Sua Promessa: Os Bebês da Máfia - Capítulo 234
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234: Capítulo 2.139 234: Capítulo 2.139 Christian
“Então o que você está dizendo é que agora é impossível chegar até ela?”
Christian fechou sua mão em um punho, tomando fôlego. Ouvir as notícias do avô sobre os muitos seguranças do tio não se encaixava em seu plano perfeito.
Ele encarou o Franco, que o havia puxado para o lado para dar as notícias enquanto a culpa estava escancarada em seu rosto. “Tudo isso é minha culpa. Não deveria ter abandonado ele assim.” Franco falou. “Vamos dar um jeito nisso.”
Christian sacudiu a cabeça. “Eu vou.” Ele falou. “Você tem que ir para o hospital. Papai precisa de você.”
“E eu preciso que você leve Siena com você.” Ele disse, sabendo que era a maneira mais segura de protegê-la caso alguma coisa acontecesse. “Não se preocupe comigo. Eu vou sobreviver.”
“Por que tenho a impressão de que você tem algo planejado?” Franco perguntou, desconfiado. Christian deu de ombros. “Vou ter que matá-lo. Você sabe disso, certo?” Ele falou. “Papai pode não concordar, mas não há lugar para o tio nesse mundo, especialmente depois de levar a Serena.”
“Ninguém obrigou ela a fazer isso… ela fez a própria escolha.” Franco compartilhou cuidosamente sua opinião. “Eu ouvi dizer que ela está grávida… de novo, e isso é bom.” Ele falou. “Mas depois que tudo isso acabar—você deveria terminar o noivado e considerar mandá-la de volta para os Alfonzo.”
“É para o bem da família.”
“Nunca,” disse Christian, sabendo que sua mãe e avô prefeririam vê-los separados do que juntos.
Surpreso, Franco massageou a nuca. “N-nunca?” Ele gaguejou. “Eu aprendi a respeitá-la porque ela sempre foi respeitosa comigo, e ela é uma Alfonzo, mas essa garota só te causa problemas.” Ele colocou a mão no ombro de Christian. “Ter alguém que não para de tomar decisões imprudentes ao seu lado vai destruir essa família — e eu não vou permitir isso.”
Christian riu baixo, abaixando a cabeça. Ele foi o primeiro a admitir que as decisões da Serena nem sempre eram as mais inteligentes, mas no fundo, ele sabia que ela fazia tudo o que podia para protegê-lo. “O que Serena fez que eu não fiz?” Ele perguntou. Franco tropeçou, lutando para encontrar uma resposta.
“Exatamente.” Christian deu de ombros. “Se você está tão preocupado com o estado da família, vou dar um passo para trás e entregar a alguém mais — mas não serei forçado a deixar a Serena.” Ele falou. “Não vai acontecer, não de novo.”
“O quê?”
“Se você realmente quer culpar alguém pela nossa desgraça, deveria me culpar!” Christian elevou sua voz. “Eu que me aproximei dela. Eu que a trouxe para essa família distorcida, eu fui egoísta demais para deixá-la ir, e enquanto você reclama de tudo, ela colocou a própria vida em risco para evitar que seu filho matasse todos nós.”
Franco ficou sem palavras. “Então você estava planejando abandonar a família esse tempo todo?”
“Não, estou pedindo para você não me fazer escolher.”
“Eu acho que você já fez sua decisão.” Franco deu de ombros. “Se você não está feliz com o modo como as coisas funcionam nesta família, então sim — talvez você deva dar um passo para trás.”
“Você odeia tanto a Serena assim?”
“Eu te avisei que ela seria sua ruína. Ela não é boa para você.” Ele aproximou seus lábios do ouvido de Christian. “Ela é perigosa, e ela é uma Alfonzo.”
“Você pensa o mesmo sobre Siena também?” O coração de Christian caiu. “Porque se pensa, vou levar Serena e minha filha e me afastar de todos vocês.”
“Christian, Siena não tem nada a ver com isso—”
“Se você não pode respeitar Serena, eu não preciso de você perto da nossa filha.”
As palavras de Christian foram claras e deixaram um clima constrangedor na sala. “Eu—” Franco piscou, chocado.
“Você deveria ir. Papai precisa de você.” Christian falou, não querendo causar uma cena.
Franco virou sem dizer uma palavra, mas de repente parou no meio do caminho. “Você ainda quer que eu leve Siena comigo?”
“Sim,” disse Christian. “Depois disso, você não vai vê-la por um bom tempo, então sugiro que faça isso.”
Christian havia alcançado seu limite e não fazia ideia de quanto tempo mais teria que viver assim. Temendo pela vida de Serena e Siena todos os dias, não era o que ele havia desejado.
Minutos depois que Franco saiu, Christian se sentiu sem esperanças. Ele estava determinado a ter Serena de volta hoje, mas sabia que não seria fácil. Todos sabiam que o tio não podia ser enganado da mesma forma que fizeram com o Fabio e não hesitaria em acabar com a vida de Serena da mesma forma que acabou com a do tio do Dario.
Conflitado, Christian pegou seu telefone e procurou o número do Luca. Ele não queria falar com seu primo. Ele nem mesmo queria ouvir sua voz — tudo o que ele queria era seu tio, mas não tinha escolha.
Não havia palavras para expressar o quanto ele odiava Luca, e depois de tudo isso acabar — ele tinha prometido a si mesmo dar a seu primo o castigo que ele merecia.
“Sim?” Luca atendeu. Christian apertou o telefone e fechou os olhos, irritado.
“Preciso falar com seu pai.”
“C-Christian?” Luca gaguejou. “Qualquer que seja o assunto, você pode me dizer —”
Christian respirou fundo. “Coloque o Berto na linha, agora.” Ele pediu calmamente, sabendo que gritar não adiantaria.
Depois de um tempo, ele ouviu uma tosse alta ao telefone. “Ah, Chrissie!” Ele ouviu a voz do Berto. “Eu ouvi que você queria falar comigo?”
“Tio.” Christian sentiu um nó na garganta. Ele tinha tanto em mente, mas seus lábios não o permitiam falar.
“Você ligou para me agradecer pelo dinheiro e pelo depósito?” Berto perguntou em um tom alegre. Christian começou a andar de um lado para o outro, frustrado por não conseguir alcançar seu tio, enquanto apenas uma coisa lhe passava pela cabeça.
Isso era algum tipo de piada para ele?
“Você foi longe demais dessa vez.”
“Eu?” Berto caiu na gargalhada. “Eu também fiquei muito surpreso com a corajosa decisão da Serena de se entregar — então suponho que você ficaria também.”
Os olhos de Christian se arregalaram lentamente ao perceber que era tudo parte do plano do tio.
O tom alegre em sua voz.
Não mudar de local, apesar de manter Serena como refém.
Devolver o dinheiro e o depósito.
Ele percebeu que Berto estava tentando atrai-lo para fora de casa e que Serena era o meio perfeito para isso.
Claro que ele não recuaria. Christian quebrou a cabeça. Ele ainda estava atrás do negócio da família e estava apenas esperando que ele fizesse seu movimento.
“Você sabia que eu viria atrás de você, não é?” Christian foi direto ao ponto.
“Talvez.”
“Então pare de usar Serena como isca. Ela não tem nada a ver com isso.” Christian abaixou o tom. Ele sabia que seu tio não tinha nada a perder e acabaria com a vida de Serena em um piscar de olhos. Enquanto Christian não colaborasse, Serena não tinha valor para ele.
Berto deu uma risadinha. “Eu prometi destruir essa família, de um jeito ou de outro — então a menos que você esteja disposto a me dar o negócio ou trocar sua vida pela dela, eu vou contar os dias dela.” Ele disse. “E a pobre garota apenas continua esperando por um médico, sem saber que não haverá nenhum.”
O coração de Christian congelou. “Se você machucar meu bebê…” Ele se sentiu entorpecido, pensando no filho ainda não nascido no ventre de Serena.
“E aí?” Berto zombou. “Por favor, me diga, o que você vai fazer? Me machucar?”
“Você poderia ter levado qualquer outra pessoa.”
“Você está sugerindo que eu deveria ter ido atrás da sua mãe ou talvez das suas irmãs? Porque ainda podemos fazer isso.” Berto perguntou, esperando uma resposta. “Chrissie, eu preciso que você ouça.”
Christian engoliu em seco. “Estou ouvindo.”
“Tenho certeza de que você já conseguiu reunir um pequeno grupo para me destruir — então sugiro que todos nós possamos talvez resolver isso durante um jantar,” Berto sugeriu. “Ou você sempre pode vir com um exército e me assistir explodir os miolos da Serena —”
“Não,” disse Christian. “Isso não será necessário. Podemos resolver isso durante o jantar.”
Christian se sentiu fraco e sem esperança, sabendo que seu plano tinha falhado antes mesmo de entrar em ação. Ele se sentia um covarde por deixar seu tio passar por cima dele, mas ele só tinha uma prioridade — e era ter Serena de volta em segurança. Não importa o custo.
Berto murmurou aprovativamente. “Boa escolha, boa escolha.” Ele disse. “Eu sei que você conhece meu local.” Berto limpou a garganta. “Nós jantamos às oito, sem armas, sem violência — e já que estou me sentindo bem hoje, vou permitir que você traga mais três convidados.”
“Para você poder matar todos nós?”
“Eu já te disse, sem armas,” Berto garantiu. “Só quero ter um jantar agradável com meu sobrinho e ver se conseguimos chegar a uma decisão mútua.”
Christian era inteligente o suficiente para saber que era mentira. Tudo isso.
Não havia como todos saírem daquela casa vivos, mas ele ficou sem opções. Ele já havia tomado sua decisão, pois sempre acreditou que Siena precisava mais da mãe do que dele.
Ele protegeria ela, mesmo que tivesse que morrer por isso.
“Estarei lá,” Christian confirmou sua presença.
“E estarei esperando por você.” Christian podia sentir o sorriso do tio através do telefone. “E espero que você traga Dario — porque ele e eu ainda temos muita coisa pendente.” Ele falou antes de desligar o telefone.
Christian sentiu seu coração acelerar, sabendo que o negócio inacabado do tio com Dario envolvia sua cabeça em uma estaca. Alguém como seu tio nunca poderia aceitar que o filho que ele treinou para ser um monstro tivesse traído ele.
Mesmo assim, Christian sabia que não tinha escolha. Ele fez uma promessa ao Dario, e agora ele tinha que cumpri-la. Se houvesse alguém digno de ver o último suspiro do Berto, era seu primo.
Christian pensou em Beau. Ele não ficaria sentado enquanto a vida de Serena estava em jogo. Ter um Alfonzo presente para tranquilizar Matteo era necessário. No pior dos cenários, Matteo não concordaria com os termos e atacaria com força total, levando à morte de Serena.
É por isso que preciso do Vince, Christian concluiu. Depois de tudo com Fabio, ele sabia que podia contar com ele para garantir que ninguém tomaria uma decisão estúpida e imprudente.
Havia apenas uma coisa que Christian não conseguia entender.
Como ele poderia possivelmente salvar Serena sem armas?