277: A Surpresa de um Velho Conhecido 277: A Surpresa de um Velho Conhecido ** Eli **
No fim do dia, acabaram com a água do banho completamente, e Eli teve que se esforçar para esconder a risada ao ver a cara séria que Harper tentava manter quando eles saíram para encontrar a equipe novamente, elogiando que o banho foi extremamente “revigorante”.

Depois de terem despejado todo o estresse e o vapor acumulados, o resto do tempo deles no spa finalmente foi relaxante como planejado. Harper insistiu em pular uma massagem corporal completa — por motivos que eram óbvios e totalmente visíveis para Eli — então eles receberam uma massagem nos pés juntos ao invés disso, enquanto ela lhe lançava olhares significativos que prometiam vingança pelo que ele havia feito. Depois ela fez um tratamento facial prolongado, e como se revelou, havia uma satisfação surpreendente em passar uma hora e meia olhando apenas para o belo rosto dela.

A jornada de autocuidado terminou com um jantar improvisado em uma churrascaria do bairro, perfeito para o fim do verão. Quando os dois finalmente voltaram para casa, completamente recarregados em todos os aspectos, o único arrependimento de Eli era que o dia não podia ser o dobro de longo do que foi.

Ele poderia viver com isso, no entanto. Contanto que a breve pausa mantivesse Harper renovada e enérgica para os toques finais em seus designs na próxima semana, não demoraria muito para que eles pudessem tirar todo o tempo que quisessem para celebrar o sucesso dela.

Essa era a ideia em sua mente quando ele voltou à sua rotina semanal na segunda-feira, chegando ao seu escritório com um sorriso satisfeito firmemente estampado em seu rosto.

“Chefe, é um olhar de animação que estou vendo para o gala que vai acontecer neste fim de semana?”

Ele mal havia se acomodado atrás da mesa quando Justin colocou a cabeça para dentro pela porta entreaberta, saudando seu chefe com um tom de voz um tanto quanto insincero, mas animador.

Eli estava começando a se acostumar com esse tipo de cena nas últimas semanas. Aparentemente, seu assistente estava um tanto quanto amargurado por perder o grande evento. De certa forma compreensível — era uma regra não escrita na indústria que peixes grandes com muitos contatos, como o herdeiro de uma grande companhia de investimentos regional, teriam várias maneiras de garantir um ou dois convites adicionais para seu pessoal favorito. E Justin obviamente estava tentando cortejar esse favor desde o Havaí … Embora infelizmente, sem que ele soubesse, o precioso bônus que ele almejava já havia ido para Chelsea.

Eli soltou um suspiro interno ao ter que lidar com assistente tão oportunista. “Não é sobre o gala, Justin. Mas se você está mesmo tão interessado nisso, eu posso considerar arranjar um convite para você para o ano que vem se eu ainda estiver sentado neste escritório até lá. Contanto que você se comporte nos próximos doze meses.”

O rosto de Justin imediatamente se iluminou como o de uma criança que acabou de receber a promessa do seu doce favorito. Depois ele teve o bom senso de tentar parecer um tanto quanto envergonhado por ter deixado suas intenções gananciosas tão óbvias. “Ahem, isso é extremamente gentil da sua parte, chefe.” Ele sorriu humildemente e pigarreou. “Que … ah, na verdade, torna um pouco difícil para mim te contar a notícia que trouxe. Você poderia ser tão gentil a ponto de lembrar nos próximos minutos que eu sou apenas o mensageiro? Não atire no convite quando você inevitavelmente ficar irritado após ouvir.”

Esse preâmbulo lhe rendeu uma sobrancelha levantada.

“O que meu pai quer desta vez?” O bom humor de Eli escureceu instintivamente com um mau presságio.

“Ah, não é o seu pai, na verdade. É a Vanessa Jones.”

… O mau presságio acabou de piorar.

“A assistente dela ligou há uns minutos,” continuou Justin. “Ela disse que a Senhorita Jones pediu para que a mensagem fosse entregue a você palavra por palavra, que é: você vai se arrepender se levar aquela ruiva ao gala neste fim de semana.”

Um momento de silêncio ameaçador desceu abruptamente na sala.

Que porra era essa? Eli franziu a testa, sem perceber até então que ele havia subestimado essa mulher maluca. Quem diabos ela pensava que era, e isso era algum tipo de ameaça?

“Tenho certeza de que não pode ser tão sério quanto parece …” Justin aventurou sua opinião cautelosamente, provavelmente porque o silêncio começou a soar um pouco intimidador. “A Voyage Bank é uma empresa de alta visibilidade, e estamos falando de acordos de parceria com eles há muito tempo, não é? Eu não acho que ela realmente queira criar problemas conosco com isso. Talvez ela esteja apenas—”
“Coloque-a na linha. Ela mesma, não a assistente.”

Eli levantou-se da cadeira. Se ele tinha que dizer na cara daquela vadia o que realmente pensava dela para acabar com essa farsa, ele faria. Mas Justin só lhe deu mais um olhar constrangido. “De acordo com a assistente, a Senhorita Jones não poderá ser contatada durante toda a semana. Ela está na França e ocupada provando o vestido do novo designer dela para o gala.”

Jogar palavras ao vento desse jeito sem deixar um caminho para ninguém conseguir uma resposta? Bom planejamento.

Eli passou a mão frustrado pelo queixo. Ele não gostava dessa surpresa logo na manhã de segunda-feira. Por que Vanessa de repente jogou uma bomba dessas e o que ela queria? Isso ainda era sobre o jogo de beisebol, ou tinha a ver com alguma conversa que seus pais tiveram desde então?

Havia algo mais acontecendo nos bastidores do que ele não estava ciente?

“Ah … Enfim, eu ainda tenho um monte de papelada e solicitações de compromissos para organizar, chefe. Então se você não precisar de mim agora …”

Justin, sendo o oportunista espertinho, cuidadosamente se desculpou quando suas palavras foram recebidas com mais silêncio, saindo pela porta e deixando seu chefe remoendo suas próprias ideias.

Eli olhou para a porta sombriamente. Bem, não importava o que Vanessa ou seu pai estivessem planejando para este fim de semana. Ele sabia de uma coisa com certeza —
Ele não ia deixar Harper fora de vista durante toda a duração daquele gala.