Capítulo 648: Insanidade colossal

Ela estava parada na frente, enquanto ele estava atrás e ambos tinham os olhos fixos no humano no chão.

Se ela não tivesse T4, sua primeira suposição seria que eles pegaram ele ou ela, mas de acordo com T4, essa pessoa estava viva.

“Mais de uma dúzia de balas e todos os seus lasers e ainda assim essa pessoa ainda está respirando.” ela disse em voz alta, com a intenção de que Muyang ouvisse suas palavras.

Ela queria que ele tivesse cuidado e não se aproximasse imprudentemente da pessoa no chão que estava fingindo estar morta.

“Ei, pare de fingir, eu consigo ouvir seu coração batendo.” ela disse.

“E eu posso ver as pequenas ligas metálicas se movendo no seu sangue.” Muyang acrescentou. Embora ele parecesse calmo na superfície, no fundo ele estava um pouco inquieto com essa pessoa.

“Você pode!” ela ergueu a cabeça e olhou para Muyang.

“Mmm,” ele assentiu.

“Uau, você é incrível.” ela o elogiou, “Realmente, o melhor.”

T4 não gostou e disse a ela, “Vocês dois são ou estúpidos ou insanos por se comportarem assim quando estão sobre o corpo de um experimento humano-robô experimental que por sinal foi um fracasso e pode se autodestruir a qualquer momento como uma bomba. Seja lá o que isso for, não teria vivido mais de três meses. As ligas que seu marido pode detectar no sangue dele o envenenaram, todos os metais que inseriram nele o destruíram por dentro.

Eles pegaram materiais de partes de um mordomo robô de aço de primeira geração da área da nave espacial que podia ser acessada e os usaram em um humano, que loucura.”

Chi Lian disparou balas de gelo de sua arma duas vezes diretamente ao lado dos ouvidos do homem que foi forçado a olhar para cima por causa do barulho repentino e do instinto.

Ele imediatamente disparou uma bala da pequena arma que estava escondendo na palma da mão, mas Chi Lian já tinha visto e desviou da bala. A espada em sua mão direita se moveu mais rápido, cortando o braço do homem.

Muyang cortou o outro braço com seu laser e então correu para o lado dela.

“Você está bem?” ele perguntou nervosamente. Ele havia visto a trajetória daquela bala e se ela não tivesse desviado, teria explodido sua cabeça em dezenas de pequenos pedaços.

Isso por causa do tamanho da bala e do dano que causou à cratera de madeira que atingiu. Tudo tinha sido desmontado em minúsculos pedaços de madeira.

Quando ele recebeu as garantias dela, ambos olharam para o braço que estava sentado ereto, nem mesmo se contraindo pela dor da perda dos braços.

O sangramento também havia diminuído estranha e rapidamente, e ele estava sorrindo para eles como um maníaco louco.

Muyang caminhou até os pedaços quebrados de madeira e pegou a bala que tinha sido destinada a sua esposa.

Era uma bala grande, cuja semelhança ele só poderia comparar ao tipo que havia visto na televisão como a escolha preferida para pessoas que caçavam elefantes. Mas isso era diferente porque era maior e tinha um impacto mais forte. Também era silenciosa, e mal fazia um som quando era disparada.

“Você já viu algo assim?” ele perguntou a ela.

Ela olhou brevemente e balançou a cabeça. “Não, nunca.” ela respondeu.

Muyang se agachou diante do homem e perguntou a ele, “Que tipo de bala é essa?”

“Ha-ha-ha.” o homem riu.

“Não se preocupe, há maneiras de fazê-lo falar.” Ela disse a Muyang. Ela tinha soro da verdade, então, não importa quão rígida fosse sua língua, ela o soltaria e eles obteriam respostas.

Como precaução extra, ela pegou uma seringa de prata do nada e injetou na nuca do homem.

“Isso o colocará em coma temporário até estarmos prontos para acordá-lo.” Ela explicou a Muyang. “Eu não quero que ele morda a língua, escape ou tire a própria vida antes de conseguirmos respostas adequadas.”

Como ele agora estava inconsciente, Muyang rasgou a camisa do corpo superior dele para dar uma olhada mais de perto.

Instantaneamente, marido e mulher ficaram horrorizados com o que viram.

Metade do peito e estômago do homem estava inserida com metal, e isso não era para fins cirúrgicos, mas sim como se uma parte do corpo desse homem tivesse sido removida e substituída por peças de máquina.

“As pernas dele também,” Muyang acrescentou.

Então, T4 estava certo ao chamar o homem de um experimento humano-robô experimental. “Não há laboratório neste composto, então, onde eles fizeram isso nele?”

Muyang, por outro lado, tinha uma opinião diferente. “A questão maior deveria ser onde eles conseguiram as peças que foram inseridas em seu corpo. Você poderia ter dez mil laboratórios sem nada para usar em tal experimento. Mas mesmo apenas um laboratório com dezenas desses materiais experimentais é muito perigoso. Acho que conseguiram algo daquela nave e o usaram nele. Não sabemos o que mais conseguiram ou quem mais usaram isso.”

“Parece o trabalho de um cientista louco.” Ela comentou.

“É insanidade, é o que é.” Ele acrescentou. “Você não pode fazer algo assim sem alterar completamente a genética de um ser humano. Eles sequer pesquisaram isso antes de tentar? Eles estavam tentando criar um super soldado ou um monstro?”

Ela balançou a cabeça e curvou os lábios para cima. Foi por isso que insistiu que o olho biônico de Muyang fosse colocado por um especialista e não por um médico humano. Essa tecnologia era desconhecida para eles, eles inevitavelmente estragariam tudo.

“Então, o que fazemos com ele?” Ela perguntou a ele. “Vamos interrogá-lo nós mesmos ou entregá-lo ao imperador?”

A maior parte dela tinha uma sensação de que ele diria ‘entregar’.

“Ainda não, não podemos simplesmente entregá-lo.”

A resposta dele a surpreendeu, e a forma como ela o olhou disse isso.

“Oh!” Ela ofegou.

“Você já viu meu irmão e seu patriotismo exagerado, minha maior preocupação é o que alguns de nossos próprios cientistas farão ou inventarão ao ver algo assim. Quem sabe que tipo de ideias malucas outra pessoa pode ter? Cientistas rebeldes são encontrados por toda parte, então é melhor manter isso para nós mesmos. Vamos escondê-lo e depois voltar com seus trajes invencíveis mais tarde para levá-lo embora.”

“Anfitrião, acho que se os irmãos dele não tivessem vindo com ele, ele teria escondido a nave espacial também.”

“Porque pensamos na mesma frequência. Se o sistema não quisesse a nave espacial, eu a teria guardado para mim mesmo.”

“Sua missão não era a nave espacial em si, anfitrião, era o que estava dentro dela.”

Curiosa, ela levantou os olhos e perguntou, “o que estava dentro?”

“Você nunca saberá, anfitrião.”

Eu teria dado uma olhada se não estivesse com tanta pressa. Ela pensou.

“O que você está pensando, você tem outra sugestão?” Ele perguntou a ela.

“Estou pensando que terminei com esta ilha e não quero retornar a ela. Podemos colocá-lo em um traje invencível e você pode carregá-lo. Podemos trancá-lo no submarino e interrogá-lo lá.”