Suas Lições Travessas - Capítulo 79

79: À Sua Disposição 79: À Sua Disposição ** Harper **
O braço dele bateu com força na parede atrás dela. Os beijos diminuíram para ofegos curtos e sem fôlego enquanto as mãos deles deslizavam para fora de seus corpos. A testa dele caiu contra a dela, e o calor da pele dele parecia quase febril, escaldante mesmo contra a temperatura vaporosa do chuveiro.

Com os peitos bem pressionados um contra o outro, Harper conseguia sentir o coração selvagem dele, todas as causas perdidas de um ritmo não muito diferente do dela própria há alguns momentos atrás. A excitava pensar que isso era o que ela podia fazer com ele, trazer-lhe sensações tão avassaladoras e fora de controle. E o fato de ele deixá-la — de ele ser tão disposto e quase ganancioso ao compartilhar essa parte dele com ela — fazia o corpo dela brilhar de calor, e a mente dela vagueava em delírio dourado.

Talvez ela estivesse chegando mais perto de tornar aquilo em algo real. Enlaçando os braços ao redor do pescoço dele, ela o abraçou apertado, desejando que o momento durasse mais — a euforia, o contentamento íntimo, o prazer simples, mas palpável.

Os braços do Eli subiram por trás dela também, envolvendo sua cintura enquanto ele enterrava o rosto no cabelo dela. Demorou um bom tempo até que ele recuperasse a voz e disse, roucamente, “Estou tendo dificuldades para acreditar que essa foi sua primeira vez, Harper. Você foi… Você é incrível.”

Um sorriso eufórico curvou os lábios de Harper. Certo, ela adorava essa parte também — compartilhar mais um de seus primeiros momentos com ele e saber que tinha sido tão perfeito. “Isso deveria te dar mais motivos para confiar em mim para novas empreitadas no futuro,” ela respondeu com um orgulho nada pequeno. Então ela olhou para baixo entre eles, vislumbrando o último traço dele sendo levado embora da pele dela. “Bem, por exemplo, você poderia… ter feito sem puxar pra fora. Sabe que eu não me importaria.”

Ela não só não se importava. Ela realmente queria. A ideia de engolir tudo o que ele tinha para dar… era tão suja, mas tão incrivelmente quente que as pernas dela estavam fraquejando de novo só de pensar. Ela desejava tanto que ele tivesse deixado.

Um dedo enganchou embaixo do queixo dela, levantando seu rosto. “Eu poderia ter feito o que sem puxar pra fora?” ele perguntou, com um sorriso malicioso brincando no canto da boca. Mesmo com a tensão relaxada em seu corpo, os olhos dele ainda pareciam escuros e perigosos. “Diga, o que você teria preferido que eu fizesse?”

“…” Harper mordeu os lábios. Bem, ela podia ter superado a timidez de fazer certas coisas com ele agora, mas dizer em voz alta, colocar em palavras explícitas enquanto encontrava o olhar dele… era outra coisa totalmente, e ela sentiu uma onda de calor subir pelas bochechas.

“… Você… poderia ter gozado na minha boca.” As palavras foram um mero sussurro.

Ele as ouviu, no entanto, e no espaço entre eles onde seus corpos ainda estavam pressionados juntos, ela sentiu algo pulsar.

… Já? Só pelo o que ela disse?

Como se ouvisse o espanto interno dela, Eli riu. “Você não faz ideia…” Ele parou contra os lábios dela e a beijou de novo, profundo e devagar. Apesar de antes que ela pudesse sentir outro lembrete da situação se insinuar entre eles, ele se afastou. “Provavelmente devemos sair do chuveiro,” a voz dele estava baixa como se sob controle, “se alguma vez quisermos sair daqui hoje à noite.”

Harper não se importava se ficassem no chuveiro a noite toda. Mas talvez ele tinha um ponto — a água poderia começar a esfriar se continuassem com o que estavam fazendo. Relutantemente, ela concordou, e ela deu um último beijo saudoso em seus lábios antes de alcançar a toalha.

~ ~
Eli estava aparentemente falando sério sobre o comentário de querer o cheiro dela por todo ele. Depois que ela se secou e entregou a ele a toalha, ele levou o tempo que quis, enxugando cada centímetro do corpo várias vezes como se a toalha fosse infundida com óleo essencial de luxo. Quando ela se ofereceu para ir buscar aquele roupão de banho grande demais para ele, ele recusou, felizmente enrolando a toalha na cintura.

Harper conteve um sorriso. Claro, para ela estava mais do que bom se ele quisesse andar pelo apartamento dela a noite toda vestindo apenas uma toalha.

“Você não precisa secar essas roupas, a propósito,” ele chamou atrás dela enquanto saía do chuveiro e a viu considerar as roupas ensopadas que tinham deixado na bancada. “Meu apartamento não é longe de táxi. Não é como se eu não pudesse usar algumas roupas molhadas por uns minutos.”

Ela virou de volta com uma sobrancelha erguida. “Ora, é fácil o suficiente colocar na secadora para uma rodada rápida. A menos que você esteja com tanta pressa de sair?” Ela inseriu um tom exageradamente magoado.

Isso fez Eli rir. “Não, estou totalmente à sua disposição pelo resto da noite.” O vislumbre de um sorrisinho no rosto dele provavelmente combinava com o dela. “Use eu e minhas roupas do jeito que você quiser.”

Oooh… Ele realmente não deveria dizer coisas assim. Estava colocando todo tipo de ideias na cabeça dela, nenhuma das quais eram boas ideias depois do que eles já haviam feito no chuveiro.

Harper mordeu os lábios novamente enquanto seus olhos percorriam o peito nu dele, e ela fez o seu melhor para afastar essas ideias ruins. As coisas tinham acontecido rápido demais hoje à noite — em menos de uma hora, ela tinha ficado totalmente nua na frente dele, gozado tão forte no dedo dele que suas pernas haviam falhado, e tinha a boca em volta dele de uma forma que ela jamais, jamais poderia sequer imaginar a apenas um mês atrás… Não seria loucura demais continuar indo além?

Expulsando as tentações arriscadas da mente, ela pegou a camisa do Eli, ligou a secadora no ajuste mais rápido de ar quente, depois buscou a tábua de passar e colocou as calças dele na superfície plana. “Vamos tentar a minha versão de entretenimento noturno então,” ela disse, fingindo agir toda casual. “Bem mais chato comparado a… suas alternativas, mas eu realmente gosto do seu terno. Devemos tentar salvá-lo.”

O sorrisinho persistente dançou um pouco mais no rosto dele antes de se transformar em um sorriso suave e curioso. “Você sabe como tratar ternos danificados pela chuva?” ele perguntou.

Ah, caras ricos como ele provavelmente ou não se importavam o suficiente para resgatar ternos danificados pela chuva, ou tinham um motorista os levando para todos os lugares de modo que esses ternos caros nunca enfrentassem o tempo. Harper sentou ao lado da tábua de passar e olhou para ele, satisfeita que, por uma vez, havia algo que ela poderia ensinar em vez disso. “Lã é a mais fácil, ela é essencialmente impermeável por si só e só precisa arejar num cabide.” Ela passou a mão pelo tecido liso da calça dele. “Mas a sua parece ser de seda, então devemos tentar enxugá-las antes que encolham ou percam a forma.”

Ela pegou uma toalhinha de mão para cada um, e ele tomou seu lugar do outro lado da tábua. Seguindo o exemplo dela, ele achatou a perna da calça na tábua e pressionou a toalha sobre ela.

Harper não conseguiu evitar um sorriso enquanto o observava. A visão disso parecia estranhamente acolhedora – ela enrolada num roupão de banho, ele em nada além de uma toalha, ambos sentados no chão e dando tapinhas em roupas molhadas para secar. Era um contraste tão agudo com a cena aquecida que acabaram de protagonizar no chuveiro… Mas ao mesmo tempo, essas imagens não entravam em choque. Ambas eram agradáveis, naturais, como se fosse sempre assim que as coisas deveriam ser entre eles.

Ela estava perdida nesses pensamentos quando os olhos dele subiram, e os olhares deles se encontraram através da tábua de passar.