Tornando-se a Noiva do Rei Elfo (BL) - Capítulo 261

261: Capítulo 261 261: Capítulo 261 Fiel à sua palavra, poucos minutos após ele retornar a seus aposentos, um toque soou na porta. Quando Alaric a abriu, um serviçal empurrou para dentro um carrinho carregado de comida. Os aromas de carnes assadas, pão fresco e um rica sopa preencheram o quarto, fazendo seu estômago roncar ainda mais.

“Obrigado,” disse Alaric, enquanto o servo colocava a bandeja em cima da mesa. O calor da refeição parecia afugentar qualquer desconforto remanescente da viagem. Ele se sentou, comendo com avidez, enquanto pensava em como as coisas haviam corrido mais suavemente do que esperava.

Sem Talon, comida boa, Zedekiel estava sendo tratado e uma chance de descansar. Não estava tão mal, afinal de contas.

Após terminar sua refeição, Alaric recostou-se em sua cadeira, soltando um suspiro satisfeito. Não tinha salada de frutas, mas a comida estava boa. Ele estendeu a mão até suas vestes e retirou um caco do espelho de contato. Era um espelho que permitia contactar qualquer pessoa de qualquer lugar. O pedaço encantado brilhava levemente enquanto ele sussurrava um feitiço, convocando o reflexo de sua segunda em comando, a Guardiã do Véu do Clã Nightshade, Lyca.

“Alguma atualização, Lyca?” Ele perguntou ao rosto dela aparecer no fragmento. Lyca era uma bruxa poderosa e também a sucessora de sua posição sempre que ele decidisse abdicar. Ela tinha cabelos curtos e escuros, pele de marfim e lindos olhos azul bebê.

Lyca concordou entusiasticamente, sorrindo de orelha a orelha. “E todas são boas notícias, Arconte. As Fadas do Gelo nos contataram. Eles disseram que o Príncipe Ludiciel está salvo, mas gravemente ferido e eles vão fazer tudo o que puderem para salvá-lo.”

Alaric soltou um suspiro aliviado. “Isso é bom. Reúna alguns de nossos curandeiros e envie-os às Fadas do Gelo com as melhores ervas que temos. O Príncipe Ludiciel tem que ser salvo.”

“Sim, Arconte.” Ela respondeu com um aceno sério. Ela fez uma pausa por um momento antes de continuar, seu tom mais cauteloso. “Quanto às outras notícias… Não tenho certeza se é verdade, mas os gêmeos afirmam que a mãe deles e a Princesa Mariel não estão mortas. Eles insistem que ainda conseguem sentir a ligação deles.”

A expressão de Alaric ficou séria. Ele permaneceu em silêncio por vários segundos, absorvendo a informação. A ligação era crucial para os Elfos. Era uma conexão mística que lhes permitia comunicar-se e confiar um no outro. Se essa ligação estava intacta, significava que a pessoa ainda estava viva. Se os gêmeos afirmavam que ainda podiam sentir sua mãe e irmã, talvez houvesse um fundo de verdade.

“Mande nossas bruxas vigiarem atentamente o Castelo Netheridge,” Alaric ordenou. “Nunca subestime o poder da ligação Elfen, Lyca. Se houver até a menor chance de os gêmeos estarem certos, vamos enviar uma equipe de resgate para trazê-los de volta.”

Lyca concordou. “Entendido.”

Satisfeito, Alaric encerrou a conexão, colocando o caco do espelho de volta em sua caixa e guardando-o dentro de sua veste. Ele pensou em compartilhar as notícias com Sera imediatamente, mas decidiu não fazer isso. Ela poderia estar descansando. Seria melhor contar de manhã. Ele só esperava que os gêmeos estivessem certos sobre a Rainha Mãe e a Princesa Mariel estarem vivas.

Mas se estavam, como sobreviveram? A Princesa Mariel foi literalmente decapitada. Ele suspirou. De qualquer forma, todos teriam que esperar para ver.

Com tudo resolvido, ele decidiu fazer uma caminhada antes de voltar para a cama. Ele vestiu uma capa preta e saiu do seu quarto, passeando pelos corredores familiares do castelo.

Memórias de seu passado com Talon inundaram sua mente enquanto ele caminhava. Nem todas tinham sido ruins. De fato, eles eram loucamente apaixonados um pelo outro e tinham certeza que passariam a eternidade juntos, mas infelizmente, o destino tinha outros planos.

Ele traiu Talon e as coisas escalaram a ponto de eles tentarem se matar. Alaric parou em seus passos, esfregando a testa enquanto a dolorosa memória ressurgia. Ele suspirou pesadamente e balançou a cabeça, como se tentasse dispersar todas as lembranças. Talvez fosse melhor que as coisas tivessem acontecido daquela maneira. Ele estava melhor sozinho.

Então ele ofegou, lembrando-se de repente de algo.

Ele havia dado a Talon seu anel ancestral, uma relíquia inestimável transmitida em sua família. Um símbolo de liderança em seu clã, e uma relíquia dada apenas a um cônjuge. Seu pai tinha dado à sua mãe e sua Mãe deu a ele e ele, por sua vez, deu a Talon, esperando que eles se casassem e vivessem felizes para sempre.

Mas já que esse futuro desabou, ele precisava dele de volta. Conhecendo Talon, provavelmente estava esquecido em uma gaveta em algum lugar de seu quarto, acumulando poeira.

Precisava ser recuperado.

Com isso, ele imediatamente dirigiu-se ao quarto de Talon.

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“Não, não está aqui,” Alaric murmurou, jogando de lado livros e pergaminhos da gaveta de Talon. Após esvaziá-la completamente, ele se moveu para as gavetas ao lado da cama e começou a vasculhá-las.

“Continuo sem encontrar.” Ele suspirou, fechando a gaveta com força e repousando suas mãos nos quadris enquanto observava o quarto que ele havia revirado para encontrar seu anel. Com um estalo de dedos, tudo voltou ao lugar, como se ele não tivesse mexido em nada.

“Ugh onde você guardou isso, seu pássaro louco.” Ele reclamou, passando a mão pelos seus cabelos escuros, frustrado. Caindo de joelhos, ele verificou debaixo da cama. Talvez, em um acesso de raiva, Talon simplesmente o tirou e jogou fora. Ele não conseguia imaginar Talon mantendo o anel depois de tudo que havia acontecido entre eles.

De repente, uma poderosa lufada de vento varreu o quarto, batendo as janelas com força.

Sobressaltado, Alaric levantou-se rapidamente, mas antes que pudesse reagir, uma mão se fechou firmemente em volta de seu pescoço, elevando-o do chão. Seu coração trovejou enquanto seus olhos encontravam um par de íris carmesins furiosas e familiares.

O Rei Fênix encarou o intruso, seus dedos se apertando em volta do pequeno pescoço.

“Quem diabos é você?”

Alaric gritou por dentro.

Ele estava fodido! Ele estava tão, tão fodido!

Não disseram que Talon estava longe lutando contra Os Sombras e não voltaria por um tempo? Por que ele estava de repente de volta em seu quarto?

“Fale!” Talon rosnou, impaciente.

Alaric tossiu, tentando levar ar para sua traqueia apertada. Talon ainda era tão temperamental e como poderia falar enquanto estava sendo estrangulado?

Talon pareceu entender que Alaric não podia falar, então ele afrouxou sua pegada levemente, mas a unha de seu dedo indicador se alongou em uma garra, a ponta afiada permanecendo perigosamente próxima ao pescoço de Alaric. “Fale antes que eu corte seu maldito pescoço.”