Tornando-se a Noiva do Rei Elfo (BL) - Capítulo 268

268: Capítulo 268 268: Capítulo 268 Kayziel balançou a cabeça. “Nenhuma. O feitiço que você usou para suprimi-lo funcionou. Ele não se mexeu uma polegada desde aquele dia, então me pergunto por que o médico disse que estou morrendo.”

Hugo suspirou. “Inicialmente, a transferência de alma deveria enfraquecer o príncipe humano e fazê-lo dormir por toda a eternidade, mas ele acabou não só ficando acordado, mas também tentando se libertar à força. Poderia ser essa a razão de você estar morrendo?”

Kayziel permaneceu em silêncio, sem saber o que dizer. Ele se sentia com raiva e frustrado. Ele passou séculos como um espírito preso no subsolo e agora que conseguiu um corpo, foi informado de que estava morrendo.

Que tipo de vida era essa? Ele fechou os punhos e rangeu os dentes. Era tudo por causa daquele maldito sobrinho dele. Se ao menos Zedekiel não tivesse destruído seu corpo, ele não estaria enfrentando tais problemas hoje.

Droga. Ele desejava ter matado Zedekiel antes de fazer aquele maldito acordo com o Príncipe Ron.

“Não se preocupe, Vossa Majestade.” disse Hugo, tentando animar Kayziel. “Eu vou encontrar um feitiço mais forte, algo que faça o príncipe humano adormecer completamente para que o corpo lhe pertença por inteiro. Deve haver algo sobre isso na biblioteca de Zedekiel.”

“É, se ao menos pudéssemos entrar.” resmungou Kayziel. “Meu sobrinho é cuidadoso demais. Usar uma droga de barreira reconhecedora de almas para nos manter fora. Você sabe que a barreira só permite a entrada daqueles cujas almas ela reconhece e definitivamente não reconhece a minha ou a sua. Há apenas duas maneiras de entrar, Hugo. Uma é imprimir nossas almas na barreira para que ela nos reconheça, mas apenas meu maldito sobrinho pode fazer isso e a segunda é destruir completamente a barreira, mas isso é mais perigoso.”

“Como?” Hugo perguntou, confuso.

“Zedekiel é um lançador de barreiras e domos muito poderoso e astuto.” disse Kayziel, olhando com nojo, como se fosse uma tortura pronunciar essas palavras. “Até o Rei Fayziel, meu irmão, teve dificuldades para destruir as barreiras e domos de Zedekiel quando ele estava vivo. Veja, Hugo, Zedekiel sempre armava uma armadilha. Se a barreira ou o domo não fossem destruídos completamente e de uma vez só, ela consumiria a alma do agressor e a usaria como combustível para se reparar.”

Hugh ficou visivelmente tenso.

“É, meu sobrinho não brinca com suas merdas.” Kayziel disse, rindo da reação de Hugo. Desde que conhecia Hugo, pouco conseguia abalá-lo, mas saber que sua alma poderia ser usada como combustível se você não fizesse algo corretamente provavelmente abalaria qualquer um.

“É por isso que, embora eu não mostre,” continuou ele. “Estou aterrorizado que ele esteja vivo lá fora, marcando seu tempo e planejando diferentes maneiras de me destruir.”

“Eu não vou permitir que isso aconteça.” Hugh garantiu. “Esperamos séculos por isso. Eu não vou deixar nada de mau acontecer com você.”

“Então encontre uma solução rapidamente.” murmurou Kayziel. “Já fazem três meses. Eu já estou me acostumando com este corpo. Eu não quero ter que fazer outra transferência de alma. Lembre-se de que ela só pode ser realizada em uma alma duas vezes. Se eu a fizer uma segunda vez, essa será minha última chance.”

“Eu entendo.” respondeu Hugo. “Definitivamente encontrarei um jeito, Vossa Majestade.”

Então ele ajudou Kayziel a levantar da cadeira e eles deixaram a enfermaria juntos.

Foi apenas quando estavam bem longe que o médico real saiu de seu esconderijo com uma expressão chocada.

Então não era o príncipe humano! Seu corpo estava possuído por outra pessoa!

Ele ofegou. Não é de se admirar que ele estava morrendo. Havia almas demais em um corpo! O corpo não aguentaria por muito tempo. Ele precisava informar a resistência!

Não deve haver guerra em Netheridge!

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O sol pairava alto em um céu sem nuvens, queimando com calor escaldante sobre o Reino da Montanha Infernal. O vento soprando do norte era seco, mas ligeiramente frio.

Zedekiel estava no meio dele, sem camisa, vestindo apenas um par de calças pretas que se ajustavam às suas fortes panturrilhas. Sua pele pálida brilhava de suor, cada músculo ondulando por baixo enquanto ele balançava sua espada em arcos rápidos e precisos. Seus cabelos prateados desciam pelas costas como uma cascata brilhante, mechas varrendo graciosamente a cada movimento poderoso.

Ele passou por dores como nenhuma outra, todos os dias pensando em nada além de Ron, sua mãe e Mariel enquanto se tratava do murrowbane. Inicialmente, ele recebia acupuntura com penas de fênix todas as manhãs e noites. Talon guiaria seu fogo puro para o corpo de Zedekiel através das penas, certificando-se de queimar a Magia Negra em seus vasos sanguíneos.

Toda vez que faziam isso, Zedekiel sentia como se seu corpo inteiro estivesse pegando fogo. Como se ele estivesse sendo assado de dentro para fora. Após os primeiros tratamentos, ele não conseguiu andar por semanas. Só quando suas pernas voltaram à sua cor normal é que ele começou a mover os dedos do pé antes de aprender a andar de novo.

Apenas o pensamento de voltar para o Príncipe Ron o levava a se esforçar todos os dias. Não importava quão doloroso fosse, não importava quão cansado ele se sentisse, ele sempre se forçaria, se esforçando para se tornar mais forte.

Pelo Ron.

Pelo que restava de sua família.

Por seu povo.

Com um clangor repentino e agudo, sua lâmina encontrou a resistência de algo duro. Ele virou a cabeça para ver o Rei Fênix sorrindo de volta para ele, suas garras afiadas como lâminas parando o golpe de Zedekiel em pleno movimento.

“Se importa se eu me juntar a você?” Talon perguntou, sorrindo maliciosamente. Seus cabelos dourados capturaram a luz do sol, brilhando tão intensamente quanto o divertimento em seus olhos. Ele também estava sem camisa, vestido apenas em calças vermelhas e douradas.

Talon tinha um físico mais robusto com músculos maiores e pele bronzeada, enquanto Zedekiel tinha músculos compactos e pele pálida.

Em resposta, os olhos violetas de Zedekiel se estreitaram. Sem dizer uma palavra, ele impulsionou seu pé no abdômen de Talon. A área ressoou com um alto ESTRONDO enquanto Talon era lançado voando e rolando vários metros para trás, mas ele se recuperou quase instantaneamente, reduzindo a distância num piscar de olhos e lançando um soco em direção à mandíbula de Zedekiel.

Zedekiel nem se preocupou em desviar. O soco aterrissou com um estalo sólido, mas seu corpo se manteve firme, como se o golpe não o tivesse afetado nem um pouco.

“É só isso que você tem, Talon?” Ele provocou com um sorriso, não esperando por uma resposta enquanto avançava com sua espada. A lâmina de gelo brilhou enquanto cortava o ar numa série de golpes rápidos e precisos, cada um forçando Talon a se defender.