Torre do Dragão do Caos Primordial: Sistema de Harém - Capítulo 76

76: Resgatado & Prometido 76: Resgatado & Prometido Kent rapidamente entrou na caverna, que é considerada um dos espaços mais notórios do reino. Poucos conheciam sua existência e, ainda menos, falavam dela, pois ninguém deveria.

As atrocidades que ocorriam ali eram demasiado bárbaras para serem descritas.

Aqueles enviados para lá nunca retornaram. Era um lugar destinado a um único propósito: para morrer gritando. Vogt e Falk eram tudo, menos benevolentes.

Quando Kent entrou, ele viu células menores com correntes penduradas nas paredes.

[Mestre, essas correntes são encantadas para retirar a base de cultivo de quem as coloca. Elas também infligem tortura mental e privação da alma.]
<Que sinistro. Graças a Deus, eu decapitei todos eles.> Kent suspirou e continuou se movendo.

Alguns segundos depois, ele parou em frente a uma cela. Dentro, uma pequena menina humana estava sentada, com o olhar desfocado e atordoado.

No momento em que seus olhos pousaram em Kent, ela congelou. Ela tentou se levantar, mas não conseguiu; os efeitos da poção a deixaram ainda fraca e sonolenta.

“Irmão…” ela chamou com uma voz fraca, a boca e os olhos escancarados.

Por algum motivo, a raiva de Kent ressurgiu quando ele a viu naquele estado. Sua espada saiu da bainha e voltou no momento seguinte, mas a porta foi cortada, e ele rapidamente entrou.

“Irmão”, as lágrimas de Li Hua começaram a fluir.

“Irmão… eles mataram a Vovó, eles mataram a Vovó,” as lágrimas dela transbordavam agora que ela tinha visto um rosto familiar.

Embora ela tivesse conhecido Kent por apenas dois minutos, ela podia dizer que ele não estava ali para machucá-la. Da mesma forma que Kent ficou irado ao vê-la fraca, ela também se sentiu vulnerável e com uma confiança instantânea ao vê-lo.

Isso se devia à conexão entre eles. A guarda sempre faria Kent estar ciente dela e até mesmo saber quando ela estivesse em perigo. Claro, seria assim se ele tivesse despertado totalmente a Torre Guardiã.

“Acalme-se, Li Hua. Você está segura agora,” Kent disse, acariciando a pequena cabeça dela enquanto ela chorava a valer.

Todo mundo estava morto agora. Ele não estava com pressa de partir. Na verdade, Kent esperava que mais guardas chegassem para que ele pudesse desabafar sua raiva.

Uma hora depois, Li Hua se acalmou. Inicialmente, Kent estava preocupado sobre como abordar a questão da morte da avó dela/Guardiã, mas ouvir e ver que ela já sabia o acalmou um pouco.

A memória que ele havia trancado poderia ter ajudado, mas ele ainda não estava pensando nisso.

Por agora, Kent estava muito irritado, e isso se devia à sua habilidade [Proteção do Guardião]. Por causa disso, Kent buscaria vingança contra aqueles que ousassem ferir alguém sob sua proteção.

“Tome isso,” Kent disse, pegando uma pílula de seu anel espacial e colocando-a na língua de Li Hua. A pílula se dissolveu em sua boca, preenchendo-a com energia.

“Irmão, você veio me resgatar?” Li Hua perguntou, um pouco mais composta agora.

“Sim. Sua Vovó me disse para vir quando eu vim procurar por você,” Kent disse com um pequeno sorriso, tentando acalmar o coração ansioso dela.

“Vovó,” Li Hua murmurou, enxugando uma lágrima invisível de seus olhos. “Sinto falta da Vovó,” ela disse.

Ela estava presente quando sua avó foi assassinada e testemunhou tudo.

Talvez os sequestradores quisessem que ela soubesse que não havia volta para ela. Ao matar seu único vínculo, eles estavam dizendo a ela que não havia esperança de ser libertada.

Claro, por alguma razão, essa parte da memória ficou enterrada fundo na memória que Kent recebeu de Janice.

Ele não sabia por quê, mas podia dizer que a Dama Raposa não queria que ele soubesse. Mais tarde, ele iria se sentar e revisar as memórias dela e as novas que ele havia extraído apesar de ter desmaiado.

“Não se preocupe, Li Hua, o irmão está aqui para te proteger agora. Eu garantirei que nenhum mal lhe aconteça, não importa o perigo,” Kent prometeu.

“Mmm,” Li Hua assentiu com a cabecinha, segurando firmemente a mão de Kent.

Diz-se que uma promessa de um guardião é o voto mais perigoso. A saga épica do guardião indomável—aquele que ascendeu aos céus, caçando todos que ameaçavam sua protegida.

Aquele que se moveu entre reinos para se vingar daqueles que ousaram ferir sua protegida. Aquele que quebrou os céus e matou deuses apenas porque eles miraram em sua protegida.

Os céus estão prestes a entender a verdadeira natureza de um guardião. Aquele que luta incansavelmente por suas protegidas. Aquele que é totalmente dedicado àqueles que ele ousa colocar sob seus cuidados.

Muitos vão temê-lo e invejá-lo. Diz-se que a tarefa de um guardião só está completa quando o último obstáculo é superado e a última protegida está segura.

Kent não levou Li Hua imediatamente; ele primeiro a examinou.

[Nome: Li Hua Dy Gondarius]
[Raça: Humana]
[Idade: 13]
[Cultivo: Nenhum]
[Linhagem: Desconhecida]
[Físico: Corpo Divino Atômico Verdadeiro (Não desperto)]
— Esta humana foi abençoada com a verdadeira constituição corpórea de um divino. Ela possui divindade e está destinada a se tornar uma poderosa criatura divina.

— Mas ela também possui um marcador e selo colocados em seu corpo. Isso significa que ela não poderia cultivar mesmo que tentasse tudo.

— Ela só pode viver pelos próximos 2 anos se uma cura não for encontrada.

— Ela também possui uma Raiz Espiritual de Grau Divino e uma Plataforma Imortal de Nível Divino.

[Nota: Esta informação só está disponível porque você está conectado a ela além dos meios normais. Quanto mais o vínculo de vocês se aprofundar, mais você descobrirá.]
<Isso é tudo. E a Torre da Cura?>
Kent ainda não estava irritado. Ele queria manter a calma, considerando que a pessoa que todos estavam tentando possuir morreria em breve.

[O mestre não precisa se preocupar, pois a cura será revelada uma vez que a Torre Guardiã desperte. Por enquanto, o mestre tem dois anos para se tornar um grande mestre, para que a torre possa despertar.]
<Ótimo.> Kent suspirou.

Kent olhou Li Hua. Ele se compadeceu dela em seu coração, considerando que ela havia nascido com um corpo divino e, no entanto, por causa disso, ela não viveria muito tempo.

Ele não conseguia pensar em nenhum motivo pelo qual alguém colocaria um marcador nela ou, mais importante, quem saberia que ela tinha um corpo divino e colocaria um marcador nela.

Naturalmente, no momento em que o marcador fosse apagado, a pessoa que colocou o marcador nela seria conhecida.

Talvez isso seja o que eles queriam, considerando que poderiam ter matado ela ao invés de marcar e selar. Isso não faz sentido.

Mas, novamente, talvez eles soubessem que ela não viria a ser muito, considerando que ela não podia cultivar mesmo que tentasse.

Mas isso foi antes. Agora ela conheceu Kent, que faria qualquer coisa como seu Guardião para garantir a sua cura e segurança de todo mal.

Kent rapidamente a levantou em seu ombro, mas então ele se lembrou do massacre lá fora, então teve que vendá-la por um minuto. Ele não queria que ela visse a cena lá fora.

Ele estava prestes a deixar a caverna quando a torre o lembrou.

[Mestre, tem mais alguém aqui.]