Sua Promessa: Os Bebês da Máfia - Capítulo 227

227: Capítulo 2.132 227: Capítulo 2.132 “Eu preciso que você encontre um jeito de marcar um encontro com Berto,” falou Christian para a minha surpresa. Marc estava tão confuso quanto eu e provavelmente estava esperando que Christian dissesse que era tudo uma brincadeira — mas não era.

“Christian…” Marc começou. “Eu sei que você quer passar um tempo com Vince, mas não podemos simplesmente mudar o nosso plano. Pense em todas as pessoas que nós abordamos.” Ele mencionou. “O que os outros vão pensar de você — ”
“Marc, eu preciso que você esqueça esse plano por um segundo.” Christian balançou a cabeça. Ele andava de um lado para o outro. “Você sabe, depois de ver o estado em que o Vince está?” Ele respirou. “Eu não quero que mais ninguém se machuque, então vou resolver esse assunto com meu tio por conta própria.”

O quê?

Ele está brincando?

“Então o que você está dizendo é que você quer que seu tio te mate, para que a Siena cresça sem um pai?” Marc zombou. “Você pensa alguma vez?”

Obrigado, Marc.

“Eu — ”
“Pense na Serena!” Marc o confrontou. “Eu não sei se você percebeu ou não, mas todo mundo está tentando te manter seguro — ”
“Eu sei,” sussurrou Christian. “E é por isso que preciso que todos vocês deem um passo para trás.” Ele disse. “O problema é entre meu tio e eu, então vamos resolvê-lo.”

Doía me olhar para a expressão pálida no rosto de Christian, e mais ainda saber que ele não queria incomodar ninguém com seus problemas.

“Christian, você não é imortal!” Marc colocou as mãos nos ombros de Christian. “Então cale a boca e deixe a gente te proteger —”
“Não, você que precisa calar a boca!” Christian agarrou Marc pela gola. Eu deveria intervir?

Christian olhou para o amigo com as sobrancelhas franzidas. “Eu não preciso me explicar para você, mas eu escolhi fazer isso.” Ele falou. “Tudo que você precisa fazer é acenar com a cabeça e ficar quieto — você entendeu?”

Marc lançou um olhar severo para Christian e suspirou, sem saber o que fazer. “Eu entendo.” Ele o empurrou. “Por todos os meios, vai lá e se mata. Quem sou eu para te impedir?”

“Afinal de contas… eu só trabalho para você.”

Christian balançou a cabeça. “Você sabe que isso não é verdade.” Ele disse. “Eu só preciso que você confie em mim uma vez.”

Ele soltou um suspiro profundo. “Berto está indo atrás das pessoas que eu me importo, e não é só sobre a minha vida mais.” Ele começou. “Eu preciso pensar na minha família, minhas irmãs, Vince…”

Ouvir sobre os verdadeiros sentimentos de Christian me fez sentir mal. Ele nunca compartilhava suas preocupações comigo porque provavelmente não queria parecer fraco na minha frente — mas ouvir sua conversa realmente abriu meus olhos para muitas coisas.

Ele era responsável por muitas vidas e não suportava mais a dor.

Se ao menos eu pudesse ajudá-lo.

“Marc… meu tio me deixou uma mensagem, e no passado, ele me deixou muitas mensagens, mas desta vez é onde eu traço a linha.” Christian fechou a mão em punho.

“Ele me disse que deixaria o negócio da família em paz se eu entregasse a Serena para ele.” Christian compartilhou. “Ele disse que me ver em dor significa mais do que o negócio da família.”

“Ele pode me ameaçar quanto quiser, mas a Serena? Dessa vez ele foi longe demais.”

O sorriso simpático em meus lábios desapareceu rapidamente enquanto olhava para baixo na direção da minha barriga e envolvia meus braços ao redor do meu corpo. Eu tinha o poder de acabar com tudo aquilo? Eu podia proteger minha família.

Eu olhava para o chão, tentando clarear meus pensamentos. Eu estava enlouquecendo, e isso não estava levando a lugar nenhum.

Pare com isso, Serena. Isso não te diz respeito.

“Do que vocês estão falando?” Eu finalmente me revelei e saí por trás da parede. Christian e Marc pareciam dois menininhos pegos com a mão no pote de biscoitos, esperando pela minha reação.

“Qual é o problema com os rostos de vocês?” Eu entrei na brincadeira. Christian sorriu. “Nada.” Ele disse. “Eu só pensei que você não iria mais se meter nos meus assuntos.”

Eu imitei as palavras de Christian e joguei minhas mãos sobre seus ombros. “Você vê com o que eu tenho que lidar?” Christian olhou para Marc. “É como se eu tivesse que cuidar de dois bebês.”

Logo serão três.

Embora ele tenha dito isso em tom de brincadeira, não pude deixar de pensar que talvez houvesse alguma verdade nisso. Eu era difícil de lidar e estava bem ciente disso.

“Marc.” Eu o cumprimentei com um aceno educado enquanto ele me devolvia da mesma forma.

“Serena.” Ele sorriu. “Você parece feliz.”

“É porque eu estou!”

“Você parece gostar muito mais da presença do Vince do que a minha.” Christian brincou. Sempre que tínhamos nossas discussões sobre Dario, ele parecia estar com ciúmes, mas com Vince, não era o caso. Era provavelmente porque ele confiava o suficiente em seu amigo para saber que ele não o machucaria propositalmente.

“Eu gosto, mas eu amo você mais, você sabe disso — certo?” Eu pressionei um beijo em seus lábios.

Marc pigarreou. “Acho que esse é meu sinal para ir embora.”

“Então o que você está fazendo aqui — e não com o Vince?” Christian perguntou enquanto Marc saía pelo corredor.

“Nós estávamos esperando por você, e essa voz na minha cabeça me disse que eu precisava sair e te ver!”

“Então agora você é vidente?”

Virei a cabeça para esconder minhas bochechas coradas e balancei a cabeça. “Tem alguma outra coisa que eu deveria saber?” Christian segurou meu queixo.

Olhando para ele, ninguém diria que ele estava com tantas preocupações porque ele era bom em esconder. Qualquer monstro teria entregado a pessoa amada ao inimigo se isso significasse salvar sua família. De certa forma, Christian tinha me escolhido em vez da família, e eu não sabia como lidar com isso.

Fechei os olhos por um instante, e naquele instante, eu soube exatamente o que eu ia fazer. Se ele não estava disposto a me sacrificar, eu faria isso por ele.

“Sim… você precisa saber que eu te amo.” Eu passei o dedo pela bochecha dele. Christian sorriu orgulhoso.

“Como está o Vince com a Siena?”

“Bem, é como se nem tivesse ido embora.”

“E você e o Vince?”

“Além do fato de que ele ainda é loucamente apaixonado por mim? Bem.”

Christian riu. “Eu não consigo entender o que todos veem em você.” Ele deu umas batidinhas na minha testa. “Além disso… você não é tão especial assim.”

“Não tão especial assim?” Eu ri junto. Eu sabia que era tudo mentira porque eu era especial o suficiente para ele me proteger enquanto ele poderia acabar com tudo isso me entregando. Eu sabia que ele me amava, e eu sabia que tinha que demonstrar o mesmo amor em troca.

“Serena, tem algo errado?” Christian notou minha expressão preocupada. “Eu estava só brincando. Você sabe disso — certo?”

“Sim, eu sei.”

As coisas teriam sido tão mais fáceis se não fosse. Isso significaria que ele não estaria sofrendo tanto depois de assumir a responsabilidade pelas minhas ações. Eu tinha o poder de acabar com tudo isso, e era isso que eu faria.

Se eu tivesse que escolher entre desistir de tudo, o que um dia seria da Siena, ou me entregar àquele homem velho e nojento, eu teria feito a mesma decisão várias vezes. Talvez fosse meu destino.

“Acho que o Vince está esperando.” Virei para ir embora. “Vamos.”

Christian segurou meu ombro. “Serena, espera!”

“Sim?”

“Eu-Eu te amo.” Ele confessou. “Eu não sei o que o Vince te disse… mas eu te amo mais.”

Eu gostaria de ter energia para responder à sua confissão fofa, mas só adicionou à minha culpa e me fez pensar em uma coisa.

Eu tinha que entrar em contato com Berto, e tinha que fazer isso rapidamente.