Tornando-se a Noiva do Rei Elfo (BL) - Capítulo 173
- Home
- Tornando-se a Noiva do Rei Elfo (BL)
- Capítulo 173 - 173 Capítulo 173 173 Capítulo 173 Ao ousar dar mais um passo
173: Capítulo 173 173: Capítulo 173 Ao ousar dar mais um passo na aldeia, Zedekiel ouviu uma voz estrondosa repercutir pela floresta, fazendo até mesmo as árvores tremerem.
“Quem ousa invadir o coven das bruxas?”
Em resposta à voz dominadora, as bruxas surgiram uma a uma, cercando os irmãos elfos com uma presença ameaçadora que fez um arrepio percorrer a espinha de Ludiciel.
Zedekiel, por outro lado, continuou andando. Como se não visse ou ouvisse nada.
“Ei! Estou falando com você!” Gritou a bruxa que havia falado antes para Zedekiel. “Pare! Volte aqui!”
“Irmão, não me deixe!” exclamou o príncipe Ludiciel, correndo atrás de Zedekiel.
“Eu disse para parar!” Gritou a bruxa mais uma vez, mas foi em vão pois Zedekiel apenas continuou andando. Furiosa, ela ordenou a suas colegas bruxas. “Parem ele!”
Elas saltaram em ação, varinhas nas mãos enquanto todas se moviam para atacar Zedekiel ao mesmo tempo.
Zedekiel, já fervendo de raiva contida, liberou um turbilhão de poder bruto que irrompeu como uma onda avassaladora, atingindo as bruxas com uma força devastadora. A pura intensidade de seu ódio as impulsionou pelo ar, seus corpos girando e torcendo antes de caírem no chão como moscas mortas.
O príncipe Ludiciel assistiu admirado enquanto a fúria desenfreada de seu irmão dizimava todas as dez bruxas com terrível facilidade. Era em momentos como esse que ele se lembrava do quão formidável Zedekiel realmente era. Ludiciel não pôde deixar de sentir uma mistura de reverência e admiração por seu irmão. Não era a toa que ele quebrou a cúpula tão facilmente e adentrou em seu lar como se fosse o dono. Ele sabia que poderia lidar com todas as bruxas.
A última bruxa remanescente, que havia gritado para que parassem, caiu de joelhos, tremendo de medo. Sua determinação já estava estilhaçada pela exibição avassaladora de poder diante dela. Sua respiração era ofegante e desigual, o coração batendo freneticamente ante a demonstração de poder mágico. O homem havia derrotado 10 bruxas sem erguer um único dedo! Quem ele era? Quem ela havia ofendido? Ela iria morrer?
Uma súbita agitação de energia ondulou pelo ar, revolvendo as folhas caídas num turbilhão giratório, como um furacão de folhas secas. Do coração deste vórtice surgiu uma figura — um jovem atraente com um ar de autoridade e mistério. Ele se erguia imponente em suas vestes negras e fluídas. Seus cabelos negros como obsidiana, meticulosamente divididos ao meio, caíam até o queixo em uma onda elegante, emoldurando sua pele de marfim com uma aura de mistério.
Em sua mão havia um cajado com metade de sua altura, com a cabeça de uma cobra enrolada ameaçadoramente no topo, cujos olhos verdes cintilavam com uma intensidade sobrenatural. Pousado em seu ombro esquerdo estava um pequeno corvo, cujos olhos vidrados olhavam curiosamente para os irmãos elfos.
Com uma graça descomplicada, o homem avançou, sua presença exalando uma aura de calma em meio ao caos. Seus olhos escuros, profundos e penetrantes, percorreram a cena diante dele, absorvendo os estragos do coven das bruxas e a bruxa trêmula a alguns metros, antes de fixarem-se no rei elfo enfurecido.
“Você poderia ter me avisado que viria.” Ele disse, olhando severamente para Zedekiel.
“Você já sabia que eu viria, Alaric.” Disse Zedekiel, passando diretamente por ele. “Tenho certeza de que você também sabe porque estou aqui. Não há nada que esses olhos seus não vejam.”
“Correto.” Alaric disse com um sorriso presunçoso, seus olhos escuros momentaneamente relampejando um branco cortante enquanto ele seguia Zedekiel. “Mas uma carta sobre sua chegada também teria sido boa. Às vezes eu gosto de agir como se não soubesse de tudo. Só para me sentir normal.”
O príncipe Ludiciel ouvia em silêncio a conversa deles enquanto caminhava atrás.
Zedekiel zombou, revirando os olhos diante da atitude de Alaric. “Você vive no fundo da floresta, escondido por uma cúpula protetora frágil com um corvo no ombro e um cajado com cabeça de cobra. Não tem nada de normal em você, então corte o teatro. Temos assuntos urgentes para resolver.”
Se ele não estivesse preocupado com Ron, teria entrado na brincadeira, mas seu amado estava nas mãos de seu maldito primo. Ele não tinha tempo para brincadeiras.
Alaric fez um tsk, sacudindo a cabeça. “Você quer minha ajuda mas destruiu nossa cúpula protetora e invadiu nosso lar, andando por aí como se fosse o dono do lugar. Só porque somos amigos não significa que você agirá como bem entender. Você faz ideia de quantos anos gastei aperfeiçoando aquela cúpula? Foram feitiços sobre feitiços por uma década inteira! Levará anos para reconstruir agora. Nosso lar ficará exposto ao mundo exterior e você sabe quais perigos isso trará. Somos os últimos das Sombras da Noite. Se a Ordem das bruxas nos encontrar, vão nos massacrar todos. O que você vai fazer sobre isso?”
Zedekiel suspirou. Com um aceno de mão, outra cúpula protetora apareceu, cobrindo todo o coven como a anterior. “Pronto. Substituí.” Ele disse. “Agora pare de reclamar e me ajude.”
Alaric olhou para cima, na direção da cúpula, e imediatamente soube que era mais forte do que aquela que ele havia gasto anos aperfeiçoando. Ele podia sentir as poderosas ondas de magia emanando dela e franziu a testa, murmurando; “Exibido.”
Verdadeiramente, a magia Elfin era mais pura e forte que a deles. Bem, não havia o que fazer. A magia Elfin derivava do Espírito da Terra. Da própria mãe natureza. Sua própria magia provinha de seus ancestrais, o que poderia ser poderoso, mas não tanto quanto a de um Rei Elfo que foi abençoado pelo Espírito da Terra e pela sagrada Árvore Mãe.
Agora sem escolha a não ser ajudar Zedekiel, ele acelerou o passo, indo à frente. Eles caminhavam dentro dos limites do coven, o ar zumbindo com o estalar da energia arcana, e o cheiro de ervas e incenso pairava pesado no ar. Caminhos sinuosos levavam a alcovas escondidas e câmaras secretas, onde as bruxas se reuniam para se comunicar com os espíritos da floresta e dominar o poder dos elementos.
Ao entrarem na câmara de Alaric, os olhos do príncipe Ludiciel se arregalaram de admiração, seu olhar saltando ansioso de um artefato místico para outro. O bruxulear das velas projetava sombras dançantes pelas paredes, iluminando estantes carregadas de tomos antigos e relíquias arcanas. Um leve aroma de incenso exótico permanecia no ar, adicionando à atmosfera de mistério e reverência.