Tornando-se a Noiva do Rei Elfo (BL) - Capítulo 170
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170: Capítulo 170 170: Capítulo 170 “Você não tem o direito de decidir o que Zedekiel merece ou não. Nós nunca poderemos ficar juntos, seu maníaco.” O Príncipe Ron cuspiu em desgosto. O que havia de errado com Frederick? Era como se tudo o que ele dizia entrasse por um ouvido e saísse pelo outro. “Eu estou apaixonado por Zedekiel, não por você. Quantas vezes vou precisar te dizer isso?”
“Mesmo que você diga um milhão de vezes, não significaria nada para mim.” Frederick respondeu. Ele estendeu a mão e segurou as bochechas do Príncipe Ron, encarando seus olhos. “Eu sou o seu verdadeiro alma gêmea, querido. As pessoas se apaixonam e desapaixonam o tempo todo. Você também vai. Você vai deixar Zedekiel e vai me amar, assim como fez em todas as suas vidas passadas.”
Príncipe Ron estava extremamente furioso e enojado. Ele queria quebrar as mãos que tocavam seu rosto. “Eu nunca vou te amar.” Ele disse determinadamente, olhando diretamente nos olhos de Frederick. Ele notou que as pupilas de Frederick não estavam estáveis. Elas até pareciam um pouco dilatadas.
Frederick riu sinistramente, mandando arrepios pela espinha de Ron. “Isso é o que você disse em todas as suas vidas passadas, mas mesmo assim acabou comigo de qualquer maneira.”
A revelação fez o sangue do Príncipe Ron gelar. Isso significava que ele tinha estado com Frederick contra sua vontade? O tempo todo, quando Frederick dizia que eles estavam juntos, ele pensou que realmente havia se apaixonado por ele em suas vidas passadas.
Ele encarou Frederick, sua pele ficando pálida como a morte. A percepção de sua situação terrível afundou como um peso de chumbo, enchendo-o com um sentimento de pavor que ameaçava consumi-lo. “V-Você me forçou?”
“Forcei você?” Frederick perguntou, fingindo surpresa. “Oh não não, querido. Eu nunca te forçaria.” Ele acariciou as bochechas do Príncipe Ron gentilmente enquanto sorria. “Eu simplesmente te amarrei e fiz amor doce com você até que mudasse de ideia.”
Príncipe Ron o encarou incrédulo. “Como isso não é forçar?!”
“Bem, foi.” Frederick deu de ombros e depois sorriu. “Até você começar a me implorar por isso.”
Príncipe Ron apertou os dentes, tentando manter sua raiva sob controle. Então essa era a verdade. Não havia amor. Frederick apenas o encontrava todas as vezes e o forçava. “Eu não sei se tudo o que você está dizendo é verdade, Frederick. Mas se for, então é tudo passado. Você conseguiu naquela época porque Zedekiel e eu não nos conhecíamos. Você mexeu com nossos destinos e arruinou minha vida. Você privou Zedekiel do meu amor e me submeteu a uma vida de dor e sofrimento. Bem, nesta vida, você não pode vencer. Nós nos amamos. Eu amo Zedekiel com todo o meu coração e nunca vou amar um maníaco como você, então apenas aceite isso e me deixe ir!”
Suas palavras apenas enfureceram Frederick. “Eu nunca vou aceitar!” Ele estalou. Embora ele tenha encontrado Ron primeiro em suas vidas passadas, Ron havia lhe dito a mesma coisa. Ele tinha lhe dito que nunca o amaria. Que nunca pertenceria a ele. Apesar de nunca ter conhecido Zedekiel, Ron sempre o odiava.
Ele de repente agarrou o Príncipe Ron pelo maxilar. “Você pertence a mim, Ron.” Ele sibilou. “Somente a mim! Você prometeu a si mesmo a mim para sempre. Você me ama. Só não se lembra.”
“E eu nunca quero me lembrar.” O Príncipe Ron disse entre dentes, contorcendo-se de dor. “O que aconteceu no passado fica no passado. Eu não sei o que você fez para me fazer ficar com um Elfo louco como você, mas você não vai ter sucesso desta vez. Já te disse. Eu amo Zedekiel e só vou ficar com ele. É apenas uma questão de tempo antes que ele venha me salvar e te mate!”
“Salvar você?” Frederick riu sacudindo a cabeça. “Você acha que Zedekiel vai te salvar? Olhe ao redor, querido. Estamos na Ilha Ressoante. Como você mesmo disse, esta é uma Ilha devoradora de homens, então apague todos os pensamentos de meu primo encontrar você aqui porque é impossível. Este é o último lugar em que ele pensaria porque é muito longe do Netheridge e mesmo que ele pense que você possa estar aqui, vai levar meses para ele chegar e se ele chegar, esta Ilha é vasta. Ele nunca vai te encontrar facilmente. O tempo que ele vai levar correndo por aí feito um cão é mais do que o suficiente para te fazer meu.”
Um frio cortante desceu pela espinha do Príncipe Ron, seu coração martelando com medo pelas palavras de Frederick. O pensamento de estar abandonado na ilha devoradora de homens com Frederick, longe de qualquer esperança de resgate, enviou arrepios de terror por suas veias. A mera ideia de passar até mesmo um momento a mais na companhia de Frederick o enchia de repulsa, seu estômago revirando com náusea.
Encarando Frederick com ódio, o Príncipe Ron apertou os dentes tão forte que sua cabeça doeu. Ele sentiu uma vontade avassaladora de reagir contra Frederick. Cada fibra de seu ser gritava com frustração e raiva, ansiando por apagar o sorriso arrogante no rosto do maníaco, mas não havia nada que pudesse fazer, pois as vinhas estavam firmemente enroladas ao redor de seu corpo.
Ele só podia orar silenciosamente para que Zedekiel chegasse rápido e o livrasse desse pesadelo.
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“Eu disse que não quero!” O Príncipe Ron gritou para o servo que lhe trouxe comida. “Saia agora!”
Ele estaria condenado se comesse um único bocado daquele Elfo louco. Por tudo que sabia, a comida poderia estar misturada com algum tipo de poção de amor ou afrodisíaco. Ele não estava se arriscando.
“Mas Alteza, você não comeu nada desde a noite passada.” O servo disse. “Por favor, coma alguma coisa. Mesmo que seja apenas uma fruta.”
Príncipe Ron olhou pela janela do seu quarto, sem saber distinguir entre noite e dia, pois as árvores gigantescas cobriam o céu, submetendo a área à escuridão e a um leve brilho de neblina. Os apelos do servo caíram em ouvidos surdos, pois ele não estava ouvindo nada.
Sua mente estava consumida por pensamentos de Zedekiel. Desde a primeira vez que se encontraram, até o momento em que Frederick o levou embora, e um profundo sentimento de solidão se instalou sobre ele como um cobertor pesado.
Ele ansiava sentir o calor do abraço de seu amado, de afundar o rosto no peito de Zedekiel e inalar o cheiro familiar que nunca falhava em confortá-lo. Ele queria brincar com as pontas pontiagudas das orelhas de Zedekiel e enrolar seu cabelo prateado macio ao redor de seus dedos. Ele queria olhar profundamente naqueles olhos cor de violeta penetrantes e ouvir sua voz profunda e calmante.