Suas Lições Travessas - Capítulo 123
123: Especial   123: Especial                                   ** Eli **
Inferno doce, Harper gemeu enquanto ele se esvaziava na boca dela, selando seus lábios apertados ao redor dele como se relutante em perder uma única gota.
Eli sempre soube como era diferente estar com ela. Sempre conheceu a magia do toque dela, a facilidade impossível com que ela tirava dele os clímax mais difíceis a cada vez. Mas, à medida que este o rasgava pelo corpo, tão feroz em sua intensidade que cegava sua visão e transformava todo o mundo num lampejo quente de branco ardente, ele percebeu que tinha subestimado ela mais uma vez. Suas aventuras anteriores não eram nada comparadas a esse puro êxtase… tanto no corpo quanto na alma.
Sua mente estava à deriva, navegando entre a realidade e o paraíso. Ele forçou os olhos a se abrirem — o que se mostrou uma tarefa difícil com todo o corpo fraco pelo prazer paralisante — e quando sua visão conseguiu focar, ele viu Harper olhando para ele também. Os olhos dela estavam vidrados, as bochechas coradas, os lábios ainda envolvendo seu pau que ainda não tinha amolecido.
Essa imagem dela era tão completamente diferente da menina doce e inocente que ele sempre conheceu. Mas, a partir de agora, seria a nova imagem pela qual ele se lembraria dela, a versão sexy e ousada dela que era igualmente bela e ainda mais impressionante. Porque esta era a versão que o queria… e que ele queria desesperadamente em troca.
— Vem cá — ele disse rouco, acariciando os lábios úmidos dela com o polegar enquanto ela o deixava escorregar para fora da boca. Se tivesse força suficiente, ele a teria puxado para um beijo avassalador, mas com ondas de tremores residuais ainda pulsando fortemente por cada um de seus músculos, ele não se atreveu a tentar. Tudo o que queria era ser abençoado com a proximidade dela e enterrar o rosto contra ela, deixando seu corpo resistir aos tremores nos braços dela.
Ela o abençoou exatamente com isso. Deslizando pelas pernas dele, ela se aninhou entre ele e o encosto do sofá, e soltou um riso surpreso quando ele enterrou o rosto no vale entre os seios dela com uma profunda inalação.
— Tenho medo de acordar e perceber que isso é um sonho — As palavras dele eram abafadas contra a pele dela.
Ele queria dizer o que falou, tanto para aquele momento de êxtase quanto para este momento atual de abraço tranquilo e pacífico. Para ele, abraçar era uma demonstração de afeto demasiado, algo feito entre casais de verdade que ele raramente tinha a oportunidade ou o desejo de fazer. Mas agora, não conseguia imaginar nada mais celestial do que estar mole nos braços de Harper, cercado apenas por seu calor, seu cheiro e o som dos batimentos cardíacos dos dois.
Ela riu novamente da sua admissão tola. — O que deveríamos fazer antes que você acorde, então, para aproveitar ao máximo o seu sonho? — ela provocou. — Devo ligar para o concierge trazer uma caixa de camisinhas para você continuar com sorte?
Eli riu, sentindo sua virilha se apertar com o mero pensamento daquela caixa, o início de um novo tesão já rolando. Ele afastou a tentação, no entanto. — Vamos deixar isso para a próxima vez. É melhor ter certeza de que estou realmente acordado… para poder tornar isso especial para você.
Em retrospecto, ele ficou contente que a falta de preparação os tivesse impedido de ir direto para a cama esta noite. Não que ele não estivesse morrendo de vontade de fazer isso, mas se essa fosse ser a primeira vez de Harper, ele não queria que parecesse um mero impulso do momento. Ele queria torná-lo memorável, da melhor forma.
Com o rosto ainda aconchegado contra o peito dela, ele ouviu o coração dela acelerar. Uma mão fez um laço atrás dele, acariciando suavemente seu cabelo, e quando ela falou de novo, sua voz era macia e ofegante. — É sempre especial quando estou com você, Eli.
Seu próprio coração pulou uma batida e, caramba, aquela urgência pulsante em sua virilha disparou em mastro cheio. Já tinha passado nem um minuto?
Essa era a força que ela tinha sobre ele.
Eli olhou para ela. Dessa posição, ela era absolutamente deslumbrante de uma maneira literal. O olhar nos olhos dela era terno, ainda assim a fachada doce não escondia o calor fulgurante brilhando naquelas profundezas esmeraldas. As bochechas dela estavam coradas, embora se fosse por um leve rubor ou pelo resultado de seu trabalho anterior, ele não pudesse dizer com certeza. Os lábios dela entreabriram levemente quando ela encontrou o olhar dele, e o brilho suave naquela carne cor de pêssego o tentava como um pecado.
Ele abraçou a tentação. Com energia renovada que o instigou a voltar à ação, ele capturou aqueles lábios pecaminosos com os dele.
Ela ainda tinha o gosto dele. O cheiro espesso cobria cada centímetro dentro de sua boca, e ele achava insanamente excitante lamê-lo da língua dela. Mas era mais do que isso. Isso se sentia diferente da última vez que ele tinha feito isso… porque não era o gosto do mero desejo mais. Era um gosto de pertencimento, dela desejá-lo simplesmente por ser ele.
Um suspiro suave escapou entre os lábios deles enquanto o beijo se aprofundava. Os braços de Harper agora estavam envolvendo o pescoço dele, e ela moldava seu corpo ao dele, pressionando-os juntos. Os seios nus dela pressionavam-se de maneira tão sensual contra o peito dele, e as pernas—
Eles dois suspiraram quando a parte superior da coxa dela empurrou diretamente contra o pau duro dele. Ela de choque, ele de uma mistura de dor e desejo que foi construída de um brilho para uma fervura sibilante.
— … Já? — A expressão incrédula de Harper era impagável. — Mas como—
Eli riu. Virando-os, ele ganhou outro suspiro dela enquanto ele a pressionava de volta ao sofá e pairava sobre ela. — É sempre especial quando estou com você também — disse ele com um sorriso, embora não sem seriedade. — De mais de uma maneira… Devo mostrar?
