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- Sua Promessa: Os Bebês da Máfia
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239: Capítulo 2.144 239: Capítulo 2.144 Christian
“Ei, Bela Adormecida!” Beau chutou a perna de Christian, acordando-o. “Temos que ir. Dario está esperando por você.”
Sobressaltado, Christian abriu os olhos, percebendo que havia adormecido em sua cadeira enquanto cuidava de Serena. “Onde ela está?” Ele perguntou, não querendo perdê-la novamente.
“Matteo levou ela para Siena, e nós temos que ir.”
Estressado, Christian se levantou da cadeira e passou as mãos pelos cabelos. “Ela não me acordou. Por que ela não me acordou?” Ele andava de um lado para o outro, eventualmente pegando seu telefone.
Ele soltou um suspiro frustrado ao ver a longa lista de chamadas perdidas. “Por favor, me diga que seu pai não me viu assim?”
“Oh, ele não viu.” Beau simplesmente deu de ombros. “Serena disse a ele que você estava tirando uma soneca, e ele saiu. Algo sobre você não poder descansar.” Ele disse. “Mas não se preocupe, eu defendi você como sempre—” A frase de Beau foi interrompida por um travesseiro sendo jogado em seu rosto.
“Ai.” Ele franziu a testa. “Isso foi por quê?”
“Apenas ligue para Dario e diga que estamos a caminho!”
Algum tempo depois, Christian e Beau estavam no carro, a caminho do local secreto onde Dario mantinha tanto Berto quanto Luca.
“Se você não se importar, vou apenas deixá-lo lá.” Beau quebrou o silêncio. “Preciso estar com minha irmã.”
“Sim, deveria.” Christian suspirou, concordando. Se por um lado, ele sentia que deveria ter sido ele a cuidar de Serena — mas, por agora, ele tinha outros deveres. “Apenas diga a ela que estarei em casa em breve.”
“Eu direi.”
“E diga a ela para não cozinhar para mim.” Christian fez uma cara de nojo, ganhando uma risada de Beau.
A viagem até o local deu a Christian tempo suficiente para pensar sobre seus sentimentos. Se alguém tivesse dito a ele que seria forçado a matar seu tio e seu primo pelo bem da família, ele teria chamado essa pessoa de louca.
Infelizmente, tudo havia se tornado realidade, e não havia saída. Era algo que precisava acontecer.
“Mantenha-me atualizado.” Beau deixou Christian, que percebeu culpa em seus olhos. Ele sempre teve o seu apoio, mas desta vez foi forçado a decidir entre estar lá pelo amigo ou pela irmã.
“Sim,” falou Christian. “E não deixe Serena entrar na cozinha. Estou falando sério!”
~
Entrar sozinho em um prédio frio e escuro era algo que ele já havia feito várias vezes, mas desta vez era diferente.
Desta vez era para confrontar seu tio e seu primo, que haviam amarrado sua noiva inocente a uma cama. Christian acreditava em segundas chances, mas não quando se tratava de machucar Serena. Ele nem mesmo acreditava que merecia uma segunda chance pelo sofrimento que havia causado a ela.
Ao entrar no grande espaço vazio, os olhos de Christian foram direto para Berto, que estava amarrado a uma cadeira. Sua máscara característica não estava em seu rosto, revelando suas queimaduras de terceiro grau.
Os olhos penetrantes de Berto olharam na direção de Christian. “Então você está aqui.” Ele franziu um olho, enquanto o outro estava coberto por um tapa-olho.
Ignorando seu tio, Christian desviou o olhar para o vidro à prova de som. Luca, conhecido por seus modos descuidados e seus olhos cheios de travessuras, socou o vidro. Christian não conseguiu entender o que ele estava gritando, mas o olhar horrível no rosto de Luca deu a ele uma ideia.
“Me tire daqui.”
“Por favor, não me mate.”
“Você me deve suas vidas.”
“Luca cancelou todos os planos de Berto, então não há mais ameaças,” Dario se revelou. Ele caminhou até chegar perto de Berto e se ajoelhou ao seu nível. “Apenas um velho patético, esperando para dar seu último suspiro.”
Um riso baixo escapou dos lábios de Berto. “Sua mãe teria cuspido em você!”
Irritado, Dario conectou seu punho com o nariz de Berto. “Não fale sobre minha mãe!”
“A mãe que me fez assim em primeiro lugar?” Berto franziu a testa, não abalado pelo soco. “Está no seu sangue. Você não pode fugir disso.”
“Eu liguei para Johnny.” Dario mudou de assunto, enfrentando Christian. “Eu disse a ele para Visitá-lo pela última vez, já que estamos todos nos revezando hoje.”
“Revezando fazendo o que?” Christian se perguntou, percebendo um dos contras de administrar o negócio juntos. Era um acordo cinquenta e cinquenta, então tecnicamente, Dario poderia fazer qualquer coisa sem sua permissão.
“Não se preocupe com isso.” Dario suspirou profundamente. “Vovô e vovó também estarão aqui em breve.”
“Espere — o quê?”
“Mãe e pai?” Berto perguntou igualmente chocado, suas mãos amarradas apertando o apoio do braço.
“Isso mesmo.” Dario assentiu. “Antes de te enviar para o inferno, vou deixar você ter um momento com o homem que você despreza mais.”
Bem naquele momento, Johnny entrou na sala. Berto zombou, vendo o rosto de seu filho — mas Johnny não tinha tempo para ele. Seu olhar se moveu diretamente para seu irmão atrás do vidro.
“Tenho vergonha de chamar você de meu filho!” Berto tentou chamar sua atenção. O homem sorriu enquanto Johnny se aproximava para olhar nos olhos de seu pai.
A raiva nos olhos de Johnny de algum modo fez Berto baixar a cabeça. Christian viu isso como um sinal de fraqueza. Berto começou a perceber que não era mais o chefe.
“Não, tenho vergonha de ter você como meu pai,” Johnny lhe disse. “Embora você nunca tenha gostado de mim, eu lamentei sua morte como ninguém. Visitei esse chamado túmulo seu quase todos os dias.” Ele falou. “Então por que… por que Luca e não eu?”
Christian conhecia seu primo o suficiente para saber que não era por ciúmes. Johnny era um irmão que assumiria toda a dor e as broncas de Luca, se fosse possível.
“Porque seu irmão é vulnerável, estúpido… o que claramente se voltou contra ele desta vez—”
“Não fale dele assim!” Johnny apontou, envolvendo suas mãos em volta do pescoço de Berto. “Você não tem o direito de falar dele assim.”
“Ei, acalme-se.” Christian segurou seu primo depois de ver que Dario não tomaria nenhuma atitude tão cedo.
Por que ele faria isso? Ver Berto sofrendo era o que ele queria.
“Christian e Dario sentem o mesmo,” Berto disse.
“Você realmente acha que eles o deixarão viver?”
Houve uma pausa rápida enquanto Christian e Dario trocavam um olhar. Christian sabia o que tinha que ser feito e esperava que seu primo concordasse. Afinal, Johnny havia o encorajado a matar Luca em primeiro lugar.
Pelo silêncio de Johnny, Christian já podia adivinhar que esse não era o caso. Ele repousou a mão no ombro de Johnny, que estava olhando para seu irmão mais novo através do vidro.
“Como você pode ver — ele não está amarrado,” Christian sussurrou para um Johnny cético. Se ele tivesse que mentir sobre isso, que assim seja.
“Olha, ele é idiota, mas Luca e eu sempre tivemos um ótimo vínculo, e eu não quero machucá-lo.” Dario apoiou. “Ele também é meu irmão, você sabe.”
‘Por favor, não deixe isso ser verdade’ Christian repetiu em sua cabeça.
Ele duvidava das palavras de Dario, pois tudo pelo que ele havia se importado até então era a tortura de seu pai. Todos sabiam que Johnny não era estúpido e não poderia ser enganado.
Sua forte mente para distinguir a verdade das mentiras havia sido seu traço de personalidade por anos. Algo pelo qual ele costumava ganhar elogios depois de dizer suas infames palavras, eu te disse.
“Então você espera que acreditemos que você vai simplesmente deixá-lo sair livre depois de toda a merda que ele fez?” Berto entrou em sua cabeça. “Sei que Christian não vai.”
“Eu posso te dar minha palavra que o que quer que aconteça, ele não está na lista para hoje — então eu sugiro que você volte amanhã para podermos discutir isso pacificamente.”
Conflitado, Johnny olhou do vidro para Dario e Christian antes de tomar uma respiração profunda. “Então eu voltarei amanhã.” Ele anunciou enquanto ia embora sem olhar para trás.
“Ele não acredita em você.” Berto cantou, sorrindo através de sua dor.
Dario puxou Christian para um canto. “O que vamos fazer com ele?” Ele apontou para Luca.
Christian encarou Luca, que ainda estava batendo os punhos contra o vidro, não mostrando nenhum sinal de parar. “Berto é seu, mas Luca é meu.”
“O que você quer fazer—”
“Matá-lo,” Christian respondeu. “Não tenho desejo de vê-lo vivo, e Berto está certo. Ele nunca vai parar.”
“Porque ele é filho dele?” Dario questionou. “Porque se for esse o caso, você também deveria matar Johnny e eu.”
“Você vai me ressentir se eu o matar?” Christian perguntou, sentindo-se inquieto. Não era assim que ele esperava que as coisas acontecessem. “Desde quando você se importa com o que acontece com Luca?”
“Não me importo, e eu sei que a morte é o castigo que ele merece.” Dario se esclareceu. “Só estou perguntando se eu estou seguro ou não.”
Christian entendeu as preocupações de Dario. No passado, Dario não era diferente de Luca, mas havia uma diferença. Dario nunca havia perdido a razão e continuava o mesmo, enquanto o mesmo não poderia ser dito sobre seu irmão.
“Você está seguro, e eu nunca trabalharei contra você.” Christian deixou claro. “Você tem minha palavra.” Ele estendeu a mão, sabendo o quanto Dario significava não apenas para a família, mas também para Serena.
“Bom.” Dario aceitou. Um sorriso aliviado apareceu em seus lábios, mas esse sorriso foi de curta duração enquanto uma risada aguda podia ser ouvida através da sala.
“Pai, mãe — que surpresa agradável!” Berto disse enquanto os dois seguiam seu olhar.
Na entrada estava a pessoa que ele mais desprezava.
Franco Lamberti.