele para o submundo, para seu palácio onde ela permaneceria até dar à luz.

Quando ele usou seu poder para levantá-la da banheira, uma luz brilhante foi emitida dela e formou uma barreira ao seu redor, que impedia seus poderes de alcançá-la.

Por exatamente cinco segundos, o velho deus congelou. Não era certamente o poder da Scarlet, disso ele sabia. Estava vindo de uma das crianças. Era a mesma energia emitida pelos anjos da vida.

“O poder da vida.” ele murmurou.

A criança que o destino queria, a criança da vida e da morte. Esta era a mais poderosa de todas as cinco crianças e aparentemente a mais dominante e protetora.

Um traço de desprazer cruzou o rosto do velho deus. Ele sussurrou no ar, “Você é uma criança da morte, você não deveria usar os poderes da vida. Nós somos iguais, você e eu. Você deveria ser como nós, como sua mãe e pai. Todos nós pertencemos ao mundo da morte. Não tente ser diferente.”

Lythia se teleportou naquele momento e ouviu sua última frase. Ela sentiu o poder da vida assim como o velho deus, mas não reagiu como ele. Esta já era a realidade e não poderia ser mudada.

Imediatamente ela começou a advertir o velho deus a parar seus planos. “Pare de sussurrar esses pensamentos à criança. Isso é o que o destino estava falando. Ela ainda não nasceu, mas você já está tentando sufocar uma parte dela, mudá-la. Deve ser por isso que o destino assumiu que nós não aceitaríamos a criança no submundo.”

“Ela é uma criança da morte…” O velho deus disse de forma contundente.

“E da vida.” Lythia acrescentou.

Lá fora, os céus rufaram de maneira irritada, expressando o descontentamento do deus da morte.

Lythia não se importava, entretanto. Guerra estava chegando, Scarlet estava se distanciando deles, Nyx e Esong ainda não tinham se fundido. Haviam coisas mais importantes que necessitavam de sua atenção e influenciar a alma de um bebê não estava entre essas. “Se você fizer isso, Scarlet passará a nos desprezar e Nyx também. Eles são a chave para nós restaurarmos a fé quebrada dos ceifadores nascidos naturalmente. Se você não consegue aceitar a criança, deixe-a ser, você não precisa interagir com ela. O que você estava tentando fazer de qualquer forma? Por que a criança usou seus poderes tão cedo?”

Ela olhou para Scarlet nua na banheira cujo corpo estava coberto por água espumosa. O mordomo robô estava lavando seu cabelo.

“Eu só queria trazê-la para casa.” o velho deus respondeu lentamente.

“Não contra a vontade dela, e ela não vai a lugar nenhum. Além disso, ela mandou Severus me encontrar, o que significa que ela está pronta para retornar.” Lythia se abaixou e se aproximou de Scarlet.

Os poderes da vida foram retirados, significando que a criança confiava em Lythia, o que fez a divindade feminina sorrir. Que boa bebê ela era! Lythia decidiu que ela daria a ela todas as melhores frutas que ela escondia até mesmo das outras divindades quando ela nascesse.

O velho deus apontou para o pulso de Scarlet e disse com uma voz irritada, “A marca da pulseira de parentesco perdeu a sua força.”

“Isso te surpreende? Sabíamos que ela queria que isso acontecesse.” Lythia respondeu.

Esse cara estava apenas sendo infantil para ela. Ele estava simplesmente agitado porque não podia controlar Scarlet como fazia com a maioria dos ceifadores. Ele também estava sendo deliberadamente obtuso porque o bebê gostava dela, mas não dele.

Lythia congelou o mordomo robô, levantou gentilmente a cabeça de Scarlet e colocou o copo de leite quente na boca dela.

“O dia em que ela descobrir de onde vem esse leite é o dia em que ela vai vomitar tudo.” O velho deus zombou e desapareceu.

“Você pode sair agora Severus, ele se foi.” Lythia gritou.